05 Outubro 2023
O cardeal americano Raymond L. Burke disse que quando ele e quatro outros cardeais pediram formalmente ao Papa Francisco que respondesse a questões relacionadas ao Sínodo sobre a sinodalidade, eles estavam buscando garantias sobre as “verdades perenes” ensinadas pela Igreja e não atacando a pessoa do Papa Francisco.
A reportagem é de Cindy Madeira, publicada por America, 04-10-2023.
“As cinco dubia tratam exclusivamente da doutrina e disciplina perene da Igreja, não da agenda do papa e certamente não da agenda de nós cinco cardeais”, disse o Cardeal Burke em 3 de outubro, em uma conferência em Roma sobre supostas problemas com o sínodo, que começaria na manhã seguinte.
“Não têm nada a ver com a pessoa do Santo Padre e, de fato, pela sua natureza são uma expressão da veneração devida ao ofício petrino e ao sucessor de São Pedro”, disse o cardeal. Burke, um ex-funcionário do Vaticano, falou em uma conferência um dia depois de tornar públicas as perguntas, chamadas de dubia, e o Vaticano publicou a longa resposta que o Papa Francisco havia escrito aos cardeais em julho, quando eles pela primeira vez fizeram as perguntas.
Ao escrever as perguntas ao papa, o cardeal americano foi acompanhado pelo cardeal alemão Walter Brandmüller, pelo cardeal mexicano Juan Sandoval Íñiguez, pelo cardeal guineense Robert Sarah e pelo cardeal chinês Joseph Zen. As questões diziam respeito à interpretação das Escrituras, à possibilidade de abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo, à afirmação do Papa de que a sinodalidade é uma “dimensão constitutiva da Igreja”, à ordenação de mulheres e sobre se o arrependimento é necessário para uma pessoa receber a absolvição.
Num teatro perto do Vaticano, Burke foi acompanhado pelo padre americano Gerald E. Murray, canonista e comentador frequente da EWTN, e por um professor italiano de filosofia. Ele participou de uma conferência intitulada “A Babel Sinodal”.
Riccardo Cascioli, editor do site de notícias católico italiano que promoveu o evento, disse que o título foi escolhido porque Babel, tal como o Sínodo na sua opinião, descreve uma situação de confusão. A conferência ocorreu enquanto os 364 membros titulares do Sínodo, principalmente cardeais e bispos, terminavam um retiro espiritual de três dias fora de Roma.
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