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Discriminações e linguagem violenta. A política é assunto de homens. Artigo de Francesca Polizzi

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27 Novembro 2024

"Os dados sobre a violência psicológica e verbal sofrida pelas mulheres na política mostram que 44,4% das parlamentares entrevistadas sofreram ameaças de morte, estupro ou violência física, muitas vezes por meio das mídias sociais. A violência psicológica foi considerada a forma mais comum de abuso, com episódios que incluem difamações, intimidações e comentários sexistas de colegas e cidadãos", escreve Francesca Polizzi, jornalista, em artigo publicado por Domani, 25-11-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A política mundial é dominada por homens: apenas 27% dos assentos parlamentares são ocupados por mulheres em todo o mundo e menos de 13% estão da liderança de governos (fonte: UN Women). As mulheres geralmente são designadas para ministérios ligados a questões sociais, igualdade de oportunidades ou direitos humanos. No entanto, continuam sub-representadas em áreas como defesa, economia e energia, o que reflete como ainda é limitado o acesso delas a cargos mais estratégicos. A alimentar essa diferença, há o fato de que as mulheres na política continuam a ser consideradas não por suas ideias, mas por seu gênero.

Clímax do discurso de ódio

Nos últimos anos, a política tem visto um aumento na retórica carregada de violência verbal e discriminação. Da Europa aos Estados Unidos, figuras públicas e políticos têm usado a linguagem como uma arma para marginalizar oponentes, perpetuar estereótipos de gênero e desumanizar grupos sociais. O uso das mídias sociais ajudou a ampliar e tornar viral esse tipo de violência.

“É importante diferenciar entre ataques pessoais esporádicos e ataques coordenados, nos quais há também a presença de automação ou uma tentativa de disseminação sistemática por meio das várias plataformas”, explica Lucina Di Meco, especialista em igualdade de gênero e cofundadora do projeto #ShePersisted, que analisa o tema da desinformação de gênero na política. Na pesquisa “Monetising Misogyny” (Monetização da misoginia), conduzida por Di Meco, ficou claro que as mulheres na política são mais visadas pelo ódio e pela desinformação on-line do que os homens. O ódio contra as mulheres não está ligado apenas a alguns nichos on-line, mas faz parte das estratégias de comunicação de alguns políticos que atacam as adversárias fazendo referência a aspectos da vida privada ou atribuindo apelidos sexistas. O objetivo é polarizar o discurso e desestimular a participação feminina na vida pública, mantendo um status quo dominado por lógicas patriarcais.

“A discriminação se expressa de várias maneiras: com a linguagem de ódio, com formas difamatórias, mas até mesmo a rejeição de uma emenda pela igualdade de gênero na linguagem institucional pelo Senado é uma forma de cancelamento. Não existem apenas senadores, mas também senadoras; não existem apenas ministros, mas também ministras”, explica Fabrizia Giuliani, docente de filosofia da linguagem na Universidade La Sapienza e coordenadora do comitê técnico-científico do observatório sobre o fenômeno da violência contra a mulher e a violência doméstica. Giuliani enfatiza a linguagem usada como um meio de cancelamento: “A língua deve ser coerente com a realidade e acompanhar a nossa vida e as mudanças. Existem mulheres ministras, presidentes, e aqueles que se recusam a usar o feminino estão fazendo uma operação ideológica e forçando a linguagem”.

Uma longa lista

Durante a campanha presidencial de 2016, Donald Trump definiu repetidamente Hillary Clinton como “mulher desagradável”, um rótulo que visava deslegitimar seu profissionalismo.

Outro caso emblemático é o de Tucker Carlson, jornalista estadunidense, que usou repetidamente a linguagem discriminatória e sexista contra mulheres na política. Por exemplo, chamou Alexandria Ocasio-Cortez de “carola niilista sem filhos” e ironizou sobre sua aparência física. Carlson também descreveu Kamala Harris como “a ex-namorada de Montel Williams”, relacionando a figura política a fatos de sua vida pessoal. Carlson também argumentou que o feminismo piorou a sociedade, e minimizou a diferença salarial entre os gêneros, atribuindo-a às escolhas das mulheres, ignorando as estruturas sistêmicas que a alimentam.

O uso normalizado de uma retórica agressiva amplifica as desigualdades: as mulheres são atingidas no plano pessoal com uma estratégia mais ampla de descrédito que busca minar sua legitimidade e seu direito de ocupar cargos de poder. Da Austrália à Escócia, há vários casos em que as mulheres na política têm de lidar com apelidos depreciativos, alusões à aparência física, estereótipos de gênero e humor sexista. Um episódio recente é o que envolveu Irene Montero, eurodeputada espanhola, que foi chamada de “querida Irene” por um colega durante uma sessão na Câmara de Estrasburgo que, em vez de estabelecer um diálogo em pé de igualdade, se dirigiu a ela de maneira infantilizada. “Todos os apelidos são formas funcionais de estigmatização para enviar uma mensagem: aquele não é o seu lugar”, ressalta Giuliani. Em seguida, acrescenta: “Além disso, há modalidades mais vistosas: os insultos, as charges, falar das mulheres por sua aparência física. O mesmo não acontece com os homens. Existe um padrão duplo que não é aceitável”.

Participação

A linguagem discriminatória afeta a participação das mulheres e tem impactos especialmente sobre as mulheres jovens. “As mulheres que já estão na política e decidem abandonar essa carreira o fazem porque, em algum momento, o custo emocional e, às vezes, até financeiro - para poderem se proteger dos ataques - torna-se alto demais. O desincentivo para as mulheres jovens é ampliado pelos efeitos das mídias sociais”, afirma Di Meco.

Os dados sobre a violência psicológica e verbal sofrida pelas mulheres na política mostram que 44,4% das parlamentares entrevistadas sofreram ameaças de morte, estupro ou violência física, muitas vezes por meio das mídias sociais. A violência psicológica foi considerada a forma mais comum de abuso, com episódios que incluem difamações, intimidações e comentários sexistas de colegas e cidadãos.

Os ataques não atingem apenas as mulheres visadas, mas também enfraquecem os princípios e os valores que essas mulheres representam: igualdade de gênero, proteção dos direitos sexuais e reprodutivos, direitos LGBT.

Leia mais

  • A equidade de gênero ainda está longe de chegar a um ponto de equilíbrio
  • A ONU alerta que levará 300 anos para as mulheres alcançarem a igualdade
  • Pesquisadoras falam sobre o futuro da sociedade brasileira a partir da equidade de gênero
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  • O Dia Internacional da Mulher e o Índice de Desigualdade de Gênero. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Ausência de políticas públicas e desigualdade de gênero estão no centro do aumento dos casos de feminicídio. Entrevista especial com Fernanda Vasconcellos
  • A desigualdade de gênero em três gráficos reveladores
  • “A igualdade de gênero gera sociedades menos violentas, mais felizes”. Entrevista com Jeff Hearn
  • Desempoderamento feminino: Brasil cai no ranking global de igualdade de gênero. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Mesmo com avanços, trabalho doméstico ainda revela desigualdades de gênero. Entrevista especial com Luana Simões Pinheiro
  • Trabalho doméstico vale 10 trilhões de dólares não pagos a mulheres anualmente
  • Sem amparo do Estado, mulheres driblam a fome
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  • Impacto da crise climática é agravado por desigualdade social, étnica e de gênero
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  • Igualdade de Gênero. Livro-Agenda Latino-americana mundial 2018
  • Autonomia de mulheres é fundamental para a igualdade de gênero, diz Cepal
  • Prefeitos eleitos não assinam pacto da ONU por igualdade de gênero
  • Feminismos, reprodução social e violência estrutural. Entrevista com Verónica Gago
  • As Pensadoras: maior escola feminista do Brasil completa 3 anos
  • Congresso é conservador e avesso a pautas feministas, diz estudoFeminismos do Sul: uma política relacional em vista do bem comum. Entrevista especial com Lina Alvarez Villarreal

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