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Em meio à irracionalidade, resgatar o bom senso. Artigo de Leonardo Boff

Foto: Unsplash

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28 Março 2022

 

"O triunfo do bom senso que tanto nos falta neste momento dramático de nossa história, cujo destino está em nossas mãos. O Papa Francisco e Jesus de Nazaré comparecem como inspiradores de bom senso, de misericórdia e de uma radical humanidade", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor. 

 

Eis o artigo. 


Com a guerra na Ucrânia, movida pela Rússia, com o risco de uma hecatombe nuclear comprometendo a biosfera e a vida humana, com o predomínio do egoísmo a nível internacional no enfrentamento da Covid-19 e com ascensão do nazifascismo com sua onda de ódio e de violência e o pensamento reacionário e ultraconservador em várias partes do mundo, se está revelando a irracionalidade da razão moderna.

 

Perdendo a razão, perdemos os critérios que orientam nossas práticas, e os seres humanos demonstram comportamentos ensandecidos. Em momentos assim, temos que recorrer ao que é mais fundamental na vida humana: o bom senso crítico. O bom senso, crítico e não ingênuo, sempre foi o grande orientador antecipado de nossas práticas para que mantenham seu nível humano e minimamente ético.

 

Que é o bom senso? Dizemos que alguém mostra bom senso quando para cada situação tem a palavra certa, o comportamento adequado, e quando atina logo com o cerne da questão. O bom-senso está ligado à sabedoria concreta da vida. É distinguir o essencial do secundário. É a capacidade de ver e de colocar as coisas em seu devido lugar.

 

O bom senso é o oposto ao exagero. Por isso, o louco e o gênio que em muitos pontos se aproximam, aqui se distinguem fundamentalmente. O gênio é aquele que radicaliza o bom-senso. O louco, radicaliza o exagero.

 

Para concretizar o bom senso, tomemos dois exemplos de figuras arquetípicas: o mais próximo, o Papa Francisco, e o mais originário Jesus de Nazaré.

 

O eixo estruturador da retórica do Papa Francisco não são as doutrinas e os dogmas da Igreja Católica. Não que as preze menos. Sabe que elas são criações teológicas criadas historicamente. Mas elas provocaram conflitos e até guerras de religião, cismas, excomunhões, teólogos e mulheres (como Joana D’Arc e as tidas por “bruxas”) queimados na fogueira da inquisição. Isso durou por séculos e o autor destas linhas fez uma amarga experiência pessoal no cubículo onde se interrogavam os acusados no edifício severo e escuro da ex-Inquisição, à esquerda da basílica de São Pedro de quem o olha de frente.

 

O Papa Francisco revolucionou o pensamento da Igreja remetendo-se à prática de extremo bom senso do Jesus histórico. Ele resgatou o que hodiernamente se chama “a Tradição de Jesus” que é anterior aos atuais evangelhos, escritos 30-40 anos após a sua execução na cruz.

 

A Tradição de Jesus - ou também, como nos Atos dos Apóstolos se chama “o caminho de Jesus” - se funda mais em valores e ideais do que em doutrinas. Essenciais para o Papa são o amor incondicional, a misericórdia, o perdão, a justiça dos oprimidos, a centralidade dos pobres e marginalizados e a total abertura a Deus-Abbá (Paizinho querido). Estes são os valores axiais que orientam suas intervenções e os revelam concretamente em seus gestos de bondade, de cuidado, particularmente, para com os imigrados do Oriente Médio, de África, e agora da Ucrânia bem como as vítimas dos pedófilos por parte de alguns da própria Igreja.

 

Voltemo-nos a Jesus de Nazaré. Ele não pretendeu fundar uma nova religião. Quis nos ensinar a viver. Viver com fraternidade, solidariedade e cuidado de uns para com os outros e total abertura ao Deus-Abbá. Estes são os conteúdos de sua mensagem: o Reino de Deus e a misericórdia ilimitada de seu Deus de infinita bondade.

 

Como nos testemunham os evangelhos, evidenciou-se como um gênio do bom senso. Um frescor sem analogias perpassa tudo o que diz e faz. Deus em sua bondade, o ser humano com sua fragilidade, a sociedade com suas contradições e a natureza com seu esplendor comparecem numa imediatez cristalina. Não faz teologia. Nem apela para princípios morais superiores. Nem se perde numa casuística tediosa e sem coração como o faziam e fazem os fariseus de ontem e de hoje. Suas palavras e atitudes mordem em cheio no concreto onde a realidade sangra e ele, face aos sofredores, consola-os, cura-os e até ressuscita-os.

 

Suas admoestações são incisivas e diretas: ”reconcilia-te com teu irmão” (Mt 5, 24). “Não jureis de maneira nenhuma” (Mt 5, 34). “Não resistais aos maus” (Mt 5, 39) mas ”amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5, 34). “Quando deres esmola, que a mão esquerda não saiba o que faz a direita” (Mt 6, 3).

 

Esse bom senso tem faltado, não raro, à Igreja institucional (Papas, bispos e padres), especialmente em questões morais ligadas à sexualidade e à família. Aqui tem se mostrado severa e implacável. Sacrifica as pessoas em sua dor aos princípios abstratos. Rege-se antes pelo poder do que pela misericórdia. E os santos e sábios nos advertem: onde impera o poder, se esvai o amor e desaparece a misericórdia.

 

Como é diferente com Jesus e com o Papa Francisco. A qualidade principal de Deus, nos diz o Mestre e o repete continuamente o Papa, é a misericórdia. Jesus é contundente: “Sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso” (Lc 6, 36).

 

O Papa Francisco explica o sentido etimológico da misericórdia: miseris cor dare, “dar o coração aos míseros”, aos que padecem. Numa fala no Angelus de 6 de abril de 2014 diz com voz alterada: ”Escutai bem: não existe limite algum para a misericórdia divina oferecida a todos”. Pede que a multidão repita com ele: “Não existe limite algum para a misericórdia divina oferecida a todos”.

 

Dá uma de teólogo ao recordar a concepção de São Tomás de Aquino sobre prática, da misericórdia: é a maior das virtudes “porque cabe-lhe derramar-se para os outros e mais ainda socorre-los em suas debilidades”.

 

Cheio de misericórdia, face aos riscos da epidemia da zica abre espaço para o uso de anticoncepcionais. Trata-se de salvar vidas: “evitar a gravidez não é um mal absoluto”, disse em sua vista ao México. Durante a pandemia da Covid-19 fez apelos contínuos à solidariedade e ao cuidado, especialmente às crianças e aos anciãos. Gritantes foram seus apelos à paz no conflito bélico da Rússia contra a Ucrânia. Chegou a dizer: “Senhor detenha o braço de Caim. Uma vez detido, cuide dele, pois é nosso irmão”.

 

Aos novos cardeais diz com todas as palavras: “A Igreja não condena para sempre. O castigo é para esse tempo”. Deus é um mistério de inclusão e de comunhão, jamais de exclusão. A misericórdia é sempre triunfante. Jamais pode perder um filho ou filha que criou com amor (cf. Sab 11, 21-24).

 

Lógico, não se entra de qualquer jeito no Reino da Trindade. Passar-se-á pela clínica purificadora de Deus até as pessoas saírem purificadas.

 

Tal mensagem é verdadeiramente libertadora. Ela confirma sua exortação apostólica “A alegria do Evangelho”. Tal alegria é oferecida a todos, também aos não cristãos, porque é uma caminho de humanização e de libertação.

 

Eis o triunfo do bom senso que tanto nos falta neste momento dramático de nossa história, cujo destino está em nossas mãos. O Papa Francisco e Jesus de Nazaré comparecem como inspiradores de bom senso, de misericórdia e de uma radical humanidade. Tais atitudes nos poderão salvar.

 

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