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“Em Israel, estamos no início do fim. O autoritarismo avança rápido e invisível”. Entrevista com Roy Chen

Foto: Jolanda Flubacher/World Economic Forum/Flickr

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26 Setembro 2025

Meio milhão de israelenses, todas as semanas, saem às ruas para protestar contra o genocídio perpetrado pelo governo de Bibi Netanyahu, e precisam lidar com a complexidade de sua situação. Mas não param, não se calam e não se dão por vencidos. O romancista e dramaturgo Roy Chen — convidado do festival de Pordenonelegge com seu romance "Il grande frastuono" (Giuntina) — é um deles.

A entrevista é de Giulio D’Antona, publicada por La Stampa, 24-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista. 

Sente-se em perigo?

Talvez não. Mas não tenho certeza absoluta. É difícil.

Ser israelense?

Ser um intelectual israelense liberal. À esquerda, o antissemitismo está em crescimento, de forma mais ou menos consciente. Muitos não distinguem entre mim e o governo que sou forçado a suportar, contra minha vontade. À direita, há fascistas, aqueles que querem levar Israel de volta aos tempos da Bíblia, de uma grandeza inexistente e anti-histórica. O governo de Netanyahu, para mim, é composto por um grupo de criminosos extremamente perigosos. Fanáticos sedentos de sangue. Sempre repito isso, não apenas desde o início desta guerra. O que estão fazendo em Gaza me choca, mas o maior desafio é se ver esmagado entre dois bandos de pessoas repetindo slogans automáticos, reduzido completamente a zero a complexidade da situação, que, é verdade, absolutamente não justifica nenhuma forma de violência, mas também não pode ser tratada como uma partida de futebol.

É contraproducente?

Em certo sentido, sim. Para todos. A verdade é que é possível ao mesmo tempo ser contra Netanyahu e contra o Hamas, a favor dos israelenses e a favor dos palestinos. Não é um paradoxo, é a realidade dos fatos e não surgiu com o conflito, sempre existiu.

Você já tentou explicar isso?

Viajo muito a trabalho e, quando tenho a oportunidade de encontrar mentes críticas, sempre busco o diálogo. Muitas vezes o encontro. Quando você fala cara a cara, são pessoas não figuras anônimas. Comentários online podem ser violentos, cruéis, desinformados e extremamente agressivos. Mas essa raiva e esse ódio desaparecem cara a cara. Ao vivo, pessoalmente, se pode conversar; basta ter confiança nos outros.

Você participa de protestos de rua?

Sempre que posso, junto com os outros 500 mil israelenses que são contra a guerra, contra o genocídio e contra o governo.

É arriscado?

Toda manifestação tem dois momentos. O primeiro é de massa: famílias, discursos, depoimentos de reféns, de pacifistas, de voluntários que levam ajuda e transporte aos moradores de Gaza. Depois chegam os jovens, bloqueiam ruas, fazem barulho, agitam a sacrossanta voz do povo, fazem-se ouvir como todo protesto deveria se fazer ouvir. E é aí que a polícia de Ben Gvir intervém: filma, ficha os participantes, leva os rostos para casa e lhes dá nomes. A princípio, pensávamos: ‘E daí? Mesmo que nos coloquem em listas negras, sabemos pelo que estamos protestando e não temos remorso nem vergonha’. Mas, alguns dias atrás, prenderam um amigo meu, o ator Ariel Bronze. Ele havia escrito um poema no Facebook e participado dos protestos. Levaram-no embora durante a noite e o interrogaram até de manhã.

Sob quais acusações?

Disseram que o poema dele era uma conspiração para matar Netanyahu. Obviamente não era verdade: era um conto de fantasia. No final, o libertaram, mas a mensagem é clara.

Qual é?

É o começo do fim. A democracia vai sendo corroída assim: você não percebe de imediato, parece que tudo funciona, mas não é mais uma democracia plena. É uma meia-democracia. E os processos autoritários avançam de forma muito rápida e silenciosa. Por pequenos passos significativos, pequenas mudanças. E assim, em pouco tempo, Israel deixará de ser ‘a única democracia’ e se tornará como todos os seus vizinhos do Oriente Médio. Talvez até pior.

Era um Estado fundado no orgulhoso multiculturalismo...

Multiculturalismo e democracia não são a mesma coisa. Israel sempre foi uma salada mista: minha família paterna está na Palestina há quinhentos anos. Somos mais parecidos com os árabes do que com os europeus, e há centenas de milhares de árabes israelenses; não existe uma fronteira, uma divisão, todos vivemos juntos. É por isso que esta, como outras antes desta, é uma guerra civil.

Quais são suas origens?

Tenho raízes marroquinas, mas estudei os clássicos russos, agora estou aprendendo italiano e francês. Como todos da minha geração, cresci nutrido pela cultura estadunidense. E eu moro em Tel Aviv, que é um lugar único: uma Babilônia viva. No supermercado, você pode ouvir pelo menos oito idiomas sendo falados ao mesmo tempo; é uma cidade gay-friendly desde muito antes da campanha de conscientização. Sempre trabalhei com pessoas muito diversas: atores russos, árabes, judeus, crianças de todas as origens e vindas de todos os lugares. Não escolho meus amigos e colaboradores com base na ideologia: foi assim que me ensinaram, e é assim que Tel Aviv funciona. Mas Tel Aviv não é Israel.

Assim como Nova York não é os Estados Unidos...

E Paris não é a França, e agora todos esses oásis são forçados a se medir com seus arredores.

Como pode, da sociedade que você me descreve, resultar um governo tão criminoso?

É sempre uma minoria que muda a história. Eu estava na praça quando Rabin foi assassinado. A partir daí, tudo mudou. Netanyahu estava entre aqueles que inspiraram aquele assassino e colheram os benefícios políticos. O povo israelense é pós-traumático, refém do governo há décadas, assim como os palestinos são reféns do Hamas.

A palavra "refém" é forte nestes tempos...

Eu a uso de propósito. O 7 de outubro foi o início de um genocídio de ambos os lados. O que Israel está fazendo em Gaza hoje não é uma guerra: é um massacre. Não é resistência de nenhum dos lados. São crimes. A verdadeira divisão não é entre israelenses e palestinos, mas entre aqueles que têm sangue nas mãos e aqueles que não têm. E também aqueles que lavam as mãos como Pilatos são culpados.

Netanyahu?

Ele pode alegar ter as mãos limpas, mas está chafurdando no sangue até o pescoço.

Você se pergunta como é possível que justamente Israel inflija tanta dor?

Eu me pergunto isso todos os dias. Devemos ser os primeiros a sentir o sofrimento dos outros. E, no entanto, não nos damos conta que somos os mesmos algozes que causaram a ruina das nossas famílias. 'Cada um é o judeu de outra pessoa.'

Conhece Primo Levi...

Eu o adoro. Ele encarnou o desencanto de que tanto precisaríamos hoje, muitos anos atrás.

Isso deveria ser reiterado?

Já estamos fazendo isso. Em Israel, há um grande segmento da população que é contrária ao que está acontecendo. Muitos dos soldados que retornam de Gaza estão marcados para o resto da vida. Cometem suicídio, fogem. Eu mesmo não prestei serviço militar, e meu filho fará o mesmo.

Isso pode ser feito?

Não. É deserção. Mas também é uma escolha. Somos pacifistas. Ser pacifista no Oriente Médio é como ser um castrado em uma orgia: você só pode ficar olhando. Em 7 de outubro, ser pacifista significava morrer; hoje, ser pacifista significa resistir à barbárie. Conheço pessoalmente vítimas e sobreviventes daquele dia. A filha de um amigo, estuprada e assassinada. A tia de outra garota, fundadora de um kibutz que ajudava os palestinos a obter tratamento em hospitais israelenses, massacrada. Foi devastador. Mas, mesmo assim, eu quero um Estado palestino. Eu já o queria quando adolescente, quando a gente se encontrava com os garotos de Gaza e falávamos sobre música, futebol, garotas. Hoje, isso é impensável.

O que pode ser feito?

Continuem a falar sobre isso, continuar a escrever sobre isso. A arte é um instrumento poderosíssimo.

Mas parece que não se quer mais usá-la como forma de resistência...

Porque a arte se tornou um passaporte. Se você for israelense, russo, estadunidense, as pessoas nem escutam mais. Julgam pela nacionalidade. Mas a arte não tem fronteiras; expande a alma. Num mundo barulhento, o livro cria um diálogo silencioso. É por isso que sobreviverá a nós. Quando leio, busco dois encontros: com o escritor e comigo mesmo através daquele espelho. Agora estou preparando um espetáculo com o ator exilado iraniano Ashkan Khatibi, que encenaremos no Teatro Franco Parenti. Não é pouca coisa, considerando que o intercâmbio cultural entre nossos países costuma ser feito com os mísseis.

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