05 Novembro 2024
- ‘Dom Mimmo’, como é conhecido, junta-se à lista de cardeais que receberão o barrete no próximo dia 7 de dezembro. Nascido na Calábria, à frente da arquidiocese napolitana desde 2020, é conhecido pelo seu compromisso social com os mais vulneráveis. O número de novos cardeais volta assim a ser 21, após a renúncia do indonésio Syukur.
- Junto com Turim, com a escolha de dom Roberto Repole, uma grande diocese italiana volta a ser sede cardinalícia.
- É uma figura pastoral de destaque no sul da Itália, com um passado de "padre de rua", comprometido em particular com jovens e dependentes químicos.
- Em Nápoles, onde goza da apreciação do clero e dos fiéis locais, o novo arcebispo se apresentou em sua primeira mensagem “como um irmão que caminha entre irmãos” em uma cidade, “tesouro do Sul”.
A informação é de Salvatore Cernuzio, publicada por Religión Digital, 04-11-2024.
Continuarão sendo 21 os novos cardeais que receberão o barrete vermelho no Consistório no próximo dia 7 de dezembro. O Papa Francisco acrescentou um novo nome à lista de futuros cardeais, dom Domenico Battaglia, arcebispo de Nápoles desde dezembro de 2020.
Assim anunciou esta tarde o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni: “O Papa Francisco anuncia que incluiu entre os nomes dos novos cardeais que serão criados durante o próximo Consistório do dia 7 de dezembro a Sua Excelência Domenico Battaglia, arcebispo de Nápoles”.
A lista de novos cardeais volta a ser de 21.
Como foi anunciado no fim do Ângelus do dia 6 de outubro, o número de cardeais eleitos, que havia diminuído após a renúncia do bispo indonésio de Bogor, dom Paskalis Bruno Syukur, no dia 22 de outubro, “para crescer na vida sacerdotal”, volta assim ao número original.
Junto com Turim, com a escolha de dom Roberto Repole, uma grande diocese italiana volta a ser sede cardinalícia.
Comprometidos com os mais vulneráveis
Battaglia, ou melhor, “dom Mimmo”, como todo mundo o conhece e continua chamando, é uma figura pastoral de destaque no sul da Itália, com um passado de “padre de rua” comprometido em particular com jovens e dependentes químicos. O Papa também o quis entre os membros das duas sessões do Sínodo sobre a Sinodalidade.
Calabrês de nascimento, originário de Satriano (CZ), de 61 anos, antes de assumir a arquidiocese napolitana, foi bispo da diocese de Cerreto Sannita-Telese-Sant'Agata de' Goti, na província de Benevento. Battaglia completou seus estudos filosófico-teológicos no Pontifício Seminário Regional “São Pio X” de Catanzaro. Ordenado padre em 06-02-1988, ao longo dos anos foi pároco, reitor, diretor de escritórios diocesanos e cônego. Em 24-06-2016, foi escolhido pelo Papa Francisco para a sede episcopal de Cerreto Sannita-Telese-Sant'Agata de' Goti. Sua consagração episcopal ocorreu em 3 de setembro e sua instalação à frente da comunidade de Benevento no dia 02-10-2016, escolhendo como lema episcopal as palavras de Jesus a Bartimeu, o cego filho de Timeu, que estava sentado à beira do caminho pedindo esmola: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama! (“Confide, surge, vocat te!”).
Atenção aos últimos
A particular atenção e implicação de D. Battaglia com os vulneráveis e marginalizados: de fato, ele esteve ao lado dos dependentes químicos de 1992 a 2016, dirigindo o Centro Calabrese di Solidarietà, uma estrutura vinculada às Comunidades Terapêuticas (FICT) de Mario Picchi, das quais foi presidente nacional de 2006 a 2015. De 2000 a 2006, foi também vice-presidente da Fundação Betania de Catanzaro, uma obra diocesana de assistência e caridade.
Em Nápoles, onde goza da apreciação do clero e dos fiéis locais, o novo arcebispo se apresentou em sua primeira mensagem “como um irmão que caminha entre irmãos” em uma cidade, “tesouro do Sul”, onde se espera e se luta contra muitos problemas sociais. Ele sempre olhou para esses problemas com olhos de pastor, como continuará fazendo como cardeal.
O arcebispo de Nápoles, dom Domenico Battaglia, será criado cardeal pelo Papa Francisco no próximo dia 7 de dezembro, segundo anunciou a Santa Sé. Ele substitui o bispo da Indonésia, Paskalis Syukur, que pediu para não ser criado cardeal.
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