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Ódio demais, é necessário repensar a fraternidade. Artigo de Massimo Recalcati

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16 Janeiro 2025

"O que está em jogo é a difícil experiência de luto do Um. De fato, não é possível escapar do encontro traumático com o Dois, não é possível consistir apenas em si mesmos", escreve Massimo Recalcati, psicanalista italiano, em artigo publicado por La Repubblica, 17-10-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Em relação ao conflito israelense-palestino, vários comentaristas políticos apontaram que um dos maiores obstáculos à hipótese de dois povos em dois estados é a presença de pressões fundamentalistas de tipo religioso ativas em ambos os lados. Compartilho dessa observação porque o discurso religioso, quando assumido pelo fanatismo fundamentalista, sempre tende a impor o Um sobre o Dois. Nesse sentido, seria estruturalmente alérgico ao princípio da democracia, que, em vez disso, é sempre uma experiência radical de luto do Um em nome do Dois.

A esse respeito, valeria a pena lembrar que o primeiro impulso que orienta os laços entre irmãos não é o da fraternidade, mas o do ódio e da inimizade: o ódio é mais antigo que o amor, o repúdio do irmão ou da irmã é mais originário que seu acolhimento. Isso por uma razão evidente: o nascimento do irmão ou da irmã impõe uma descentralização inevitável na vida do filho, que é obrigado a se expor ao regime plural do Dois, à impossibilidade de ser o Um sozinho.

O que está em jogo é a difícil experiência de luto do Um. De fato, não é possível escapar do encontro traumático com o Dois, não é possível consistir apenas em si mesmos.

Isso acontece, como os psicanalistas bem sabem, até mesmo com os chamados filhos únicos. Eles não apenas vivem em suspenso pelo fantasma sempre à espreita do nascimento de um possível irmão ou irmã, mas muitas vezes se encontram na necessidade narcisista de reafirmar constantemente sua condição de superioridade.

Não por acaso Franco Fornari, que foi meu professor na Universidade Estatal de Milão no início da década de 1980, costumava perguntar, com um ar um tanto malicioso, quando algum estudante se demorava demais na formulação de perguntas em sala de aula que se assemelhavam mais a discursos propriamente ditos: “Desculpe-me, mas você é filho único?”

Meu antigo professor sabia muito bem o quanto a existência de um irmão ou irmã introduz a experiência benéfica, embora traumática, de um limite na vida do filho e o quanto é difícil aceitar sua existência.

Do ponto de vista da psicanálise, os laços fraternos correm o risco, por um lado, da fusão incestuosa, o desejo de constituir um único trágico corpo, como acontece com os gêmeos ginecológicos contados por Cronenberg em Irmãos Inseparáveis. A ilusão da consanguinidade favorece essa distorção perversa: o Dois seriam apenas uma manifestação aparente da substância inatacável do Um.

Não é coincidência que todos os delírios totalitários são obcecados pela negação de toda forma de plurilinguismo.

Por outro lado, no entanto, irmãos e irmãs correm o risco do conflito aberto, a luta sem barreiras, a agressividade inesgotável de uma rivalidade irredutível (Rômulo e Remo, Caim e Abel, Jacó e Esaú, etc.). É o outro lado da mesma moeda, pois tanto a loucura da fusão quanto aquela da rivalidade fratricida, gostariam de suprimir o Dois.

O mito de Narciso, que se espelha na representação ideal de si mesmo, converge nesse sentido com o de Caim, que mata seu irmão Abel movido pela inveja daquele que encarnava seu próprio ideal. Em vez de empreender o luto do Um imposto pela existência do Dois, Caim gostaria, de fato, de apagar o Dois para sempre a fim de continuar a ser “o único”, o filho “só”.

Esse é um dos complexos psíquicos que está na base do fenômeno coletivo da guerra: a defesa sem limites do Um diante da ameaça desestabilizadora do Dois. Não é por acaso que as vivências decorrentes do nascimento de um irmão e de uma irmã nunca são apenas de alegria, mas sempre evocam também a intrusão e a exclusão. De fato, o irmão e a irmã, personificam a ameaça sempre possível de nossa substituição. Trata-se de uma experiência de intrusão que tem como principal efeito uma expropriação: “meu lugar foi tomado por outro”.

Mas como podemos nos tornar irmãos e irmãs para além do mito da consanguinidade que sustenta a ilusão fundamentalista do Um que gostaria de excluir o Dois? Como podemos realizar uma irmandade que não seja vítima do ódio? É uma questão de realizar um vínculo solidário discreto sem a pretensão de que tudo seja compartilhado, sem anular a existência separada do outro, sem querer a todo custo forçar a realidade do Dois dentro do recinto fechado do Um.

É o que podemos encontrar no gesto apenas aparentemente enigmático com o qual Esaú e Jacó se abraçam, deixando para trás a luta até a morte por seu prestígio, mas decidindo seguir dois caminhos diferentes, permanecer Dois.

Em L'Arminuta, de Donatella Di Pietrantonio, é o que é descrito pelo amor da protagonista por uma irmã cuja diferença radical se assemelha à estranheza anárquica do mar.

Acontece, em suma, toda vez que a nossa vida escolhe a vertigem do Dois, renunciando a querer fazer e ser Um com o outro.

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