07 Agosto 2025
"Portanto, deve haver grande respeito pelos crentes em Deus não cristãos, e é importante assumir a sua busca laboriosa por meio de uma sabedoria muitas vezes refinada e profunda, mas continua sendo necessário afirmar a diferença cristã: no cristianismo, é Deus quem revela o seu rosto, não os humanos que o descobrem e o contam."
O artigo é de Enzo Bianchi, publicado por Famiglia Cristiana, de 03-08-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.
Vivemos em um mundo que não é mais cristão, no qual existem muitas religiões eloquentes, com seus símbolos e templos. O cristão corre o risco de pensar que todas as religiões levam ao mesmo deus. Até mesmo um certo diálogo inter-religioso superficial e pouco inteligente chega a dizer: "Todos temos o mesmo Deus; todas as religiões levam a Deus".
O cristão tem grande respeito pelas outras religiões e espiritualidades, mas não pode dizer que seu deus também é o deles. Os Padres da Igreja, quando os cristãos eram minoria na maré pagã, diziam que o Deus dos gentios não era o seu Deus, e para eles, "Deus" continuava sendo uma palavra insuficiente!
Isso porque os cristãos não professam um Deus qualquer, mas o Deus narrado por Jesus Cristo. O cristianismo é esse relato de Deus contado por um homem, com sua vida muito humana, Jesus de Nazaré, filho de Maria, mas também filho de Deus: "Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito o revelou!" (João 1,18).
E lembremo-nos de que, na fé cristã, não se pode mais falar de Deus sem falar do ser humano, e não se pode pensar na vocação do ser humano sem pensar em Deus. Isso também significa que a humanidade de Jesus é o caminho para chegar a Deus. Portanto, deve haver grande respeito pelos crentes em Deus não cristãos, e é importante assumir a sua busca laboriosa por meio de uma sabedoria muitas vezes refinada e profunda, mas continua sendo necessário afirmar a diferença cristã: no cristianismo, é Deus quem revela o seu rosto, não os humanos que o descobrem e o contam.
Amigo, não é essa uma boa notícia que o anima todos os dias?