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“Essa corrida armamentista não nos torna mais europeus nem mais seguros”. Entrevista com Marco Tarquinio

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15 Março 2025

"É preciso reacender a confiança do público na Europa, não produzir mais tanques. E nós precisamos ter paixão pela Europa, não uma obsessão pela Rússia de Putin e nem pelos EUA de Trump", afirma Marco Tarquinio, deputado do Parlamento Europeu, ex-editor do Avvenire.

A entrevista é de Umberto De Giovannangeli, publicada por l'Unità, 11-03-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Ursula von der Leyen lança o plano de rearmamento da UE: 800 bilhões para a defesa. Essa é a resposta adequada às brutais manobras de Trump em relação à Ucrânia?

Vejo um plano para comprar armas, não para que a Europa recupere um papel. Vejo a Comissão Europeia e os chefes de governo da UE invocando o Artigo 122, uma norma que inviabiliza o debate com o Europarlamento, e aprovando apressada e unanimemente um texto chamado ReArm Europe, que lhes permite se endividar para encher os vários arsenais nacionais. A maioria dessas armas os europeus - talvez todos juntos, mas também não - irão comprá-las nos EUA de Trump e provavelmente também no Israel de Netanyahu, que tem excelência em software bélicos e escudos missilísticos. Estamos respondendo aos empurrões e diktats de Trump? Sim, com algumas reclamações e muitas compras.

Von der Leyen explicou que o recurso ao Artigo 122 do TFEU é devido à urgência. E já se levantaram os coros da imprensa mainstream: vocês queriam a defesa comum, aqui está....

A defesa comum é urgente, mas não pode ser feita com urgência. O rearmamento simultâneo dos 27 países europeus está sendo feito com urgência. Repito: esse é o rearmamento simultâneo, não a defesa comum. Alguns dizem que o exército, a marinha e a aviação comuns virão mais tarde. Sim, quando? E, além disso, também seriam necessárias intenções e capacidades de ação político-diplomáticas comuns, estratégias de cooperação internacional comuns, corpos de paz civis comuns. A defesa não se faz apenas de armas em punho, pelo contrário, deveria ser cada vez menos assim. E organizar a defesa comum significa se equipar com instrumentos para prevenir a guerra. Não para “preparar-se também para a guerra”, como trovejou a Alta Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Kaja Kallas, em 22 de janeiro passado. Afinal: se quer uma defesa comum ou se está chamando para a mobilização na guerra da Europa?

Como você responde?

Que sinto um ar de mobilização e grandes negócios. E isso não me agrada nem um pouco. Isso prejudica as nossas sociedades e radicalizará ainda mais a política.

Parece-me que você é contra o plano de von der Leyen.

Sou contra o aumento ainda maior dos gastos militares. Isso não nos torna nem mais europeus nem mais seguros. É uma aposta cheia de retórica e riscos, que só premia os produtores e comerciantes de armas. Por esse caminho, as indústrias militares logo serão colocadas no centro do sistema manufatureiro da UE e, enquanto isso, estão sendo enriquecidos os fabricantes de armas do outro lado do oceano.

Parece-me o triunfo do que Eisenhower, ao deixar a presidência dos EUA em 1961, descreveu com alarme como o “complexo militar-industrial”. Ele evocou “a desastrosa ascensão de poderes que ultrapassam sua sede e suas prerrogativas” e advertiu que essa ameaça “existe agora e existirá no futuro”.

Eisenhower falava à sua época e ao seu país. Mas isso vale para todos e agora mais do que nunca.

Há também a crescente banalização dos discursos sobre o recurso a armas e guarda-chuvas nucleares...

É claro que existe. Por causa de Putin, Trump, Musk e até mesmo Macron. E essas elucubrações apocalípticas e ameaças sobre a bomba estão nos assediando há três anos. Mas estou igualmente preocupado com o retorno anunciado de minas antipessoais e bombas de fragmentação aos arsenais da UE. Alguns países europeus decidiram usar novamente essas armas terríveis que tornam as guerras ainda mais pavorosas e as continuam mesmo quando formalmente terminam, porque ficam semeadas e envenenam com a morte as terras onde as pessoas deveriam voltar a viver e trabalhar. A Polônia e a Lituânia já declararam que as querem receber. Bem, se não forem estabelecidas condições, ou seja, limites precisos, que não vejo no ReArm Europe de hoje, todos nós pagaremos, pelo menos em parte, por essas armas. E arcaremos com a responsabilidade moral. Como se pode fingir que nada está acontecendo?

Você é um independente eleito no PD, mas sua posição e a da secretária do PD, Elly Schlein, parecem muito próximas.

Eu aprecio bastante a posição de Elly Schlein. Ela está realizando um trabalho importante e realmente a favor da Europa. É a líder do PD, a principal força da família europeia de socialistas e democratas, e está articulando um “não” fundamentado e firme a esse rearmamento insensato e autodestrutivo.

Também a ouvi reiterar que a paz não pode ser feita às custas de ucranianos e ucranianas, mas isso não significa deixar de buscar uma paz justa, por meio do cessar-fogo e da negociação. Uma linha clara, que faz com que eu me sinta ainda mais comprometido.

E, no entanto, vários especialistas voltaram a definir a linha de Schlein como pouco clara ou, ao contrário, acusaram-na de estar ao lado dos pacifistas e, obviamente, de Putin.

Toda vez que Schlein indica uma linha clara, pacificamente clara, de que eles não gostam, o julgamento chega no ato: “Não dá para entender o que ela quer dizer” ou, ao contrário, “está indo para onde o coração a leva”. Bem, é infinitamente melhor ir aonde o coração leva do que aonde os tambores da guerra empurram... Até porque no centro do trabalho paciente e realista pela paz e pela justiça social não está uma congregação de sonhadores desocupados, mas pessoas que se dedicam de muitas maneiras concretas. E, acima de tudo, o lado da paz é o lado das pessoas de verdade, que não querem a guerra para ninguém e certamente não para si mesmas, para seus filhos e filhas.

Em sua opinião, a UE tem alternativas?

Sim, tem alternativas. E tem deveres. Precisamos de uma UE capaz de mostrar ao mundo que existe outra maneira de fazer política, de tecer relações diplomáticas e comerciais, de se desenvolver, de organizar as forças armadas, de defender a humanidade e a paz. E o momento é agora, sob o desafio de prepotentes poderosos como Putin e como Trump.

Por que, então, é a favor da defesa comum europeia?

Porque isso daria um novo impulso ao processo de integração comunitária. Esse era um dos quatro grandes objetivos comuns estabelecidos por Spinelli e De Gasperi: assembleia eletiva, união política, fiscal e de defesa. Ainda é, também porque a defesa comum implica e, de certa forma, impõe uma liderança política comum. É uma característica essencial do perfil adulto de uma UE capaz de alianças e colaborações em pé de igualdade com parceiros antigos e novos. Isso é muito diferente da relação entre os EUA e os outros países da OTAN, uma aliança que tem crescido continuamente nos números e regredido nas finalidades, com uma inadequação revelada pela política disruptiva e agressiva de Trump. Mas há outro ponto que é importante para mim: uma verdadeira defesa comum seria menos cara.

Com que base argumenta isso? Especialmente porque, de acordo com alguns pesquisadores e muitos meios de comunicação, Moscou agora gasta mais em armas do que toda a UE.

Não há dúvida de que Moscou, à sombra de 6.000 ogivas atômicas, está gastando uma enormidade em proporção à força de seu sistema. E isso é, antes de mais nada, um problema para o povo russo. Mas vamos voltar a nós. Construir uma defesa comum também significa fazer economias de escala, não duplicando mais estruturas e despesas ou mesmo multiplicando-as por vinte e sete. Mario Draghi começou a dizer isso em 2022. Quanto à comparação entre a Rússia e a Europa, confio em um economista com a autoridade de Carlo Cottarelli e seu Observatório das Contas Públicas promovido pela Universidade Católica de Milão. Cottarelli demonstrou que, em dólares internacionais, a despesa anual de 2024 dos estados da UE foi quase 19% maior do que a da Rússia, que ainda assim está oficialmente em “economia de guerra”, enquanto a despesa dos países europeus que são membros da UE e da OTAN - ou seja, os Vinte e Sete mais a Grã-Bretanha, a Turquia e a Noruega – supera aquela de Moscou em 56%. Em valores absolutos: 461,6 bilhões de dólares internacionais para a Rússia, em comparação com 547,5 dos países UE sozinhos e 719 dos países europeus da UE e da OTAN. Esses são os fatos. É preciso gastar melhor, não mais. É necessário reunir as forças, não inflar os músculos dos estados nacionais e, em mais de um caso, liderados por nacionalistas, também por causa do crescente desconforto social e das guerras entre os pobres que estão sendo alimentadas com os cortes dos gastos sociais e slogans de ódio.

Não há dúvida de que, enquanto Putin negocia com Trump, a Rússia continua a se armar e a fazer guerra. Por isso, a UE é solidária com Zelensky. Mas a mesma UE permanece inerte em relação a Gaza e à limpeza étnica realizada por Israel. No aguardo de fazer da Faixa a “Riviera do Oriente Médio” sem um palestino por perto...

É verdade. E isso é insuportável para a razão e a consciência. Mas também é desastroso para a UE e, especialmente, para as vítimas de ações de guerra e jogos de poder. É por isso que não devemos continuar à margem e fora dos processos de negociação que foram reativados com violentos solavancos por Trump e seu pessoal. Devemos endireitar essas mesas de negociação. A Ucrânia, devastada pela guerra, deve poder se sentar ali sem humilhações inaceitáveis. E devemos impedir que o destino do que resta da Palestina, despedaçada no último quarto de século pelo Hamas e pelos ultradireitas israelenses, seja uma questão decidida por Trump e Netanyahu. Caso contrário, não haverá uma verdadeira paz.

Do seu ponto de vista, como se pode conter o “ciclone Trump” que atingiu a Europa?

É preciso reacender a confiança do público na Europa, não produzir mais tanques. E nós precisamos ter paixão pela Europa, não uma obsessão pela Rússia de Putin e nem pelos EUA de Trump. Precisamos de visão e de toda a solidariedade possível, sabendo que vários chefes de governo europeus - menciono apenas o húngaro Orbán - infelizmente não são nada solidários. E precisamos ter objetivos e nervos firmes.

Você estará na rua pela Europa em 15 de março?

Em 15 de março estarei em Santiago do Chile para a reunião da Comissão Parlamentar Mista UE-Chile. Não posso e não quero faltar, até porque também sou relator permanente desse grande país sul-americano. Mas se eu estivesse em Roma, iria à rua com duas bandeiras: a Europa e a Paz.

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