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Neofascismo e fundamentalismos em aliança. Artigo de Juan José Tamayo

Foto: Pixabay

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26 Junho 2024

  • "O neofascismo atual se retroalimenta do fenômeno fundamentalista, que costuma ocorrer em sistemas rígidos de crenças religiosas que se sustentam, por sua vez, em textos revelados, definições dogmáticas e magistérios infalíveis".

  • "Atualmente, o fundamentalismo transcende a esfera religiosa e se aplica a outros campos. Fala-se de fundamentalismo político, que se converte em religião do Império".

O artigo é de Juan José Tamayo, teólogo espanhol, secretário-geral da Associação de Teólogos João XXIII, ensaísta e autor de mais de 70 livros, publicado por Religión Digital, 23-06-2024.

Eis o artigo.

O neofascismo atual se retroalimenta do fenômeno fundamentalista, que costuma ocorrer em sistemas rígidos de crenças religiosas que se sustentam, por sua vez, em textos revelados, definições dogmáticas e magistérios infalíveis. O fundamentalismo não é inerente às religiões monoteístas, embora seja reconhecido que ocorre especialmente nelas devido à crença em um único Deus verdadeiro, considerado universal, que revela sua vontade a um profeta, o qual a escreve em um livro sagrado, considerado Palavra de Deus. Por ter como autor Deus, os fundamentalistas dessas religiões consideram que o livro sagrado diz a verdade em todos os campos: científico, filosófico, histórico, geográfico, sendo portanto inerrante, e quem não crê assim é considerado herege.

O termo "fundamentalista" tende a ser aplicado aos crentes das diferentes religiões, especialmente aos judeus ultraortodoxos, aos muçulmanos integristas e aos cristãos tradicionalistas. Mas também deve ser estendido às pessoas crentes de outras tradições religiosas como o budismo, o hinduísmo e em muitos dos chamados "novos movimentos religiosos".

Todos os fundamentalismos religiosos possuem características comuns: ausência de hermenêutica e leitura literal dos textos sagrados; imagem patriarcal de Deus nas religiões monoteístas; afirmação da inferioridade das mulheres e, às vezes, justificação da violência contra elas com base nos textos sagrados; consideração da masculinidade como referência do humano e dos valores morais; justificação da violência contra não-crentes, crentes de outras religiões e dissidentes da mesma religião, violência essa que é exercida em nome de Deus; condenação da modernidade e do pluralismo inerente a ela; absolutização da tradição, considerada norma de vida; imposição do pensamento único; absolutização das autoridades religiosas que agem como representantes únicos da divindade e se convertem em "masculinidades sagradas"; interpretação religiosa da realidade, geralmente pessimista e catastrofista.

Atualmente, o fundamentalismo transcende a esfera religiosa e se aplica a outros campos. Fala-se de fundamentalismo político, que se converte em religião do Império; o econômico, que se converte em religião monoteísta do Mercado, cujo único Deus é o Capital; o patriarcal, cujo modelo ético é o homem; o étnico e cultural, que reconhece a superioridade de uma etnia e cultura sobre as demais; o científico, que considera a ciência como a única disciplina que possui todo o mapa da verdade; o democrático, que reconhece apenas um único modelo de democracia, o liberal; o antropocêntrico, que coloca o ser humano no centro do universo.

Todos os fundamentalismos têm traços comuns que os tornam imediatamente reconhecíveis. Aqui estão alguns: absolutização do relativo, que leva à idolatria; universalização do local, que leva ao imperialismo; generalização do particular, que leva à pseudociência; elevação do opinável à verdade absoluta, que leva ao dogmatismo; simplificação do complexo, cujo gênero literário é o catecismo; eternização do temporal, que leva à teologia perene; redução do múltiplo ao uno, que leva à verdade única; sacralização do profano, que leva à confessionalização.

Além disso, todos os fundamentalismos levam à violência ou, pelo menos, a legitimam. O fundamentalismo religioso recorre à violência exercida em nome de Deus e provoca guerras religiosas. O fundamentalismo político do Império realiza intervenções militares contra povos e estados que se recusam a se submeter às suas ordens, dos quais se apropriam de suas riquezas. O fundamentalismo econômico exerce violência estrutural, que gera milhões de mortes humanas e destruição da natureza. O fundamentalismo cultural absolutiza a cultura hegemônica, levando ao culturicídio e à injustiça cognitiva. O fundamentalismo patriarcal recorre à violência de gênero como instrumento estrutural e sistemático e como manifestação extrema do ódio às mulheres. O fundamentalismo científico nega os conhecimentos e saberes que não se enquadram na metodologia das ciências ditas "naturais", nem no cânone da epistemologia ocidental, levando ao epistemicídio. O fundamentalismo democrático absolutiza um determinado modelo de democracia, que se reveste de certezas como o mercado, a globalização neoliberal e a competição. O fundamentalismo antropocêntrico coloca o ser humano no centro do cosmos, considerando-o senhor e proprietário da natureza, à qual nega seus direitos e dignidade, explorando-a em benefício próprio e causando-lhe sofrimento. A relação com ela é de sujeito - o ser humano - para objeto - a natureza -, contra a qual se exerce violência.

O mais preocupante do fenômeno fundamentalista é que ele está instalado no topo das diferentes instituições: políticas, econômicas, culturais, religiosas, empresariais, educativas, militares, internacionais, etc.

Hoje estamos testemunhando um avanço das organizações e partidos políticos neofascistas, aliados aos fundamentalismos, que defendem postulados ultraneoliberais, buscam destruir a democracia por dentro, negam as mudanças climáticas, condenam a teoria de gênero, à qual chamam pejorativamente de "ideologia de gênero", atacam os movimentos feministas rotulando seus membros de "feminazis", rejeitam o movimento LGBTQI+, são contra pessoas e coletivos imigrantes, opõem-se à educação afetivo-sexual nas escolas e promovem discursos de ódio que frequentemente resultam em práticas violentas. Muitos desses partidos e organizações têm uma representação parlamentar significativa e governam em vários países a nível municipal, regional e nacional.

Seu avanço foi bastante sentido nas recentes eleições europeias, onde os partidos de Marine Le Pen na França e de Giorgia Melloni na Itália foram os mais votados, e o partido nazista Alternativa para a Alemanha ficou em segundo lugar, à frente do SPD. Na Espanha, o Vox aumentou sua representação na Europa e surgiu um novo partido de extrema-direita, Se Acabó la Fiesta, que conseguiu três eurodeputados, os mesmos que o Sumar.

Esses partidos neofascistas formam uma rede perfeitamente estruturada e coordenada globalmente, e muitos deles estão organicamente conectados a grupos cristãos fundamentalistas que contam com o apoio de algumas de suas hierarquias, formando o que Nazaret Castro chama de "A Internacional neofascista" e eu chamo de "Cristoneofascismo" e "A Internacional do ódio".

É paradoxal que nestes dias de celebração do 80º aniversário do desembarque na Normandia, que marcou o início da libertação do fascismo, hoje enfrentemos o neofascismo, como Timothy Garton Ash acabou de lembrar.

Leia mais

  • O ethos neoliberal e o bacilo do fascismo. Artigo de Renake David
  • O cristo-neofascismo se alimenta do ódio, cresce e inclusive se deleita com ele. Artigo de Juan José Tamayo
  • Cristofascismo, uma teologia do poder autoritário: a união entre o bolsonarismo e o maquinário político sócio-religioso. Entrevista especial com Fábio Py
  • Cristoneofascismo, teísmo político e o Deus sacrificial de Bolsonaro
  • Bolsonaro e o cristofascismo brasileiro: relação cristianismo e política. Entrevista com Fábio Py
  • “Lobos devoradores” e o cristofascismo no Brasil
  • Avanço da ultradireita europeia preocupa imigrantes
  • O ódio em nome de Deus é o mais feroz. Artigo de Enzo Bianchi
  • Religião, violência e loucura
  • O neoliberalismo e a hegemonia dos valentões
  • O fim do neoliberalismo e o renascimento da história. Artigo de Joseph Stiglitz
  • “O neoliberalismo é um modo de totalitarismo”. A psicanalista Nora Merlin e o novo paradigma político
  • “O fundamentalismo de mercado dominou por quatro décadas e fracassou”, afirma Stiglitz

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