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Prevost cruzará a soleira do mundo. Artigo de Colum McCann

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16 Setembro 2025

"O Papa Leão, seguindo o exemplo de seu antecessor, é um ouvinte atento. Isso se percebe tanto na esfera pública, onde ele transmite uma poderosa serenidade, quanto na esfera privada", escreve Colum McCann, em artigo publicado por la Lettura, 14-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Em 12 de maio, apenas quatro dias após a eleição do Cardeal Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV, o novo Pontífice proferiu um poderoso discurso à imprensa reunida na Sala Paulo VI, no Vaticano. Um lugar surpreendentemente intimista, apesar de poder acomodar mais de seis mil pessoas: nenhum vislumbre do céu visível, mas espaço mais do que suficiente para a oração.

O Papa recém-eleito iniciou seu discurso com o refrão, agora familiar, mas não menos necessário: "Bem-aventurados os pacificadores". A maneira como nos comunicamos, sugeriu ele, é fundamental para quem somos. As palavras podem ser manipuladas em um cenário de guerra. As histórias podem ser distorcidas de maneiras a nos privar da liberdade. Assim como somos compostos de moléculas, também somos compostos de palavras. E juntas elas fluem, em perfeita harmonia.

"Desarmemos as palavras e contribuiremos a desarmar a Terra", disse, ecoando o Papa Francisco. (Esse discurso faz parte da coletânea de excelentes intervenções do novo Papa, "E pace sia! Parole al mondo e alla Chiesa” (E haja paz! Palavras ao mundo e à Igreja, em tradução livre, recentemente publicada pela Livraria Editrice Vaticana.)

Aquele verbo era — e é — uma escolha cuidadosamente calibrada: "desarmar" significa não apenas remover as armas, mas também remover as amarras que nos aprisionam. Metaforicamente, convida-nos a aplacar a hostilidade e, talvez, a deixar que um toque sutil de fascínio se infiltre no mundo.

"Desarmemos a comunicação de todo preconceito, rancor, fanatismo e ódio", continuou o Papa Leão. "Purifiquemo-la da agressividade." E enfatizou que o que o mundo precisa é de uma forma de comunicação "capaz de escuta".

Pode parecer uma afirmação dada como certa, algo que esperaríamos de um Papa ou de qualquer figura religiosa. É claro que devemos escutar. É claro que devemos prestar um ouvido atento e gentil. Mas o que o Papa Leão sugeria é que a escuta — a verdadeira escuta — é a alma silenciosa da paz, capaz de paralisar, ou pelo menos pôr em discussão, os megafones retumbantes da guerra. Escutar realmente significa colocar o ouvido no chão, ali onde as vozes dos pobres e dos discriminados falam de sua necessidade de paz, justiça e verdade.

O Papa Leão, seguindo o exemplo de seu antecessor, é um ouvinte atento. Isso se percebe tanto na esfera pública, onde ele transmite uma poderosa serenidade, quanto na esfera privada.

Há alguns dias, no Vaticano, tive a honra de me encontrar com o Papa Leão XIV e Diane Foley, mãe do jornalista assassinado Jim Foley. A conversa centrou-se na misericórdia e na compaixão, tangíveis no perdão que Diane Foley ofereceu ao assassino do seu filho e relatado com intensa profundidade no seu livro, Uma Madre (do qual fui coautor), cuja cópia o Papa aceitou com sincera gratidão.

Refletimos sobre a palavra "possível" contida no âmago da palavra "impossível". Durante a conversa, tive a oportunidade de falar com ele sobre o que está acontecendo em Gaza e na Cisjordânia. Partilhamos memórias vívidas de todos os jornalistas e trabalhadores humanitários mortos durante a guerra, particularmente aqueles mortos no duplo bombardeio do Hospital Nasser em Khan Younis. O Papa curvou a cabeça, e a sua calma profunda e serena se espalhou por toda a sala.

A questão era que, naturalmente, ele estava escutando. Com sinceridade. Com gentileza. E — algo fundamental — com uma espécie de suspensão suave, benevolente um silêncio, fui tomado pela sensação de que a verdadeira escuta viria mais tarde, quando a informação seriam peneiradas, meditadas, transformadas em oração pelas fragilidades e feridas que todos nós habitamos. Em suma, ele estava aprendendo. Ainda não estava pronto para se pronunciar com decisão. Não deixava transparecer nada, exceto tristeza pelo que ouvira e a esperança de que algo pudesse nascer daquelas palavras, se e quando fossem desarmadas. Despir-se das armas, reconhecer as próprias defesas, mover-se com julgamento responsável por meio da linguagem. Aprender profundamente.

Hoje em dia, "paz" é uma palavra incômoda. Arquivada por funcionários do governo. Ridicularizada tanto em círculos progressistas quanto conservadores. Esmagada por acusações de ingenuidade e pelo peso de um cinismo da moda. E por que não? O cinismo se espalha silenciosamente, como um véu invisível sob a pele. Muitas vezes tememos fazer com que nossas vozes sejam ouvidas. Consequentemente, temos medo de escutar.

O Papa Leão iniciou seu pontificado opondo-se precisamente a esse cinismo. Durante nosso breve encontro, ficou claro que ele ainda estava se acostumando com seu papel. Ele falou de como o impossível às vezes pode se tornar realidade. Ele nos confidenciou que, há apenas alguns meses, jamais poderia ter concebido ou imaginado encontrar-se na posição que ocupa hoje. O mundo lhe ofereceu o impossível. É um choque para o seu equilíbrio interior, algo que ele precisa assimilar rapidamente, talvez com algum desconforto.

Até a pressão das reuniões matinais deve lhe parecer esmagadora.

Enquanto Diane Foley e eu esperávamos pela reunião, um político italiano de alto escalão também aguardava em uma sala próxima. Em certo momento, o Papa Leão apareceu à porta da nossa sala: "Bom dia", disse ele.

Foi um momento de desarmante humanidade: o líder espiritual de 1,4 bilhão de pessoas, com ar ternamente curioso, espiando pela porta como um benevolente intruso para ver quem, do mundo, estava ali esperando por ele.

E, no entanto, enquanto falava, seu profundo senso de si mesmo aparecia claramente. Ele não me pareceu nem estadunidense nem peruano. Mesmo que seu papel possa tê-lo desorientado às vezes, ele tem plena consciência da universalidade de sua função e da responsabilidade que ela acarreta.

Talvez isso o intimide, mas de uma forma que o galvaniza e o impulsiona. Uma coisa é clara: ele não deseja de forma alguma ser o centro das atenções. Seu interesse está no processo de "unidade sinodal", um termo elegante para indicar o caminhar juntos. Em 1º de junho, na homilia para o Jubileu das Famílias, o Papa recordou que o Senhor não quer que sejamos reduzidos a uma multidão anônima e sem rosto. Ainda na véspera, na Basílica de São Pedro, na homilia aos candidatos à ordenação sacerdotal, ele havia evocado uma "unidade dinâmica". "Juntos, então, reconstruiremos a credibilidade de uma Igreja ferida, enviada a uma humanidade ferida, dentro de uma criação ferida. Ainda não somos perfeitos, mas devemos ser credíveis."

Em 1º de junho, na homilia para o Jubileu das Famílias, o Papa recordou que o Senhor não quer que sejamos reduzidos a uma multidão anônima e sem rosto - Colum McCann

A credibilidade é um tema precioso nestes tempos conturbados. Quando tudo parece enganoso, devemos pelo menos acreditar que existe, em algum lugar, uma credibilidade autêntica, uma verdade sincera, um vislumbre de esperança, apesar de todas as provações que o mundo nos apresenta.

Nada é completo – nem a credibilidade, nem a verdade, nem a escuta – a menos que se traduza em ação.
O Papa Leão XIV viajará para Gaza, se elevará em meio aos escombros do nosso mundo moderno? Para o Sudão? Para a Ucrânia? Para o Líbano? Para o Afeganistão? Ele intervirá contra o absurdo das ações de quem detém o poder? Por enquanto, escuta, mas está prestes a cruzar a soleira do mundo.

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