Patrick Hart, último secretário de Thomas Merton, morre aos 93 anos

Patrick Hart e Thomas Merton | Foto: Reprodução/Internet/Arquivo

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25 Fevereiro 2019

O Irmão Trapista Patrick Hart, que foi o último secretário do padre Louis Merton, mais conhecido como Thomas Merton, o monge trapista e autor do clássico religioso The Seven Storey Mountain (A Montanha dos Sete Patamares), morreu nesse dia 21 de fevereiro, aos 93 anos. Ele foi executor literário das obras de Thomas Merton após sua morte e o guardião do legado dos principais buscadores religiosos e professores do século XX.

A informação é publicada por National Catholic Reporter, 24-02-2019. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

O irmão Patrick Hart nasceu em Green Bay, Wisconsin, em 14 de junho de 1925. Dois eventos importantes em sua vida ocorreram dois dias após seu aniversário: a entrada para os irmãos da Santa Cruz, em Notre Dame, em 16 de junho de 1947, e na Abadia de Gethsemani, exatamente quatro anos depois. Ele passou a vestir o hábito cisterciense em 1951 e proferiu seus votos em 1957.

Em 1968, tornou-se secretário de Thomas Merton. Mal sabia ele que seria por pouco tempo. Em dezembro, Thomas Merton teve uma eletrocussão acidental durante uma viagem à Tailândia para uma conferência religiosa e acabou por falecer.

Entre outras obras, Hart foi nomeado para a equipe de líderes trapistas, em Roma, em 1966. Após a morte de Thomas Merton, ele foi membro do conselho de diretores da Cistercian Publications e foi editor-chefe e editor de resenhas do Cistercian Studies Quarterly.

Como secretário, cuidou dos detalhes das publicações de Thomas Merton e de sua volumosa correspondência enquanto Thomas se preparava para o que seria sua última viagem. Ele visitaria a Índia e o Sri Lanka, bem como a Tailândia.

Por causa de sua conexão com Thomas Merton, Patrick Hart acabou construindo sua carreira literária. Ele foi editor de muitas coleções das obras de Merton, como The Asian Journal of Thomas Merton, The Monastic Journey e The School of Charity. O Irmão Hart também publicou livros com as cartas de Thomas Merton sobre diversos tópicos, mas principalmente sua opinião sobre a Igreja e a sociedade em geral, bem como a guerra e a paz. Em 1974, ele editou o livro Thomas Merton/Monk: A Monastic Tribute, que venceu o prêmio de livro religioso da Catholic Press Association.

Ele também foi cofundador da International Thomas Merton Society (Sociedade Internacional Thomas Merton), na Universidade Bellarmine, foi editor geral da série de livros “The Journals of Thomas Merton” e foi nomeado Merton Fellow no Merton Research Center (Centro de Pesquisas Merton) da Universidade de Marshall, em Huntington, em 1994. Apesar de grande parte de seus escritos ter Merton como foco, ele também tinha grande interesse nos estudos da vida monástica, particularmente celta, e escreveu muitos artigos a respeito.

Por estar a serviço de seu companheiro monge, Hart serviu a Deus, sua comunidade religiosa e a Igreja. Pode não ser amplamente conhecido fora dos círculos religiosos, mas quem o conhecia lembrará dele como um homem simples, bondoso e devoto. Talvez esse seja um bom resumo possível de sua vida, com o qual Hart concordaria. A obra da sua vida foi a fé, e não a fama.

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