Com hospitais lotados, cubanos serão convocados para combater covid-19 no Pará

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29 Abril 2020

Governo anunciou que convocará 86 profissionais, mas não deu detalhes sobre quem será chamado.

A reportagem é de Catarina Barbosa, publicada por Brasil de Fato, 27-04-2020.

O governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou na última quarta-feira (22) que 91% dos leitos de UTI do estado estavam ocupados. Como medida de enfrentamento à pandemia da covid-19, ele anunciou que convocará 86 médicos cubanos, que moram no estado, para ajudar no combate à doença. O Brasil de Fato conversou com um médico cubano que mora em Ponta de Pedras, no arquipélago do Marajó e espera desde março para voltar a trabalhar como médico. Ele diz que está ansioso para poder ajudar as pessoas, mas ainda não foi chamado pelo governo.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) até este sábado (25), o Pará tinha 1.579 casos confirmados e 87 mortos. Na última terça-feira (21), a Policlínica Metropolitana, na capital do estado, fechou as portas devido à grande demanda. Somente naquele dia, o espaço atendeu 380 pacientes e realizou oito transferências para o Hospital de Campanha do Hangar. No mesmo dia, Barbalho admitiu que só havia 16 leitos de UTI vagos.

Raymond Garcia, que mora no Brasil desde 2016, em Ponta de Pedras, no arquipélago do Marajó, é formado pela Faculdade de Medicina Dr. Salvador Allende, em Havana. Na capital cubana, ele trabalhava justamente no setor de emergência.

“Eu sou um dos médicos que ficou no Brasil após o fim da parceria Brasil-Cuba em novembro de 2018. Fiquei na lista dos médicos aptos para voltar a trabalhar. Eu tenho habilitação para isso. Estou disposto a trabalhar entre os 86 médicos cubanos que o governador Helder Barbalho mencionou. Não entendo como ainda não fui convocado”, indaga ele.

O governador do Pará afirma que os cubanos irão atuar em hospitais do governo e em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) das Prefeituras da região metropolitana. Até o momento, o governo anuncia que foram chamados 36 profissionais, mas não deu explicações sobre os outros 50 médicos.

Fim do Mais Médicos

O Programa Mais Médicos foi um dos desmontes na saúde promovido pelo governo Bolsonaro na época em que Luiz Henrique Mandetta estava à frente do Ministério da Saúde. O Mais Médicos chegou a ter 18.240 profissionais levando atendimento básico de saúde para mais de 60 milhões de brasileiros.

No Pará, de 2013 a 2018, atuavam 542 médicos cubanos o estado conta com 144 municípios. Destes, 59 eram exclusivamente atendidos por cubanos, assim como quatro Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs): Altamira, Guamá, Tocantins e Rio Tapajós.

Enquanto aguarda uma posição, o médico Raymond trabalha como balconista em uma farmácia de Ponta de Pedras. O município é considerado de extrema pobreza e, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de mortalidade infantil na cidade é 17,24 para mil nascidos vivos.

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