• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Porto Alegre: prefeitura destrói carrinhos em operação na Vila dos Papeleiros

Mais Lidos

  • Saiba como votou cada deputado no PL da Devastação, aprovado na madrugada desta quinta-feira (17)

    LER MAIS
  • Se de um lado o sistema tem imposto limites reais ao governo Lula 3, de outro, o governo tem se se acomodado e não entrega o prometido no Plano de governo eleito em 2022, afirma o sociólogo

    “O Executivo gerencia, mas não disputa projeto de sociedade”. Entrevista especial com Sérgio Botton Barcellos

    LER MAIS
  • Pesquisadora apresenta um amplo panorama crítico da IA em perspectiva com a governança, accountability e a tecnodiversidade

    IA e a desigualdade estendida no pano dos algoritmos. Entrevista especial com Paola Cantarini

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    15º domingo do tempo comum – Ano C – Compaixão e solidariedade: o mandamento do amor em ação

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

17 Julho 2025

Moradores reclamam de ação truculenta. Decreto de Melo obriga prefeitura a encaminhar carrinhos recolhidos à EPTC, mas não há informação sobre o paradeiro dos veículos.

A reportagem é de Valentina Bressan, publicada por Matinal, 16-07-2025.

Uma “operação integrada de segurança” no Loteamento Santa Terezinha, conhecido como Vila dos Papeleiros, resultou na destruição de carrinhos usados por moradores para a coleta de resíduos na segunda-feira (14). Imagens e vídeos feitos pelos moradores do loteamento localizado na Voluntários da Pátria, em Porto Alegre, mostram retroescavadeiras recolhendo os carrinhos e colocando-os na caçamba de um caminhão do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).

O prefeito Sebastião Melo (MDB) assinou um decreto em 25 de junho que definiu que carrinhos de catadores autuados seriam enviados à EPTC. O decreto regulamenta os incisos da lei de 2014, que considera a triagem ou a catação de resíduos em logradouros públicos como uma infração. Os papeleiros autuados precisariam solicitar a devolução no prazo de 30 dias.

Ocorre que a EPTC disse não ter a ver com a operação e que não está com os veículos de tração humana (VTH), contrariando o que diz o decreto. “Falaram que era para combater tráfico de drogas na região e furtos de cabos. Mas já vieram jogando tudo fora, os carrinhos de trabalho, o material reciclado”, relata Ismael Luiz da Silva, dono de um ponto de reciclagem no bairro.

A prefeitura não respondeu às perguntas da Matinal. Enviou uma nota que não responde por que destruiu os carrinhos e para onde foram levados. Em um dos vídeos registrados, um morador diz que os carrinhos custam R$ 2,5 mil e que se sente “perseguido pelos órgãos públicos”. No início deste ano, a Matinal mostrou as tentativas da União Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis do Brasil (Unicatadores) em debater o projeto de Parceria Público Privada (PPP) da gestão de Melo, que pretende conceder a gestão do lixo por 35 anos a uma só empresa por meio de um contrato bilionário.

A ação deve seguir por 90 dias. Já foram expedidos 17 mandados de prisão no âmbito da operação, que prendeu 12 suspeitos na Vila dos Papeleiros. Pontos de reciclagem considerados irregulares também foram autuados. Um deles é o de Ismael.

Em texto no site, a prefeitura afirma que o foco era “qualificar a zeladoria da região”. “Começou às 6 ou 7 horas da manhã. Vieram com 400 policiais (cerca de 300, de acordo com a Polícia Civil), fiscais da prefeitura, mais de 100 funcionários do DMLU e, para tudo isso, um ou dois assistentes sociais”, comenta Ismael. “Nunca me deram ajuda para tentar regularizar meu ponto de reciclagem. A ajuda que dizem que dão é essa: infração para a gente correr atrás. Não deixam mais ninguém trabalhar na Vila dos Papeleiros”, desabafa.

Prefeitura considera carrinhos “materiais inservíveis”

Ismael conta que cerca de 10 carrinhos de trabalho foram retirados na ação da prefeitura. “Os carrinhos estavam parados na via pública, mas não estavam desorganizados”, diz. Alguns catadores têm o costume de retirar as rodas da ferramenta ao estacionar, para evitar furtos. “Eles acharam que estava abandonado, carregaram como se fosse sucata, lixo”, explica.

Hoje dono de um pequeno ferro-velho e morador da Vila dos Papeleiros, Ismael trabalhou como carrinheiro de 1998 a 2015. “Corri atrás para dar entrada nos papéis e regularizar meu ponto de reciclagem. Tenho uma ordem de operação, mas chega na hora e sempre acham algo para me impedir de tirar o alvará”, conta.

Ele também lamenta a votação do projeto de lei que veda o funcionamento de ferros-velhos em Porto Alegre. De autoria do vereador Ramiro Rosário (Novo), o projeto proíbe o funcionamento de pontos de comércio de sucatas metálicas, o que inclui materiais de cobre e alumínio, caso de latinhas de refrigerante. Nas redes sociais, o prefeito Sebastião Melo declarou apoio à proposta.

A Matinal recorreu à assessoria de diferentes secretarias da gestão municipal para entender a justificativa para retirada dos carrinhos dos trabalhadores de reciclagem. A EPTC, em nota, negou envolvimento com a ação e indicou que a responsabilidade da operação é da Secretaria de Segurança (SMSEG).

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) reiterou que as informações estariam concentradas na SMSEG e não confirmou se a pessoa retratada no vídeo acima de fato é um funcionário da pasta. Recebemos da SMSEG e do DMLU uma mesma nota. O texto afirma que “equipes da prefeitura de Porto Alegre realizaram o recolhimento de materiais inservíveis e estruturas abandonadas em via pública, como carrinhos sem rodas, no Loteamento Santa Terezinha, também conhecido como Vila dos Papeleiros, no 4º Distrito”.

A nota alega ainda que, “devido à presença de pessoas em situação de vulnerabilidade, o serviço é prestado com sensibilidade, sem a retirada de pertences ou materiais recicláveis dos catadores”. Mas, segundo Ismael, havia apenas dois assistentes sociais na operação, contra 300 policiais armados.

Sobre o destino dos carrinhos, a nota afirma que “os materiais recolhidos estão sendo encaminhados ao aterro sanitário e às unidades de triagem, conforme o tipo de resíduo”. O DMLU, em nota, se limitou a acrescentar que “só foram retirados materiais inservíveis e abandonados nas áreas públicas durante a operação. Recolhemos resíduos da via pública (como carrinhos abandonados e sem rodas)”.

Buscamos a Brigada Militar para entender por que a ação de segurança foi focada na Vila dos Papeleiros. Não recebemos retorno até o fechamento da reportagem.

Carrinho-biblioteca é levado em ação

Outro “material inservível”, de acordo com a prefeitura, é o carrinho-biblioteca, iniciativa do Museu de Resgates, projeto que reúne em um acervo fotografias, pinturas, câmeras antigas, livros e outros objetos encontrados pelos catadores de recicláveis. “É uma biblioteca itinerante, em cima de um carrinho de papeleiro adaptado. Ele para na praça da Vila, na escola Porto Alegre, na Praça Brigadeiro Sampaio. Estava estacionado aqui na frente e, como outros carrinhos, foi levado como sucata”, conta Antônio Carboneiro, idealizador do projeto.

Livros encontrados em meio aos resíduos descartados pela população da capital são recolhidos, guardados e cuidados. No carrinho-biblioteca, eram distribuídos pela cidade. “Nós não vendemos livros. A pessoa pega e leva para ler, com a promessa de retornar. Se ela não retornar, minha ideia é que o pessoal leia, e vá passando de pessoa em pessoa”, comenta Carboneiro. Ele enfrentou dois incêndios, em que perdeu todo o acervo de livros que coletava, mas resistiu e criou o carrinho-biblioteca.

Além de ter como parceiros o Museu de Arte Contemporânea, a Virada Sustentável, faculdades da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outras entidades, o Museu de Resgates é reconhecido pelo Ministério da Cultura brasileiro como um Ponto de Cultura.

Até agora, a prefeitura não deu informações precisas aos organizadores do museu e a outros catadores sobre a retirada dos carrinhos. “Nós queremos o carrinho de volta, no estado que ele vier. É uma obra, um documento e faz parte do acervo do museu”, defende o fotógrafo e artista Cristiano Sant’Anna, que integra a organização do museu. “Esse carinho sustentou meus filhos, foi ferramenta de trabalho por 25 anos e está há cinco como ferramenta da cultura”, diz Carboneiro.

Segundo Sant’Anna, houve diferentes orientações: a responsabilidade foi repassada para EPTC e para o DMLU. Também circula a informação de que os carrinhos estariam na Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) da Lomba do Pinheiro. “O que também inviabilizaria a possibilidade das pessoas se deslocarem até lá. E ninguém confirma que o carrinho de fato pode ser retirado. Não temos nenhuma informação concreta”, adiciona.

Para o artista, a retirada dos carrinhos é só parte da estratégia de especulação imobiliária que pressiona a Vila dos Papeleiros. “Há formas e formas para fazer as coisas. Poderiam fazer autuação e dar tempo para as pessoas se regularizarem, ajudá-las”, afirma.

Para além de promover a iniciativa cultural, Antônio Carboneiro defende a atividade dos catadores. “Dizem ser lixo, mas não é. Reciclamos o material e damos o destino certo. Cada carrinheiro é um pequeno ambientalista. E em vez de nos ajudar, a prefeitura coloca pedras no nosso caminho. Tem gente trabalhando com esses carrinhos. Tudo é servível para nós. O que não é servível são eles. São 20 famílias que ficarão sem trabalho. Como essas pessoas vão viver daqui para frente?”, questiona. “O Quarto Distrito não aceita uma vila de pobres ao seu lado. Mas quem já está enraizado aqui, não vai sair”, diz.

Leia mais

  • ‘Os catadores estão ferrados, mas a população também’: PPP de Melo para o lixo é alvo de críticas
  • Renda de catadores cai enquanto Melo direciona gestão de resíduos para empresas privadas
  • Multas por coleta de lixo aumentam 7 vezes e catadores se dizem perseguidos por Melo, prefeito de Porto Alegre
  • Mutirão para retomada de unidades geridas por cooperativas de reciclagem em Porto Alegre
  • A importância dos catadores de materiais recicláveis. Artigo de Rosângela Trajano
  • Deus é catador/a. Artigo de Francisco de Aquino Júnior
  • Dia Nacional de Luta dos Catadores de Materiais Recicláveis
  • Catadores, uma profissão desvalorizada pela sociedade
  • A construção da sustentabilidade ambiental. Catadores de materiais recicláveis como sujeitos de direitos
  • Observatório da UnB elabora cartilha para catadores e catadoras
  • Porto Alegre. ‘‘Essa lei é a lei da fome’’: catadores se mobilizam contra proibição de carrinhos
  • Política Nacional de Resíduos Sólidos e a profissionalização dos catadores. Entrevista Especial com Antonio Cechin
  • Reciclagem de resíduos sólidos: a propaganda é bonita, mas o processo explora os catadores. Entrevista especial com Alex Cardoso
  • Lixões são mais uma fonte de perigo para os catadores durante a pandemia. Entrevista especial com Ednilson Viana
  • Política Nacional de Resíduos Sólidos: “faltou cobrança rigorosa de cumprimento das regras”. Entrevista especial com Ednilson Viana
  • As prefeituras precisam oferecer condições para os catadores trabalharem nas cooperativas. Entrevista especial com Alex Cardoso
  • Ações para a gestão eficiente dos resíduos sólidos nos municípios
  • Lei ameaça deixar 6 mil catadores de lixo reciclável sem trabalho em Porto Alegre
  • Catadores de materiais recicláveis exigem ser ouvidos sobre lei que proíbe circulação de carrinhos
  • Um círculo virtuoso: a integração de catadores na gestão de resíduos sólidos
  • A ecologia política das/os catadoras/es de material
  • "O resíduo se renova, enquanto o catador se desgasta". Cargas de trabalho e desgaste da saúde física e mental. Entrevista especial com Tanyse Galon
  • Inclusão dos catadores na PNRS é dramática. Entrevista especial com Roque Spies
  • Lei das carroças. Os catadores e a exclusão. Entrevista especial com Sebastião Melo
  • Desafios diários dos catadores de lixo no Brasil é tema de estudo de pesquisadora da ONU

Notícias relacionadas

  • As periferias de Porto Alegre: Suas pertenças, redes e astúcias. Bases para compreender seus saberes e dinâmicas éticas. Entrevista especial com Leandro Pinheiro

    LER MAIS
  • Ocupações de escolas no Rio Grande do Sul é tema de debate no IHU

    LER MAIS
  • Estudo aponta elitização no centro da Capital e aumento das periferias na Região Metropolitana

    A restauração dos 11 armazéns deve ser concluída em 2015 e custará cerca de R$ 150 milhões. Foto: Camila Domingues/Palác[...]

    LER MAIS
  • Casas de lona e papelão: empobrecimento em Porto Alegre faz crescer população em situação de rua

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados