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Entre prudência e profecia: como Leão XIV deveria se comportar para seguir os passos de Francisco. Artigo de José C. E. Diaz

Foto: Vatican Media

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23 Setembro 2025

"A continuidade prudente pode proporcionar estabilidade, mas se for percebida como tibieza, o pontificado perderá força".

O artigo é de José Carlos Enriquez Diaz, publicado por Ataque al poder, 20-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Desde o início de seu pontificado, Leão XIV demonstrou uma mistura de continuidade social e prudência doutrinária: anunciou que manterá grande parte do impulso pastoral e social herdado de Francisco, mas sem promover mudanças imediatas em questões sensíveis como a ordenação das mulheres, o casamento igualitário ou o reconhecimento legal de pessoas trans.

O desafio, portanto, não é repetir gestos idênticos, mas discernir quais atitudes e decisões concretas podem preservar o espírito profético do falecido papa sem comprometer a prudência que o novo pontífice parece preferir.

Nesse sentido, Leão XIV deveria manter a audácia pastoral que caracterizou seu antecessor. Francisco concentrou sua atenção nos pobres, na presença em zonas de conflito e em gestos que quebravam a rotina clerical. Essa linha só pode ser sustentada por meio de ações equivalentes: visitas a territórios devastados pela guerra, denúncias públicas contra as injustiças e acompanhamento próximo de migrantes e deslocados. O Evangelho é proclamado por meio de palavras, mas sobretudo por meio de uma presença ousada, por meio do gesto concreto que inquieta aqueles que preferem uma Igreja autorreferencial. Ao mesmo tempo, a sinodalidade deve se tornar um método concreto, não um rótulo. Francisco iniciou processos de escuta em todo o mundo, mas o risco é que acabem sendo diluídos em documentos que não mudam nada. Leão XIV precisaria tornar os trabalhos transparentes, tornar públicos os progressos das comissões e explicar publicamente os debates teológicos, como aqueles sobre o diaconato feminino. Somente assim evitar-se-á que a sinodalidade seja percebida como um mero slogan sem consequências.

Uma área particularmente delicada é a inclusão institucional da mulher. O novo papa declarou claramente que não pretende mudar a doutrina sobre o sacramento da Ordem, mas certamente pode realizar passos significativos na vida interna da Igreja. Ampliar a presença das mulheres em órgãos decisórios, não de forma simbólica, mas com poder real, seria uma forma concreta de responder a uma legítima instância. A chave é não cair em uma clericalização forçada, mas fortalecer lideranças laicais que reflitam a riqueza de todo o Povo de Deus.

Também é essencial traçar claramente a linha entre doutrina e pastoral. O não reconhecimento oficial do casamento entre pessoas do mesmo sexo pela Igreja não deveria significar o abandono das pessoas que vivem realidades diferentes. É nisso que está sendo jogada grande parte da credibilidade do novo pontificado: a manutenção do ensinamento tradicional não impede a implementação de uma pastoral de acompanhamento credível que ofereça segurança, reduza improvisações e demonstre, por meio de ações, que ninguém é excluído do abraço da Igreja.

Na comunicação, Leão XIV deve lembrar que "fazer barulho" não significa alimentar um espetáculo, mas sim provocar a consciência moral. Francisco conseguiu isso com gestos que desconcertavam e obrigavam a pensar: um telefonema, uma visita inesperada, uma frase direta em uma homilia. O novo papa pode trilhar esse caminho com gestos significativos que abalem as estruturas de poder e mexam com as consciências, sem ter que ficar à mercê do alarde midiático que polariza e divide.

A questão das nomeações episcopais será crucial. Grande parte da continuidade com Francisco está em jogo aqui. Não basta escolher homens de sólida doutrina; é essencial que sejam pastores próximos, que tenham o cheiro das ovelhas, como dizia Bergoglio. Na Espanha, por exemplo, Fernando García Cadiñanos, bispo de Mondoñedo-Ferrol, tornou-se um exemplo dessa proximidade: um pastor sem medo de ir às ruas, de dialogar com as pessoas comuns e de se confrontar com as realidades sociais de seu ambiente. Se as futuras nomeações seguirem esse perfil, será garantida uma Igreja mais vibrante e mais coerente com a mensagem do Evangelho.

Transparência e reparação também são essenciais. Não pode haver pausa no enfrentamento dos abusos ou na responsabilidade financeira. Uma Igreja que denuncia a corrupção e a injustiça no mundo, mas não purifica profundamente a sua própria casa, perde toda a autoridade moral. A continuidade profética depende da coerência interna. A essa situação soma-se um desafio cada vez mais urgente: a escassez de sacerdotes. Em muitos lugares, foram criadas unidades pastorais que, longe de revitalizar a vida cristã, acabam por ser estruturas frágeis que esgotam os sacerdotes e dispersam os fiéis. O risco é que a missão se reduza a uma mera gestão administrativa. Para enfrentar esse problema, o Papa deveria recuperar vigorosamente a visão conciliar: todos os batizados participam do sacerdócio comum. Isso não apaga a diferença com o ministério ordenado, mas nos lembra que a missão evangelizadora não depende apenas do clero.

A resposta está na formação de leigos e leigas com séria preparação teológica, espiritual e pastoral, para que possam animar as comunidades, acompanhar os processos e sustentar a fé mesmo sem a presença constante de um padre. Não se trata de substitutos improvisados, mas de ministérios estáveis e reconhecidos que já existem na Igreja e que poderiam ser ampliados com criatividade. Da mesma forma, o futuro exige comunidades vivas mais que grandes estruturas: grupos pequenos, mas comprometidos, capazes de rezar, servir e anunciar. Que cada comunidade, mesmo sem a Missa dominical, seja um centro do Evangelho. Isso implica assumir uma verdadeira corresponsabilidade. Os leigos não existem para "ajudar o padre", mas para compartilhar com ele a missão. Isso significa tomar decisões, planejar o cuidado pastoral, administrar recursos e levar o Evangelho para a vida cotidiana. A Igreja deve parar de se considerar uma rede de paróquias administradas por padres e começar a se encarar como um povo em missão, onde cada batizado reconhece sua responsabilidade da anunciação da fé e da sustentação da comunidade.

Ao mesmo tempo, a reflexão teológica deve ser acompanhada por medidas institucionais.

Não basta abrir debates; é preciso criar recursos e espaços para que teólogos, pastores e leigos possam trabalhar juntos. E a comunicação deve ser franca e pedagógica: explicar por que persistem certos limites doutrinais, mas também o que a Igreja oferece àqueles que se sentem marginalizados.

A continuidade prudente pode proporcionar estabilidade, mas se for percebida como tibieza, o pontificado perderá força. A única maneira de seguir Francisco é recuperar seu critério de coerência entre palavra e vida: coragem pastoral, fidelidade teológica e escuta eficaz. Se Leão XIV conseguir combinar gestos mobilizadores, um diálogo que não se fecha e uma transparência que restaura a confiança, poderá honrar o legado franciscano sem reproduzi-lo servilmente. E, em última análise, demonstrará que a profecia cristã não depende da velocidade da mudança, mas da profundidade do testemunho.

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