O Vaticano na Al-Azhar: luz verde para o encontro entre o Papa e o grão Imã

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Por: André | 18 Fevereiro 2016

Uma delegação vaticana visitou a universidade islâmica sunita do Cairo, a al-Azhar, após as não tão fáceis relações dos últimos anos, para manifestar a disponibilidade de receber o grão imã para um encontro com o Papa.

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi e publicada por Vatican Insider, 17-02-2016. A tradução é de André Langer.

Na terça-feira à tarde, afirmou uma nota vaticana, mons. Miguel Angel Ayudo Guixot, secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, em companhia do núncio apostólico no Egito, dom Bruno Musarò, visitou a Universidade al-Azhar, “prestigiosa instituição muçulmana sunita”. A delegação foi recebida pelo dr. Abbas Shuman, “número dois” do grão imã, o dr. Ahmad Al-Tayyib.

“O encontro – indicou a nota – aconteceu em um clima de cordialidade, e falou-se sobre a necessidade de retomar o diálogo entre ambas as instituições, seguindo o desejo do Papa Francisco e de muitas outras pessoas de boa vontade. Chegou-se a um acordo sobre “a importância de prosseguir e intensificar tal diálogo pelo bem da humanidade. O secretário mons. Ayuso entregou uma carta de sua eminência o cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, na qual expressa sua disponibilidade para receber o grão imã e acompanhá-lo oficialmente a uma audiência com o Santo Padre. Enquanto se agradece a quantos colaboraram para o êxito da visita à al-Azhar, esperamos que esta possa levar-nos a uma colaboração frutuosa”.

A al-Azhar interrompeu a colaboração com a Santa Sé depois que, em janeiro de 2011, Bento XVI citara um atentado contra os coptas de Alexandria entre os motivos pelos quais “é urgente a necessidade para os governos da região de adotar, apesar das dificuldades e das ameaças, medidas eficazes para a proteção das minorais religiosas”. Palavras que foram interpretadas no Cairo como uma ingerência política. O governo egípcio dessa época retirou o seu embaixador junto à Santa Sé e a universidade sunita decidiu, evocando o discurso de Joseph Ratzinger na Universidade de Regensburg, suspender o diálogo com a Santa Sé.