• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O panorama religioso no Brasil: perspectivas para as próximas décadas com base no Censo 2022. Artigo de Robson Ribeiro

Mais Lidos

  • “A sociedade é externalizada do processo. Esse é o maior problema que temos enfrentado em Belém e que é comum também, infelizmente, em procedimentos de organização das cidades em megaeventos”, diz a geógrafa

    ‘Modus operandi’ dos megaeventos é potencializado em Belém. “A COP como negócio está acontecendo em todas as esferas”. Entrevista especial com Olga Lucia Castreghini de Freitas

    LER MAIS
  • A ofensiva contra Trump toma forma nas ruas de 20 cidades dos EUA

    LER MAIS
  • Novas masculinidades ou crise do patriarcado. Artigo de Raúl Zibechi

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Solenidade da Santissima Trindade - Ano A - Deus Trindade se revela relação, compaixão, misericórdia

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

11 Junho 2025

"Diante desse cenário, o futuro do campo religioso brasileiro aponta para uma configuração plural e complexa. A tendência é que o país se afaste cada vez mais do modelo de religiosidade hegemônica para se tornar um espaço de convivência entre múltiplas tradições, crenças e formas de espiritualidade", escreve Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves, teólogo, filósofo e professor. Robson é formado em História, Filosofia e Teologia, áreas nas quais trabalha como professor em Juiz de Fora (MG).

Eis o artigo.

O Brasil, historicamente reconhecido como a maior nação católica do mundo, vivencia nas últimas décadas uma significativa transformação em seu panorama religioso. Os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE, revelam mudanças que apontam para um cenário futuro marcado pela diversidade, pelo declínio da hegemonia católica e pelo crescimento de outras expressões religiosas e não religiosas. Essa transição não é apenas estatística, mas reflete alterações profundas no modo como a sociedade brasileira vivencia e expressa sua espiritualidade.

Segundo os números mais recentes, a população católica representa hoje 56,7% dos brasileiros — uma queda expressiva em relação aos 65,1% registrados em 2010. Ao mesmo tempo, os evangélicos cresceram de 22,2% para 26,9%, somando aproximadamente 47,4 milhões de fiéis. O grupo dos que se declaram sem religião também apresentou aumento, passando de 7,9% para 9,3% da população, o equivalente a mais de 16 milhões de pessoas. Embora menores em proporção, as religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, e outras tradições espirituais, como o espiritismo, o budismo e o islamismo, também figuram no censo, expressando a pluralidade do campo religioso brasileiro.

As projeções para as próximas décadas indicam a continuidade dessa tendência de diversificação. O catolicismo, embora ainda majoritário, tende a continuar sua trajetória de retração, especialmente entre os jovens e nas grandes cidades. Diversos fatores contribuem para esse declínio: a perda de relevância institucional da Igreja em meio à secularização da sociedade, a dificuldade de dialogar com questões contemporâneas e a concorrência com outras tradições religiosas mais dinâmicas em termos de linguagem, estética e presença midiática.

Nesse cenário, o crescimento das igrejas evangélicas — sobretudo as de perfil neopentecostal — tem se destacado. Com estratégias missionárias intensas, forte presença nas periferias urbanas e ampla utilização das mídias digitais e tradicionais, esses grupos têm conquistado um número crescente de adeptos. Além disso, sua atuação social e política tem contribuído para sua visibilidade e influência no cenário nacional. Caso o ritmo atual de crescimento se mantenha, é possível que, entre 2040 e 2045, a religião evangélica ultrapasse o catolicismo em número de adeptos, marcando uma virada histórica no perfil religioso do país. Essa possível superação já foi antecipada por especialistas, que observam que a diferença entre os dois grupos vem diminuindo de forma consistente a cada década.

Outro aspecto importante a considerar é o aumento do número de pessoas que se identificam como “sem religião”. Este grupo não necessariamente representa o ateísmo ou o agnosticismo, mas frequentemente inclui indivíduos que creem em alguma forma de espiritualidade não institucionalizada. Esse crescimento está fortemente ligado à juventude, à urbanização e à valorização da autonomia individual nas escolhas religiosas. Entre os jovens de grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, pesquisas mostram que os “sem religião” já rivalizam numericamente com os evangélicos e católicos, o que pode indicar um movimento duradouro de desinstitucionalização da fé.

Paralelamente, observa-se um movimento de valorização das religiões afro-brasileiras e de resistência à intolerância religiosa. Embora representem menos de 1% da população, essas tradições têm conquistado espaço no debate público, impulsionadas por movimentos identitários, decoloniais e antirracistas. O reconhecimento oficial, a proteção legal e a presença crescente em ambientes acadêmicos e culturais contribuem para uma revalorização dessas manifestações religiosas.

Diante desse cenário, o futuro do campo religioso brasileiro aponta para uma configuração plural e complexa. A tendência é que o país se afaste cada vez mais do modelo de religiosidade hegemônica para se tornar um espaço de convivência entre múltiplas tradições, crenças e formas de espiritualidade. Isso exigirá, por parte do Estado e da sociedade, maior empenho na garantia da liberdade religiosa, no combate à intolerância e na promoção de um diálogo inter-religioso mais profundo e respeitoso.

Em síntese, os dados do Censo 2022 não apenas revelam a atual composição religiosa do Brasil, mas também projetam um futuro em que a diversidade será a marca mais evidente. Com o avanço dos evangélicos e o crescimento dos “sem religião”, o país caminha para uma transição histórica em que o catolicismo pode deixar de ocupar o posto de religião majoritária. Trata-se de uma mudança que convida à reflexão sobre o papel da religião na vida pública e privada, sobre os desafios da convivência plural e sobre as formas contemporâneas de se buscar o sentido da vida em uma sociedade cada vez mais complexa e em constante transformação.

Leia mais

  • A nova fotografia da religião no Brasil segundo o Censo de 2022. Artigo de Jeferson Batista
  • Por que o avanço evangélico estagnou e não deve voltar? Artigo de Fabio Miessi e Raphael Corbi
  • Por que o crescimento evangélico desacelerou no Brasil?
  • O acelerado crescimento dos templos evangélicos e a transição religiosa no Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • A expansão evangélica no Estado: do Executivo ao Judiciário. Entrevista especial com Ronaldo Almeida
  • Quem são? Por que eles crescem? No que eles creem? Pentecostalismo e política na América Latina
  • Os evangélicos e o poder na América Latina
  • Cidades de São Paulo onde os evangélicos ultrapassaram os católicos
  • A transição religiosa nas grandes regiões do Brasil
  • A transição religiosa em ritmo acelerado no Brasil
  • Uma projeção linear da transição religiosa no Brasil: 1991-2040
  • A aceleração da transição religiosa no Brasil: 1872-2032. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • “É fundamental tirar a dimensão religiosa da disputa política”, afirma cientista político
  • A encruzilhada do catolicismo brasileiro
  • Transição Religiosa – Católicos abaixo de 50% até 2022 e abaixo do percentual de evangélicos até 2032
  • Catolicismo no Brasil em Declínio: os dados do Censo de 2010
  • América Latina. Catolicismo em queda livre?
  • Nem só católico, nem só evangélico: o Brasil das múltiplas religiões e religiosidades revelado pelos jovens. Entrevista especial com Regina Novaes

Notícias relacionadas

  • O catolicismo se globaliza, mas as outras religiões também e formam um mundo de religiões globais, todas abertas, sem monopólio em parte alguma, constata o sociólogo, pesquisador senior da Georgetown University

    “As religiões estão se tornando cada vez mais globais”. Entrevista com Jose Casanova

    LER MAIS
  • Igreja e internet: uma relação de amor e ódio. Entrevista especial com Moisés Sbardelotto

    Embora a Igreja tenha mantido uma relação de amor e ódio com os meios de comunicação e, em especial, com as mídias digitais,[...]

    LER MAIS
  • Um lembrete da China de que a “guerra aos cristãos” é mundial

    Sessenta refugiados chineses pediram asilo político na República Tcheca dizendo que o fato de serem cristãos os expõe a perseg[...]

    LER MAIS
  • “Liberdade de culto” versus “liberdade religiosa”

    "Não estou dizendo que as pessoas não devam pressionar o governo a fazer mais para a promoção da liberdade religiosa no exteri[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados