16 Mai 2025
Gregory Guillot, chefe do Comando de Defesa da Força Aérea dos EUA, em uma declaração escrita à Comissão de Serviços Armados da Câmara, argumenta que após três anos de conflito na Ucrânia há “muitos caminhos plausíveis” para o envolvimento militar direto dos EUA.
A informação é de Massimo Basile, publicada por La Repubblica, 15-05-2025.
Três anos de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e agora entrando no quarto ano, podem levar a um conflito direto entre Moscou e Washington no futuro. O alarme foi dado pelo general Gregory Guillot, chefe do Comando Norte dos EUA e do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, o comando de defesa aeroespacial da América do Norte, em uma declaração escrita entregue à Comissão de Serviços Armados da Câmara. Guillot, de acordo com a revista Newsweek, argumenta que após três anos de conflito na Ucrânia há “muitos caminhos plausíveis” pelos quais poderia haver envolvimento militar direto dos EUA. O espectro de um agravamento da crise parece mais real do que o esperado.
O general disse que China, Rússia, Irã e Coreia do Norte estão tentando evitar um conflito armado com os americanos, mas gostariam de explorar o que parece ser a percepção de um declínio do Ocidente. O objetivo seria desafiar os americanos, mas com o risco crescente de um erro de cálculo que poderia desencadear um conflito de maior escala. O quarto ano de guerra na Ucrânia, segundo o general, aumenta essas probabilidades, mas não é só essa região do mundo que preocupa o Pentágono.
Guillot destacou outros conflitos que podem envolver os Estados Unidos, como as tensões causadas pelo ataque do Hamas a Israel em 07-10-2023. Além disso, a situação em Taiwan e no Mar da China Meridional representa um risco contínuo de escalada entre China e Estados Unidos, com “consequências que podem durar uma geração”. A “cooperação estratégica” entre os quatro países cresceu desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia. Por isso, o comandante enfatizou a necessidade de fortalecer a preparação militar e melhorar as capacidades de defesa para enfrentar potenciais ameaças de Moscou. Testes e manobras de mísseis russos perto das fronteiras da OTAN “representam um desafio significativo” à segurança nacional americana.
Guillot recomendou maior cooperação com aliados ocidentais, uma ideia não compartilhada por Donald Trump, e investimento em capacidades de dissuasão no caso de um possível conflito. E lembre-se, não é preciso pegar leve. Quanto mais longo for o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mais aumentará a tentação de desafiar os Estados Unidos entre seus inimigos.