Francisco volta a desautorizar o cardeal Sarah: “É aceitável receber a comunhão na boca ou na mão, como preferirmos”

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22 Março 2018

“Hoje é o primeiro dia da primavera. Feliz primavera!”. O Papa Francisco improvisou toda uma teologia sobre as raízes e os frutos, aproveitando a chegada da nova estação. E recordando, em uma clara advertência – a enésima – ao cardeal Sarah, que “é aceitável receber a comunhão na boca ou na mão, como preferirmos”. O importante é que “cada vez que tomamos a comunhão, nos transformamos um pouco em Jesus”.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 21-03-2018. A tradução é do Cepat.

“Tudo acontece na primavera, florescem as plantas, as árvores dão fruto. Mas respondam: uma árvore, uma planta, que não é regada, pode crescer bem? Não”, manifestou-se o Papa. “Uma árvore, uma planta, que não tem raízes, pode surgir? Sem raízes não se pode florescer”, recordou Bergoglio, o ‘Papa da primavera’, que anunciou que comparecerá, nos dias 25 e 26 de agosto, ao Encontro Mundial das Famílias de Dublin.

“Esta é a mensagem: a vida cristã deve ser uma vida que deve florescer, em obras de caridade, fazendo o bem. Mas, caso não nasça das raízes, não poderá crescer. E quem é a raiz? Jesus! Se não tem as raízes, não poderá crescer”, clamou.

“Se não se cresce com a oração e os sacramentos, poderão florescer flores cristãs? Não”, prosseguiu o Pontífice, que desejou “que esta primavera seja florida para vocês, e uma Páscoa florida, de virtude, de fazer o bem para os demais. Compreenderam? Recordem que tudo o que cresce na árvore, vem do que há nas raízes. Não cortem as raízes”.

Após a improvisada alocução, Francisco retomou sua catequese sobre a Eucaristia, detendo-se especialmente na comunhão. “Vamos à Eucaristia para nos nutrir de Cristo, seja na palavra ou no sacramento do altar”, para escutar as palavras do Senhor, que o sacerdote repete: “Quem come minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim e eu nele”.

De fato – destacou o Papa –, o gesto de Jesus, que oferece a seus discípulos seu corpo e sangue na Última Ceia, continua hoje através do ministério de sacerdotes e diáconos, com a distribuição do pão da vida e o cálice da salvação”.

Porque tomar o corpo e o sangue de Cristo “nos convida a um exame de consciência”. De um lado, “a distância que nos separa da santidade de Cristo”. Do outro, “acreditamos que seu sangue vem para a remissão dos pecados. Porque todos nós somos perdoados no batismo. E todos somos perdoados cada vez que nos aproximamos do sacramento da penitência”.

“Não esqueçam: Jesus perdoa sempre. Jesus não se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir o perdão”, recordou Francisco, que insistiu em que “quando caminhamos para o altar para receber a comunhão, é Cristo que vem ao encontro. A Eucaristia é um encontro com Jesus!”.

“Nutrir-se da Eucaristia significa se deixar mudar pelo que recebemos, nos converter nele”, destacou. “Cada vez que tomamos a comunhão, nos transformamos um pouco em Jesus (...). Como o pão e o vinho se tornam o corpo e o sangue do Senhor, nós somos transformados em Eucaristia vivente”, acrescentou.

“É muito belo isto. Enquanto nos une a Cristo, separando-nos de nosso egoísmo, a comunhão no abre e nos une a todos aqueles que são um só nele. Esse é o prodígio da comunhão. Nós nos tornamos aquilo que recebemos”, recordou.

“A Igreja deseja vivamente que os fiéis recebam o corpo do Senhor, com hóstia consagrada na mesma mesa, como sinal do banquete eucarístico”, pediu o Papa, que instou a que, “caso se possa, com as duas espécies, sabendo que a doutrina católica ensina que em uma só espécie se recebe o Cristo inteiro”.

“Recebendo o sacramento na boca, ou na mão, como preferirmos”, deixou claro para os ultraortodoxos. E convidou para que, “após a comunhão, o silêncio nos ajude”, defendendo “prolongar o momento de silêncio falando com Jesus a partir do coração”.

“Quanto o recebemos, transforma nossa vida”, destacou. “A Eucaristia nos faz forte para dar frutos, flores de boas obras, para viver como cristãos. É significativa a oração de hoje, na qual pedimos ao Senhor que a participação em seu sacramento seja para nós remédio de salvação que nos proteja do mal”.

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