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Pepe Mujica, o presidente camponês e sua lição sobre a natureza da liberdade

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16 Mai 2025

"Por isso, volto a insistir na ideia de que a felicidade não pode ser separada da liberdade, mas a felicidade é uma escolha livre e também não pode ser separada do senso de sobriedade, que significa simplesmente isto: viver apenas com o necessário, com bagagem leve. Para quê? Para ter tempo livre, porque se você quer possuir muitas coisas, lembre-se de que não as compra com o dinheiro, você as compra com o tempo da sua vida, o tempo que você gastou para ganhar aquele dinheiro. E a verdadeira liberdade é ter tempo para as coisas mais preciosas da vida: família, afetos, amigos, militância, empenho".

O artigo é de Carlo Petrini, fundador do Slow Food, ativista e gastrônomo, sociólogo e autor do livro Terrafutura (Giunti e Slow Food Editore), no qual relata suas conversas com o Papa Francisco sobre ecologia integral e o destino do planeta, publicado por La Stampa, de 15-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo.

Há pessoas que souberam concretizar seus pensamentos por meio de sua própria existência, explicitando assim uma vida vivida com plena e digna coerência. Uma delas é José "Pepe" Mujica, que em seu modo de ser e agir encarnou o ideal de um socialismo fortemente dedicado à luta contra as desigualdades, à crítica ao capitalismo e ao respeito à liberdade individual.

Pepe nos deixou há dois dias, aos 89 anos, todos vivido na busca de seus ideais, sem jamais ostentar o peso político que o mundo inteiro reconheceu a ele, e sem jamais esconder as origens humildes de sua família de emigrados e agricultores. Em sua longa carreira política, Mujica sempre doou 90% de seu salário aos mais necessitados, continuando a viver em uma fazenda rural onde, junto com Lúcia, sua esposa e companheira de toda a vida, cultivava uma pequena área de terra.

Um estilo de vida que levou os jornais mais importantes do mundo a rotulá-lo de "o presidente pobre". Um apelido que ele sempre rejeitou publicamente porque não respeita aqueles que de fato vivem naquela terrível condição. A pobreza sempre foi algo sério para Mujica e ele tinha plena consciência dos sofrimentos que ela pode gerar. De membro da resistência a presidente do seu povo, a vida também lhe reservou provações realmente duras. A participação ativa nos Tupamaros – o movimento de inspiração marxista-leninista que lutava por maior dignidade para as classes sociais mais pobres – na década de 1970 custou a Mujica sua captura e prisão por mais de 12 anos, muitos dos quais em total isolamento.

No entanto, a força desse homem sempre foi tirar as melhores lições de cada fato vivenciado, e quero relatar como, com sagacidade e ironia, ele comentava sobre sua tortuosa trajetória de vida: "Sou um camponês meio bagunçado e o único mérito que tenho é ser um pouco basco, teimoso, duro, gregário e constante, e por isso me mantive firme. Mas não sou um fenômeno. Na verdade, passei anos na prisão porque fui pego, porque me faltou velocidade. Não tenho vocação de herói. No entanto, tenho uma espécie de fogo interior estimulado pela injustiça social".

É evidente que um sujeito tão determinado e tão arraigado em suas convicções conseguiu atrair a atenção do mundo inteiro por suas políticas corajosas, fortemente voltadas para a liberdade individual. Tive a sorte de encontrar Pepe em algumas ocasiões, duas das quais foram indelevelmente marcadas pela extraordinária empatia que esse grande personagem era capaz de gerar, mesmo que apenas com um olhar.

Em 7 de novembro de 2016, centenas de jovens de diferentes nacionalidades lotavam a Aula Magna da Universidade de Milão para ouvir duas pessoas, então com quase setenta anos, e um octogenário, discutirem temáticas sociais mais urgentes, adotando um ponto de vista nada convencional: a felicidade. Uma dessas pessoas era eu, os outros dois eram grandes homens que fizeram a história da América Latina e que, com grande humildade e profunda admiração, me permito chamar de companheiros: Mujica, em uma de suas primeiras viagens após seu mandato como presidente, e Luis Sepúlveda, o grande poeta, escritor, mas antes de tudo militante. Mais de mil pessoas não conseguiram entrar no anfiteatro, obviamente todas interessadas em ouvir os depoimentos daqueles dois gigantes da cultura latino-americana que pagaram com a prisão uma vida dedicada à busca de seus ideais e que, infelizmente, hoje não estão mais entre nós. Lembro-me de como alguns jornalistas detratores tentaram ridicularizar aquele encontro: "Três comunistas.  Antigamente, os comunistas comiam as criancinhas, agora contam fábulas”. Acredito que teria sido difícil nos fazer um elogio melhor do que esse, mesmo que feito inconscientemente.

A felicidade que tivemos a oportunidade de discutir é a de nossas trajetórias de vida que, embora diferentes, compartilham o mesmo esforço: a afirmação da felicidade não como bem-estar individual, mas global, e da política, aquela movida pela paixão e pela compaixão, e não pelo bolso, como forma de alcançá-la. A síntese compartilhada daquele encontro por todos nós três, de fato, foi que a verdadeira felicidade se vive por meio do empenho pelo bem comum, pelos direitos de uma humanidade que sofre com as desigualdades e, portanto, em ver esse tipo de política se realizar.

O segundo encontro com Pepe que recordo com extremo prazer é datado de 30 de outubro de 2022, um dia que marcou a história recente de um país que ambos sempre amamos muito: o Brasil. Estávamos, de fato, em São Paulo, no local escolhido por Lula para que seus apoiadores mais próximos acompanhassem as eleições presidenciais brasileiras. Juntos, entendemos que o segundo mandato presidencial de Lula teria começado. Era natural celebrar o momento com uma foto. E a primeira pessoa com que pensamos compartilhar essa foto foi outro grande homem do nosso tempo: o Papa Francisco. Os dois, de fato, se encontraram várias vezes e posso dizer com certeza que tinham grande apreço mútuo, no pleno respeito de sua diversidade. Muitas das políticas libertárias de Mujica não podem colimar com a visão de um chefe da Igreja Católica, mas ambos reconheciam o valor da coragem e da honestidade de seus caminhos de vida.

A abordagem que essas duas grandes personalidades sempre mantiveram está extremamente ligada à poesia que camponeses e artesãos sabem fazer. Mesmo em tempos tão sombrios, aqueles que pensam "poeticamente" podem descortinar o paradigma de renascimento humano fortemente buscado por Mujica e Bergoglio. Duas testemunhas que sempre acreditaram na poesia como política do futuro, que se manifesta em palavras e ações muito diferentes daquelas a que estamos acostumados. Sua origem camponesa comum também os uniu nisso, em saber encarnar a poesia da vida.

"Por isso, volto a insistir na ideia de que a felicidade não pode ser separada da liberdade, mas a felicidade é uma escolha livre e também não pode ser separada do senso de sobriedade, que significa simplesmente isto: viver apenas com o necessário, com bagagem leve. Para quê? Para ter tempo livre, porque se você quer possuir muitas coisas, lembre-se de que não as compra com o dinheiro, você as compra com o tempo da sua vida, o tempo que você gastou para ganhar aquele dinheiro. E a verdadeira liberdade é ter tempo para as coisas mais preciosas da vida: família, afetos, amigos, militância, empenho." Obrigado, Pepe, pelo seu exemplo, pelas suas palavras, pela sua poesia.

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