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Dia da Amazônia: sejamos peregrinos da esperança na Casa Comum

Vídeo: Pixabay

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05 Setembro 2025

"A Amazônia é mais que floresta: é morada de povos originários, santuário de biodiversidade e espaço teológico onde se encontram fé, cultura e resistência", escreve Pe. Renan Dantas, da Diocese de Juína – MT. 

Eis o artigo. 

No coração da América do Sul, a Amazônia se estende como um manto verde que cobre nove países, sendo o Brasil o guardião da maior parte desse território sagrado. No dia 5 de setembro, celebramos o Dia da Amazônia, não apenas como um marco ambiental, mas como uma data que nos convoca a olhar para esse bioma estratégico com reverência, cuidado e compromisso.

A Amazônia é mais que floresta: é morada de povos originários, santuário de biodiversidade e espaço teológico onde se encontram fé, cultura e resistência.

Amazônia como bioma vivo

Com cerca de 5,5 milhões de km², a Amazônia é considerada a maior floresta tropical do planeta, responsável por regular o clima global e abrigar 10% de toda a biodiversidade conhecida. Seus rios — entre eles o majestoso Amazonas — carregam 20% da água doce superficial da Terra.

Mas essa imensidão não é apenas riqueza natural. Para milhões de indígenas, ribeirinhos e extrativistas, a floresta é casa, alimento e espiritualidade. Como dizia uma anciã da etnia Munduruku: “A mata é mãe, o rio é sangue, e sem eles não há vida para nós.”

“Querida Amazônia”: o sonho do papa Francisco

Em fevereiro de 2020, após o Sínodo para a Amazônia, o Papa Francisco publicou a exortação apostólica Querida Amazônia, um dos documentos mais significativos de seu pontificado.

O Papa delineou quatro sonhos para a região:

  • 1. Sonho social – justiça para os mais pobres e respeito às culturas indígenas.
  • 2. Sonho cultural – valorização das tradições e saberes ancestrais.
  • 3. Sonho ecológico – preservação da floresta como patrimônio da humanidade.
  • 4. Sonho eclesial – uma Igreja com rosto amazônico, encarnada na realidade local.

Francisco lembrava que a Amazônia não é apenas um “pulmão do mundo”, mas um coração espiritual que pulsa esperança para a Igreja e para a humanidade.

O Papa Leão XIV e a missão na Amazônia

Em agosto de 2025, durante o Encontro de Bispos da Pan-Amazônia em Bogotá, convocado pela Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), o Papa Leão XIV fez chegar sua mensagem aos mais de 90 bispos presentes, representando 76 jurisdições eclesiásticas dos nove países amazônicos.

No telegrama assinado pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, o Papa afirmou:

“É necessário que Jesus Cristo, em quem se recapitulam todas as coisas, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da Amazônia, de tal forma que temos de nos esforçar
por lhes dar o pão fresco e límpido da Boa Nova e o alimento celeste da Eucaristia, único meio para ser verdadeiramente o povo de Deus e o corpo de Cristo.”

Leão XIV recordou três dimensões inseparáveis da missão da Igreja na região:

  • o anúncio do Evangelho,
  • o tratamento justo aos povos que ali habitam,
  • e o cuidado da Casa Comum.

A mensagem concluiu com uma exortação: que ninguém destrua irresponsavelmente os bens naturais que falam da bondade do Criador, pois a criação é dom confiado a nós para o louvor a Deus e a salvação das almas.

Mártires da Amazônia

O Dia da Amazônia também é memória viva daqueles que entregaram suas vidas pela floresta e pelos povos. São mulheres e homens que se tornaram mártires da esperança:

  • Irmã Dorothy Stang (1931-2005) – Missionária de Notre Dame, assassinada em Anapu (PA) por defender pequenos agricultores e projetos de extrativismo sustentável. Sua última frase ecoa: “A floresta é nossa vida.”

  • Dom Pedro Casaldáliga (1928-2020) – Bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Conhecido como “profeta da Amazônia”, enfrentou latifúndios e denunciou a exploração indígena. Viveu como mártir da palavra profética.

  • Pe. Ezequiel Ramin (1953-1985) – Missionário comboniano, morto em Rondônia ao apoiar posseiros e indígenas contra grileiros armados. Seu testemunho inspira até hoje jovens missionários.

  • Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho (1953-1985) – Missionária da Consolata, assassinada em Lábrea (AM) por defender o direito dos povos indígenas ao território.

  • Pe. João Bosco Penido Burnier (1917-1976) – Jesuíta, baleado em Ribeirão Cascalheira (MT), quando intercedia por camponeses torturados pela polícia.

  • Irmão Vicente Cañas (1944-1987) – Jesuíta espanhol, chamado Kiwxi pelos Enawenê-Nawê (MT), entre os quais viveu e se tornou parte da comunidade. Foi brutalmente assassinado por defender os direitos territoriais dos indígenas frente à invasão de grileiros e fazendeiros. Sua vida foi sinal de aliança profunda entre a Igreja e os povos originários.

Esses nomes se somam a tantos anônimos: lideranças indígenas, seringueiros e defensores da floresta. O sangue derramado se tornou semente de vida e justiça, lembrando que a luta pela Amazônia não é apenas ecológica, mas profundamente evangélica.

Desafios e preservação

Apesar de avanços recentes no combate ao desmatamento, os números ainda preocupam. Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o sistema DETER registrou 4.495 km² de área sob alerta de desmatamento — o segundo menor índice da série histórica, mas ainda alarmante diante da gravidade da perda florestal.

Em maio de 2025, um salto brusco: o desmatamento cresceu 92% em relação ao mesmo mês do ano anterior, alcançando 960 km² destruídos em apenas 30 dias. Esse aumento foi impulsionado por incêndios e pela pressão de atividades ilegais.

Cientistas como Carlos Nobre alertam que, se o desmatamento alcançar entre 20% e 25% da floresta, a Amazônia poderá chegar a um ponto de não retorno, transformando-se em savana — com impactos irreversíveis no clima global.

Mais que uma preocupação ambiental, a Amazônia é um lugar teológico e espiritual, Casa Comum da humanidade, como recorda a encíclica Laudato Si’.

Para a Igreja, defender a floresta é parte da missão de cuidar da criação. Os povos indígenas, com sua espiritualidade enraizada na terra, ensinam um caminho de convivência respeitosa com a natureza. Sua visão dialoga com a fé cristã, que vê no mundo criado um reflexo da bondade de Deus.

O 5 de setembro não é apenas uma data comemorativa, mas um chamado à ação. É o convite a celebrar a vida que brota da floresta, a honrar o testemunho dos mártires e a renovar o compromisso de preservação.

A Amazônia, é um dom para toda a humanidade. Preservá-la é responder à voz de Deus que ecoa na selva, nos rios e nas comunidades que ali resistem.

Neste Dia da Amazônia, ressoa o apelo de Francisco em Querida Amazônia:

“Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, que preserve sua riqueza cultural, que guarde sua beleza natural e que seja também lugar de novos caminhos para a Igreja.”

E ecoa também a voz de Leão XIV, que convida a Igreja a anunciar Jesus com clareza e caridade, cuidando da Casa Comum como dom confiado pelo Pai.

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