Comunidades de fé precisam olhar criticamente a situação das mulheres, defende Conic

Foto: Divulgação/CONIC

Mais Lidos

  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS
  • Decretos de Natal. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

02 Mai 2022

 

As religiões e os movimentos de espiritualidade precisam assumir que é impossível resolver as desigualdades de gênero sem o compromisso de serem promotores dos direitos das mulheres, destaca o e-book “Mulheres: Fé, Direito e Justiça”, editado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), que abraçou o apoio a lideranças femininas nas igrejas para a superação da desigualdade. Ao integrarem a sociedade e promoverem princípios e valores contribuindo para um mundo melhor, elas “têm o dever de olhar, em profundidade e criticamente a situação das mulheres no mundo”.

 

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

 

A cultura brasileira, aponta o texto, “é fortemente influenciada pela visão religiosa, especialmente cristã, sobre o papel e o lugar das mulheres na sociedade e nas igrejas”. A experiência religiosa de igrejas se caracteriza pela presença majoritária de homens nos espaços de decisão das comunidades de fé, que reproduzem a cultura patriarcal

 

Essa situação é reforçada pela teologia. “A exaltação das representações masculinas de Deus como pai, senhor, salvador, juiz guerreiro” induz à crença de que os homens estão mais próximos de Deus. “As experiência religiosas das mulheres não são incorporadas como experiências salvíficas em muitas religiões; por isso, as imagens de Deus que conhecemos são imagens masculinas”, reforça o texto. 

 

Esse olhar crítico implica, segundo o Conic, “denunciar o injusto, antiético e amoral, que as mulheres, pelo fato de serem mulheres, precisam viver em situações de desigualdade”. Também significa reconhecer que as mulheres são, na maioria das comunidades de fé, “as construtoras diárias da sobrevivência desses espaços”, sem que elas sejam respeitadas em seus direitos e dignidade. Por isso é preciso “promover espiritualidades que resgatem uma reconciliação dos seres humanos, entre eles mesmos e com o planeta”.

 

Leia mais