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A esquerda contra os processos de autonomia. Artigo de Raúl Zibechi

Foto: Marcelo de Souza Romão | Unsplash

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15 Novembro 2025

“A esquerda hegemônica é profundamente capitalista em algo que nem sequer é capaz de ver: aposta na unidade, na hegemonia e na homogeneização dos sujeitos coletivos; no entanto, receia profundamente a diversidade, pois não pode controlá-la”, escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 14-11-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

A expansão dos processos de autonomia latino-americanos segue e se aprofunda em muitos países da região, particularmente entre os povos indígenas amazônicos no Brasil e no Peru, mas também entre os garífunas em Honduras e, lentamente, entre os povos negros e camponeses. Em uma visita recente a Lima, pude comprovar, em diversas conversas com pessoas que trabalham com os governos territoriais autônomos na Amazônia, o grau de consolidação desses processos, que iniciaram por volta de 2015, um prazo curto, mas que remontam a várias décadas atrás.

No caso do Peru, um divisor de águas foi o Baguazo de 2009, quando os povos awajún e wampis enfrentaram com decisão o Estado, que buscava privatizar bens comuns. Um bloqueio em grande escala de estradas levou a dezenas de mortes, durante a repressão realizada de helicópteros armados que metralharam os combatentes amazônicos.

O massacre de Bagua, em 5 de junho de 2009, foi uma vingança do Estado diante da primeira derrota infligida pelos povos, pois não estava disposto a aceitar que não tinha conseguido curvá-los.

A partir daquele momento, os povos da região norte da Amazônia compreenderam que a velha cultura política de mobilização para negociar com o governo não produzia mais resultados e que precisavam buscar outros rumos.

Seis anos depois, em 2015, nasce o Governo Territorial Autônomo da Nação Wampis, considerado por diversos analistas uma guinada histórica, pois pela primeira vez um povo se afastava da “lógica sindical” de mobilização para negociar.

Dez anos depois, já são nove povos dessa região que declararam sua autonomia, enquanto outros seis povos da floresta central (entre eles, os ashaninka, a nação mais numerosa) também declararam sua autonomia.

No total, somam 15 processos de autonomia, que não só vão construindo governos e modos de vida próprios, mas também criando autodefesas coletivas sustentadas pelas comunidades.

Em 2024, a AIDESEP (Associação Interétnica para o Desenvolvimento da Floresta Peruana), que reúne 2.400 comunidades, tomou a decisão, em um encontro nacional, que o caminho da autonomia passaria a ser trilhado pelos 51 povos amazônicos, cada um em seu próprio ritmo.

Deste modo, em bem poucos anos, temos uma guinada de longo prazo destinada a gerar profundas repercussões na região e provavelmente em todo o país.

Um tema central é que alguns povos andinos, particularmente os aimarás, também estão debatendo quais caminhos tomar, diante da impossibilidade de seguir dialogando com o governo de Lima, que há três anos respondeu à mobilização andina com uma repressão brutal que provocou pelo menos 50 mortes.

Fechado o caminho que os andinos sempre trilharam, debatem como seguir lutando.

Neste ponto, é bom lembrar um processo do qual participou Hugo Blanco, líder camponês quéchua da Confederação Camponesa do Peru (CCP).

Após os acontecimentos de Bagua, a CONACAMI (Confederação Nacional de Comunidades do Peru Afetadas pela Mineração), organização andina que resistia à mineração, começou a debater se deveria permanecer em sua definição classista de camponeses ou também transitar para a identidade indígena, com a qual quase todas essas comunidades andinas, compostas por quéchuas, aimarás e chancas, se identificam.

A esquerda peruana reagiu de forma virulenta para bloquear esses debates e interromper o processo, ameaçando cortar as fontes de financiamento da organização, pois tinha influência nas principais organizações não governamentais (ONGs) que a apoiavam.

Desse modo tão ruim, um processo que poderia ter levado à união de amazônicos e andinos foi interrompido, ainda que, em consequência disto, a CONACAMI tenha entrado em uma crise da qual não consegue mais se recuperar.

O relato que escutei em Lima sugere algumas reflexões.

A primeira é como a esquerda não consegue nem sequer superar seu racismo, sua visão eurocêntrica dos conflitos sociais e, além disso, segue considerando os povos indígenas como menores de idade que devem ser apadrinhados e guiados. Isto não é algo estranho, certamente, mas a esta altura provoca indignação e raiva.

A segunda é que sua opção pela definição classista é feita sem escutar, sem considerar as razões dos povos, mas por algo mais: sabe como atuar no terreno classista, mas se perde quando adentra na questão indígena, porque não domina seus costumes, não entende suas línguas e nem conhece suas histórias.

Pode-se acrescentar que seu eurocentrismo a torna mais familiarizada com a dinâmica de classes (e de tomar o poder estatal) do que com a dos povos (e a construção de outros poderes).

Por último, a esquerda hegemônica é profundamente capitalista em algo que nem sequer é capaz de ver: aposta na unidade, na hegemonia e na homogeneização dos sujeitos coletivos; no entanto, receia profundamente a diversidade, pois não pode controlá-la. É grave, mas inteiramente certo.

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