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Genocídio em Gaza: palestino que perdeu ao menos 56 familiares parou de contar os mortos

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24 Junho 2025

Ramzy Baroud critica omissão global e relata ter parado de contabilizar familiares mortos após perder 56 pessoas.

A reportagem é de Andrea DiP, Ricardo Terto, Stela Diogo e Rafaela de Oliveira, publicada por Agência Pública, 23-06-2025.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, citado pela agência WAFA (Agência de Notícias da Palestina), divulgou dados alarmantes na última terça-feira, 17 de junho: mais de 55 mil mortos e 130 mil feridos desde 7 de outubro de 2023. Uma guerra que já ultrapassa os 600 dias, com raízes históricas profundas, e que se expande com novos ataques a outros países do Oriente Médio, como os recentes bombardeios de Israel ao Irã.

Para analisar os conflitos em Gaza e as consequências globais do genocídio contra os palestinos, o Pauta Pública da semana recebeu o jornalista Ramzy Baroud. Descendente e refugiado palestino, Baroud viveu na pele perdas irreparáveis. Ele relata ter parado de contabilizar seus familiares mortos após a perda de 56 pessoas, incluindo sua irmã, uma médica assassinada por um drone israelense enquanto tentava salvar vidas. “Ela morreu em um massacre, depois de ver corpos mutilados implorando ajuda. Na última ligação que fez, me disse que seu corpo estava ali, mas seu espírito tinha morrido”.

Ao longo da conversa, Ramzy recorda as dores e denuncia o apagamento e a omissão global diante das mortes de civis inocentes. “Não é possível dizer que não sabíamos. Isso está acontecendo ao vivo, há mais de 600 dias. E ainda assim, seguem fornecendo armas, apoio político e legitimidade”, critica. Para ele, o que ocorre em Gaza não é um conflito: “Estamos lidando com psicopatas que chegaram a um ponto, em que não só deixaram de ver qualquer fragmento da humanidade de suas vítimas, como também perderam sua própria humanidade.”

A saga de uma família refugiada: vítimas de um genocídio ativo

Ramzy Baroud reflete sobre a complexidade de sua posição como intelectual e jornalista ao relatar uma história que afeta diretamente sua comunidade. “Isso cria não exatamente um dilema, mas te puxa emocionalmente pra dentro da história”. Ele menciona o conceito acadêmico de posicionalidade, onde se fala não apenas como narrador, mas como ator na história. Contudo, jamais imaginou que sua família seria vítima ativa de um genocídio.

O jornalista revela ter perdido “centenas, sem exagero, 56 membros da minha família direta” antes de interromper a contagem. “Não valia a pena continuar”, desabafa. Ele descreveu a angústia de receber mensagens de familiares no sul de Gaza perguntando sobre o destino de parentes no norte, a poucos quilômetros de distância, sem comunicação. A dificuldade de reportar sobre as perdas enquanto tenta humanizar as vítimas, ao mesmo tempo em que precisa fornecer números e estatísticas para dimensionar a tragédia, é um desafio constante. “É mais do que inacreditável e eu nem estou mais lá. Imagine estar em Gaza e viver essa experiência, sendo jornalista e sendo alvo do exército israelense.”

O sacrifício de uma médica: a história da irmã de Ramzy

Perguntado sobre sua irmã, Ramzy Baroud a descreve como muito mais do que uma médica comum. “Minha irmã foi um exemplo do empoderamento das mulheres em Gaza. Ela era uma líder comunitária”, contou. Ela mobilizava a comunidade para lidar com doenças e angariar fundos para hospitais. Entre cinco irmãos e uma irmã, ela era a única que permaneceu em Gaza, tornando-se a representante da família para aqueles que tiveram que partir.

Com o início da guerra, seu papel como médica e mãe se intensificou. Poucos meses antes de seu martírio, seu marido, chefe do departamento de direito da Universidade Al-Azhar e intelectual respeitado, foi morto. Ele tinha dificuldades de locomoção devido a um problema nervoso e era cuidado por ela. Quando o exército israelense atacou o sul de Gaza, ele se recusou a fugir, mas cedeu à insistência da família. Ele saiu com os filhos, mas foi atingido na cabeça por uma bala ou projétil de drone e morreu no local, implorando para que os filhos fugissem.

Os filhos se recusaram a deixar a área, mesmo em meio a massacres, na esperança de recuperar o corpo do pai. Essa busca se tornou uma obsessão para a irmã de Ramzy nos últimos meses de sua vida, mas ela não conseguiu dar um enterro digno ao marido. Ela vivenciou o massacre de Nuseirat, um campo de refugiados atacado pelo exército israelense com apoio americano.

Ramzy recorda a última ligação com a irmã: “Ela me disse que tinha morrido naquele dia, que ela só existia no corpo, mas sua mente, seu espírito, estavam em outro lugar.” Ela descreveu ter visto “centenas de corpos mutilados nas ruas”, implorando por ajuda. “Como eu reconstruo corpos mutilados quando não há recursos, nem assistência médica, nem nada? Eu simplesmente congelei”, conta Ramzy sobre o que disse a irmã. Ela percebeu que as pessoas continuavam morrendo em suas mãos. “Ela disse que morreu naquele dia.”

Após o trauma, a irmã de Ramzy buscou refúgio nos destroços de sua casa, onde dormiu por dias. Em uma de suas idas e vindas para o hospital Nazer, em Yunis, um drone israelense a perseguiu e a matou. “Foi claramente um ato de assassinato”, afirma Ramzy, explicando que Israel visava eliminar médicos palestinos que trabalhavam em áreas que desejavam destruir. “Mataram centenas de médicos e profissionais de saúde, e queriam ter certeza de que ela também fosse embora, e foi assim, sabe, que ela foi embora.”

O papel da comunidade internacional, governos e mídia

Ramzy Baroud critica a inação da comunidade internacional, governos e mídia diante do genocídio em Gaza. Ele argumenta que, embora em outras disputas a inação possa ser compreensível, no caso palestino, “todos sabiam o que estava acontecendo”. O discurso genocida, segundo ele, sempre fez parte do sionismo israelense por 100 anos, culminando na fala aberta de expulsar e eliminar palestinos. A desumanização, comparando palestinos a “bestas” ou “baratas”, é um discurso racista familiar em outros massacres históricos.

Para Ramzy, Israel não é o único responsável pelo genocídio. “Cada editor, cada jornal, cada autoridade, cada político, cada humanitário, cada pessoa que conhece o discurso vindo de Israel e o marginalizou intencionalmente, sem noticiar, também é responsável pelo genocídio.”

Aqueles que tentaram encobrir os crimes israelenses no início do genocídio também são cúmplices. Agora, até a grande mídia e líderes como Emmanuel Macron falam abertamente sobre genocídio e crimes de guerra. Baroud sugere duas razões para esse “súbito despertar moral” do Ocidente: primeiro, a tentativa de proteger seus legados históricos de uma mancha duradoura; segundo, a percepção de que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu não conseguiu “concluir o trabalho” após mais de 600 dias, levando-os a tentar “salvar” a situação.

Tortura ao vivo e conteúdo para redes sociais

Um novo e perturbador componente deste genocídio é a transmissão ao vivo da tortura e assassinato de civis, aliada à criação de conteúdo para redes sociais, critica Ramzy Baroud. Ele descreve vídeos de soldados israelenses dançando entre ruínas, destruindo casas, vestindo roupas de vítimas e jovens israelenses cantando sobre queimar vilas. Ele questiona como isso influencia a visão do mundo sobre o conflito.

Segundo ele, historicamente, a relação entre palestinos e israelenses era vista como um “conflito”. Embora se pudesse apoiar os palestinos e reconhecer a ocupação israelense, a ideia de “conflito” ainda prevalecia. No entanto, o que se vê agora “vai além de qualquer contextualização racional”. Ramzy descreve os perpetradores como “psicopatas” que não só perderam a capacidade de ver a humanidade de suas vítimas, mas também a sua própria humanidade. Ele argumenta que, se um psicopata não percebe sua condição, e é capacitado com armas e bombas por outros, permitindo-lhe “mutilar os mortos”, a situação se torna ainda mais grave.

Para ele, este genocídio difere de outros no passado por sua natureza contínua e pela impossibilidade de fuga para milhões de pessoas em um local já cercado e desnutrido. “Você está falando de um grupo de milhões de pessoas que estão vivendo em um local já cercado, já desnutridas, e não têm como escapar”, enfatiza. Mesmo as “zonas de segurança” se tornam locais de morte. “Estamos lidando com um tipo de genocídio que você nem sabe como processar mentalmente. Isso ocorre diariamente, e qualquer pessoa pode ser morta a qualquer momento e sem motivo algum.”

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