Canadá: Mais sepulturas de crianças indígenas encontradas perto de duas antigas escolas

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17 Fevereiro 2022

 

Uma comunidade indígena no Canadá anunciou na terça-feira a descoberta de 54 sepulturas não marcadas em duas antigas escolas residenciais católicas para nativos. Esse achado se soma a outros semelhantes, como o da Escola Residencial da Missão de São José ou os da Kamloops Indian Residential School, onde foram encontrados os restos de mais de 200 crianças indígenas, e causaram grande comoção no país da América do Norte.

 

A reportagem é publicada por Página/12, 15-02-2022. A tradução é do Cepat.

 

“Os canadenses ainda não conseguem acreditar que um ser humano possa tratar outro ser humano, especialmente uma criança, da maneira como foram tratados”, disse Ted Quewezance, que lidera a busca por túmulos em territórios canadenses, lutando contra as lágrimas, na província de Saskatchewan (centro).

Quewezance, que apresentou os resultados da autópsia em uma coletiva de imprensa, está liderando a busca usando radar de penetração no solo perto das escolas residenciais de Fort Pelly e St. Phillip.

Ambas foram administradas pela Igreja Católica em nome do governo federal: St. Phillip de 1905 a 1913 e Fort Pelly durante quatro décadas (1928 a 1969).

O chefe da comunidade indígena, Lee Kitchemonia, sugeriu que as crianças “poderiam ter sido, você sabe, assassinadas”, acrescentando que é necessária uma investigação mais aprofundada.

Sua comunidade enfrenta “um momento muito difícil” para assimilar essas descobertas. “Passamos por elas (diariamente), sem saber que havia túmulos aí”, acrescentou.

Por sua vez, o primeiro-ministro da província, Scott Moe, escreveu em sua conta no Facebook: “Saskatchewan está de luto por vocês”, enquanto a Primeira Nação Keeseekoose está vivendo “o mesmo choque e desespero que as outras Primeiras Nações em todo o país”.

Mais de 1.300 sepulturas não identificadas foram encontradas em escolas onde crianças aborígenes foram internadas como parte de uma política governamental de assimilação forçada à cultura e religião oficiais canadenses, lançando luz sobre uma página sombria da história canadense.

 

Estatísticas arrepiantes

 

Cerca de 150 mil crianças indígenas, mestiças e esquimós foram recrutadas à força em 139 internatos no Canadá, onde foram separadas de suas famílias, língua e cultura.

Milhares morreram, a maioria por desnutrição, doença ou negligência, no que um comitê de verdade e reconciliação chamou de “genocídio cultural”, de acordo com um relatório de 2015. Outras foram abusadas física ou sexualmente.

No início de janeiro, o Canadá anunciou um acordo de US$ 31,5 bilhões para reformar seu sistema discriminatório de bem-estar infantil e indenizar as famílias indígenas que sofreram por causa disso.

 

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