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Kennedy Jr vs. Big Pharma: quem mata mais na Casa Branca? Artigo de Reinaldo Guimarães

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25 Setembro 2025

Fake news de que Tylenol causa autismo têm mentor: o secretário antivacina de Saúde, que aparelha agências e corta verbas de fomento à Ciência. Mas ele tem poderosas inimigas: farmacêuticas, com participação pesada no PIB dos EUA. De que lado Trump ficará?

O artigo é de Reinaldo Guimarães, médico sanitarista, pesquisador do Núcleo de Bioética e Ética Aplicada da UFRJ e vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), publicado por Outras Palavras, 24-09-2025. 

O texto a seguir, originalmente denominado “Trump x Kennedy Jr: As divisões do governo republicano”. Integra o número 13 (setembro/2025) do boletim do Observatório do Século XXI, parceiro editorial de Outras Palavras. A edição pode ser baixada e lida aqui.

Eis o artigo. 

A dinastia Kennedy da Nova Inglaterra, como costumam ser as dinastias, tem gente de todo tipo. Certamente, o seu membro mais estranho é o filho de Robert Kennedy, Procurador-Geral dos Estados Unidos assassinado em 1968. Robert F. Kennedy Jr. (71 anos), quarto dos 11 filhos do falecido procurador e atual Secretário (ministro) da Saúde do governo Trump, possui uma biografia muito peculiar. Na adolescência e início da vida adulta foi viciado em heroína e outras drogas ilegais, tendo sido preso por porte de heroína aos 29 anos e internado por medida judicial para livrar-se da adição. Seu irmão imediatamente posterior, David Anthony, morreu de uma overdose aos 29 anos, em 1984.

Superada essa fase, o atual secretário abraçou a política e dedicou-se a uma pauta de defesa do meio ambiente, em particular na luta contra a poluição da água consumida pela população. Também defendeu os pescadores do Rio Hudson atacando as indústrias que o poluíam prejudicando as atividades pesqueiras. Pode-se, portanto, afirmar que em todo esse período suas causas estiveram alinhadas ao campo progressista nos termos dos EUA. De resto, a dinastia Kennedy como um todo esteve quase sempre alinhada com o Partido Democrata.

As razões pelas quais esse alinhamento progressista se transformou numa pauta conservadora e de apoio a um governo de corte autocrático não são de fácil entendimento, mas arrisco a interpretá-la lançando mão da categoria “antissistema”. Sua militância em defesa do meio ambiente o levou a acusar as indústrias poluidoras, mas também os governos dos dois partidos e as instâncias regulatórias por eles criadas e administradas.

Atualmente, a categoria “antissistema”, tal qual o antigo rótulo “libertário”, tem sido apropriada pelas correntes políticas de extrema-direita e suas reflexões, até certo ponto, assemelham-se àquelas dos luditas no início do século XIX. A chave desse possível parentesco está em situar as instituições que regulam o funcionamento das indústrias poluidoras no mesmo lugar em que os luditas colocavam os teares durante a Revolução Industrial. E, considerando que as instituições reguladoras nos EUA foram criadas por governos dos dois partidos, o combate a elas exigiria um novo tipo de governo, ou melhor, um novo tipo de regime político, que é o que Trump está produzindo. Essa hipótese explicaria porque Kennedy Jr. abandonou a tradição da dinastia em apoiar o Partido Democrata e foi aos braços de Trump.

*

O órgão que gerencia a política ambiental nos EUA é a EPA – Environmental Protection Agency, que não está na esfera da secretaria de Kennedy Jr. Ela é ligada diretamente ao Presidente e a política ambiental é fortemente federalizada, conferindo aos estados grande liberdade de ação. Suspeito que Kennedy Jr. gostaria bastante de tê-la na sua órbita. Mas a ele estão subordinadas duas outras agências que têm grande relevo em sua pauta antissistema. A que trata da saúde pública (CDC – Center of Disease Control and Prevention), estabelece os padrões de vigilância epidemiológica no país e as regras de vacinação. A outra é o FDA (Food and Drug Administration), que aprova, entre outros produtos, os medicamentos que podem ser comercializados nos EUA.

A primeira tem sido alvo grande tensão, pois Kennedy Jr. desenvolveu algumas ideias sobre vacinas que não se sustentam no estado da arte em que a ciência as coloca atualmente. O ponto de vista que defende contra vacinas vem de longe, tendo se iniciado com seu combate ao desinfetante tópico Mertiolate, presente como preventivo de contaminação em algumas vacinas. Isso porque o produto continha mercúrio. Atualmente, a maioria das vacinas, em particular as infantis, não tem o Mertiolate em suas formulações. Mas, na verdade, o problema de Kennedy Jr. com as vacinas parece ser ideológico e vai além. Sua última proibição atingiu uma plataforma tecnológica relevante, que utiliza o RNA mensageiro como uma espécie de vetor vacinal. Essa plataforma apareceu no bojo da pandemia de Covid e é atualmente considerada o padrão-ouro na produção de vacinas (e no futuro também medicamentos).

Ultimamente, as ideias de Kennedy Jr. no CDC têm descambado para a truculência. A principal executiva da agência foi demitida no final de agosto, menos de um mês após ser confirmada pelo Senado e tomar posse. Em sequência, quatro altos funcionários renunciaram em meio a crescentes tensões sobre políticas de vacinação e diretrizes de saúde pública. A demissão decorre de mudanças nos esquemas federais vacinação contra a Covid, retirando o acesso de gestantes e crianças e foi seguida pela demissão de todos os membros do painel consultivo de especialistas em vacinas do CDC, substituídos por consultores que incluem ativistas antivacinas.

A outra manifestação antissistema diz respeito ao FDA. Em resumo, ele afirma que a indústria farmacêutica norte-americana domina a agência e esconde da população os riscos de muitos medicamentos aprovados. É muito provável que haja conflitos de interesse com a indústria no FDA, mas eu penso que as mais importantes sejam questões relacionadas ao mercado norte americano de medicamentos, como por exemplo uma concessão de exclusividade no mercado muito estendida. No meu ponto de vista, essa tensão entre ele e a agência pode ter uma repercussão política considerável em sua trajetória como secretário.

Há uma outra vertente na atuação de Kennedy Jr., que é o seu “ajuste” na maior agência de fomento científico e tecnológico do mundo, que é o NIH (National Institutes of Health). O orçamento do NIH para este ano é de cerca de 45 bilhões de dólares e na proposta orçamentária de 2026 está previsto um corte de 40%. A rigor, a proposta de um enxugamento no NIH foi construída durante o governo Biden e, penso eu, destinava-se a enfrentar o grande salto dado pela China na pesquisa biomédica, em particular no terreno da genômica e suas derivações. Penso que essa dimensão geopolítica permanece nas determinações de Trump para Kennedy Jr., mas a ela vem sendo somada outra, 100% ideológica, voltada para a comunidade de pesquisa biomédica norte-americana, cujo objetivo é atingir o que se denomina pensamento woke, amplamente disseminado e que valoriza a ênfase na diversidade étnica, na equidade e na inclusão. Uma espécie de recado à máquina de pesquisa dos EUA tentando alinhá-la à ideologia do novo regime político do país. Daí os profundos cancelamentos de projetos de pesquisa que, ao lado de atingir a atividade dos pesquisadores, chega às universidades onde ela se desenvolve, pois parte importante dos orçamentos universitários advém de overheads embutidos nos projetos apoiados pelo NIH.

*

A atuação do governo Trump frente à Big Pharma é um item de grande importância para o futuro de Kennedy Jr. como secretário, muito embora na minha percepção o assunto esteja sendo até agora conduzido diretamente por Trump. As farmacêuticas saíram bem descontentes de uma reunião com Trump em fevereiro. Nela, o presidente anunciou a necessidade de reduzir preços de medicamentos, exigiu a diminuição da influência da Big Pharma no FDA e reiterou sua política industrial de retorno da produção de medicamentos para o território dos EUA. Essa pauta foi atenuada com o acordo EUA/UE anunciado em julho, que reduziu as tarifas sobre medicamentos para 15% e estabeleceu exceções com tarifa praticamente zero para medicamentos genéricos e princípios ativos. Mesmo assim, alguns países da União Europeia rotularam o acordo como uma “rendição”.

No meu ponto de vista, essa relação entre Trump e a Big Pharma tende a ser o principal ponto de atenção e possível fragilização de Kennedy Jr. no posto que ocupa atualmente. Politicamente bem mais importante do que, por exemplo, a reforma do NIH ou as tropelias no CDC. Isso porque as farmacêuticas e também as empresas seguradoras e de prestação direta de serviços em saúde representam cerca de 18% do PIB norte americano e detêm a primazia nas atividades de lobby no país.

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