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Eleições no Chile: Jara contra as três direitas. Artigo de Jaime Bordel Gil

Foto: FlickrCC/Ministerio de las Culturas, las Artes y el Patrimonio Gobierno de Chile

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14 Novembro 2025

No dia 16 de novembro, o Chile voltará às urnas no primeiro turno de uma eleição presidencial que decidirá quem substituirá Gabriel Boric no Palácio de La Moneda. O Chile que irá votar no domingo é muito diferente daquele que deu a vitória, há quatro anos, a um jovem deputado oriundo do movimento estudantil.

O artigo é de Jaime Bordel Gil, redator da El Salto, publicado por El Salto, 14-11-2025. 

Eis o artigo. 

Será um Chile muito mais numeroso: a introdução do voto obrigatório após o primeiro plebiscito constitucional de setembro de 2022 dobrou o número de eleitores. Enquanto nas eleições presidenciais anteriores era comum participarem cerca de sete milhões de pessoas, nas quatro eleições realizadas desde a implementação do voto obrigatório o número superou os 13 milhões.

A grande dúvida da eleição é saber quem enfrentará Jeannette Jara no segundo turno, em 14 de dezembro. Quem chegar lá terá muitas chances de se tornar o próximo presidente do Chile.

Três dessas eleições estiveram relacionadas aos diferentes plebiscitos constitucionais (2022 e 2023), e a quarta foi a das eleições municipais e regionais de 2024. Portanto, nada indica que a participação fique abaixo disso em uma eleição presidencial, onde a experiência comparada costuma mostrar que as pessoas tendem a votar mais.

O Chile que votará no domingo também é um país mais inclinado à direita, onde a candidata governista, Jeannette Jara, apoiada por toda a esquerda e pelo próprio presidente, parte como favorita no primeiro turno, mas perderia em quase todos os cenários no segundo.

Se as pesquisas não falharem, a grande incógnita parece ser quem enfrentará Jara no segundo turno, em 14 de dezembro. E a paradoxa é que quem o fizer terá boas chances de se converter em presidente, mesmo sem alcançar nem 30% das preferências no primeiro turno.

É isso que almejam diferentes candidaturas da direita e da ultradireita. A que tem mais possibilidades é a de José Antonio Kast, que já disputou contra Boric em 2021 e que, nesta campanha, tentou vestir um traje mais moderado e presidencial, para escapar da campanha do medo que o fez perder a eleição anterior. Para isso, Kast decidiu focar nos temas mais transversais do Chile atual: segurança, criminalidade e imigração irregular, deixando em segundo plano questões mais divisivas, como direitos civis e tudo o que se relaciona à chamada “batalha cultural”. Não se trata tanto de uma moderação programática, mas de uma seleção pragmática de agenda.

Johannes Kaiser, que lidera uma dissidência do partido de Kast, representa uma ultradireita neoliberal na economia e conservadora no plano social, com posições ainda mais duras.

A estratégia de Kast não saiu barata. À sua direita surgiu um concorrente que o critica por ter se moderado e que está colado nele nas pesquisas: Johannes Kaiser. Kaiser, líder da dissidência, representa uma ultradireita libertária, muito neoliberal na economia e conservadora no social, com posições ainda mais extremas que as de Kast, a quem acusa de ter abandonado a batalha cultural.

Distante dessa disputa está Evelyn Matthei, candidata da direita tradicional chilena, que levou Sebastián Piñera à presidência duas vezes e que hoje pode ficar fora do segundo turno pela segunda eleição consecutiva. Matthei, que começou como favorita, foi se diluindo ao longo das semanas e pode até cair para a quinta posição. Sua campanha, centrada em destacar seu perfil de gestora experiente como prefeita e ex-ministra do Trabalho, não conseguiu seduzir os chilenos, apesar do apoio de grande parte da elite política e econômica. Não é um bom momento para perfis como o de Matthei: muito identificada com as elites chilenas e sem o pedigree antiestablishment de outros candidatos.

Ao lado dela aparece outra candidatura nas pesquisas, a de Franco Parisi, com um discurso fortemente antielitista que evita se posicionar claramente à direita, embora suas propostas tendam nitidamente para esse campo. Parisi parece convencer cerca de 10% dos chilenos, e a grande dúvida é se sua candidatura, fortemente populista e antipolítica, pode surpreender graças ao seu apelo entre os novos “eleitores obrigados”. Na noite de domingo saberemos.

Um contexto favorável à ultradireita

Como podemos ver, o cenário político chileno é claramente desanimador para as esquerdas, que, apesar de terem boas chances de vencer no primeiro turno, enfrentarão grandes dificuldades no segundo. Nesses quatro anos, o panorama político mudou radicalmente, inclinando o tabuleiro para a direita.

O primeiro ponto a destacar é a profunda mudança nas prioridades dos chilenos. Desde o início, o mandato de Boric foi marcado pelas crises migratória e de segurança, que rapidamente dominaram as principais preocupações da população. Um contexto que permitiu às direitas monopolizar o debate com seus temas e obrigou o governo a atuar em um terreno no qual não se sente confortável.

Apesar de muitas de suas propostas serem irrealizáveis, a direita tem um programa claro em matéria de segurança: mão dura. Enquanto isso, a esquerda segue sem encontrar seu espaço, presa entre parecer branda demais ou se aproximar demasiadamente do discurso da direita. Nesse cenário, quem está conseguindo convencer os chilenos de que pode resolver seus problemas são a direita e a ultradireita.

A tudo isso se soma o desgaste do governo de Gabriel Boric. Embora sua aprovação não tenha desabado como a de outros presidentes, também não subiu além de cerca de um terço da população que o apoiou durante todo o mandato. Ou seja, mais de 60% da população não aprova sua gestão — um enorme espaço para crescimento das candidaturas opositoras.

É esse peso que recai sobre Jeannette Jara, que, apesar de ser uma das figuras mais destacadas do governo como Ministra do Trabalho, carrega uma mochila pesada. Aqui está a sua principal contradição: seu maior trunfo em termos de gestão a vincula diretamente ao governo, o que hoje é um fardo difícil de carregar.

O mistério do eleitor obrigado

Como se o cenário já não fosse complicado, soma-se o fator que aumenta a incerteza: o voto obrigatório.

Cerca de cinco milhões de chilenos que normalmente não votavam agora participarão da eleição diante do risco de multa. Ainda se sabe pouco sobre esse eleitor, difícil de captar nas pesquisas, mas os poucos indícios não parecem favoráveis à esquerda.

Diz-se que esse novo eleitor é mais de direita, já que foi determinante no rechaço à proposta constitucional de 2022 e na vitória do partido de Kast no segundo Conselho Constitucional de 2023. Mas as coisas não são tão simples.

Segundo as poucas pesquisas que investigaram os “obrigados”, trata-se de um eleitor pouco informado politicamente, sem identificação partidária clara e profundamente antipolítico. Preocupa-se pelos mesmos temas que o resto dos chilenos — segurança e criminalidade — mas tem maior rejeição aos partidos e à classe política.

Isso ajuda a explicar seu comportamento contraditório nos plebiscitos: votou contra todas as propostas, inclusive contra a conservadora que saiu do órgão constituinte dominado pelos republicanos. Isso indica que seu voto é movido mais pelo antipoliticismo do que por uma ideologia de direita.

Sobre os candidatos presidenciais, suas preferências parecem inclinar-se para José Antonio Kast. Entre os demais, Parisi e Kaiser atraem mais os obrigados do que os eleitores tradicionais, enquanto Jara e Matthei têm mais apoio dentre os que já votavam antes da obrigatoriedade. Isso é coerente: candidatos mais identificados com partidos tradicionais dependem dos votantes habituais; outsiders ganham força entre quem não costumava votar.

Ainda há muito a entender sobre esse novo tipo de eleitor que será decisivo, mas, pelo pouco que se sabe, sua presença não parece favorecer a esquerda.

Jeannette Jara tem chances?

Apesar do cenário adverso, Jeannette Jara, do Partido Comunista, não está completamente derrotada no segundo turno. Como aprendemos em 2021, eleições presidenciais em dois turnos são duas campanhas distintas.

Para vencer, Jara precisaria, antes de tudo, obter uma boa votação no domingo. Se conseguir ultrapassar os 30% e abrir mais de cinco pontos sobre o adversário, enviará um forte sinal para a disputa final.

Isso provavelmente não bastará se enfrentar Kast, pois os eleitores de Kaiser e Matthei tenderiam a apoiá-lo quase unanimemente. Mas — e se outra pessoa chegar ao segundo turno? Eis a grande possibilidade de Jara: que seja Kaiser, e não Kast.

Diferentemente de Kast, que tem evitado certos temas desde 2021, Kaiser não hesita em defender o golpe de Estado de 1973 ou a libertação de militares da ditadura condenados por tortura e violações de direitos humanos. Tem sido a expressão de uma ultradireita desavergonhada, profundamente ideológica, que “ousa defender o que Kast já não defende”. Isso pode funcionar no primeiro turno, mas cobra um preço enorme no segundo.

Se Kaiser chegasse ao balotaje, teria de enfrentar seu próprio histórico — e isso abriria uma oportunidade de ouro para Jara: deslocar o debate de setembro de 2022 para outubro de 1988.

Em setembro de 2022, o Chile rejeitou a proposta constitucional apoiada pelo governo Boric. Se a eleição girar em torno de aprovar ou rejeitar o governo, Jara estará perdida. Mas se conseguir mudar o eixo — como Boric fez em 2021 — e transformar a disputa entre democracia versus ameaça autoritária, o resultado pode mudar.

A Jara interessa voltar ao espírito de outubro de 1988, quando 55% dos chilenos rejeitaram o pinochetismo e abraçaram a democracia no histórico plebiscito do “Não”.

Isso será difícil se enfrentar Kast, que deixou de causar medo nos chilenos. Mas se o adversário for Kaiser, talvez o terreno seja mais favorável.

Em qualquer caso, não será fácil — e veremos nas próximas semanas se a candidata comunista consegue se impor às diferentes versões da direita pinochetista que enfrentará.

Leia mais

  • Chile. Uma democracia confusa. Artigo de Patrício Fernández
  • Chile vira para a direita após dois anos de governo de Gabriel Boric
  • Meio século do golpe no Chile. Artigo de Raúl Zibechi
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