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O mundo à beira de uma catástrofe climática segundo o IPCC. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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11 Abril 2023

A ultrapassagem do limite de 1,5 graus Celsius em relação ao período pré-industrial pode levar a uma série de consequências negativas para a sociedade e o meio ambiente.

O artigo é de José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e pesquisador de meio ambiente, publicado por EcoDebate, 10-04-2023.

Eis o artigo.

“Presta atenção, querida
De cada amor, tu herdarás só o cinismo
Quando notares, estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés”

Cartola (1908-1980)

O mundo está à beira de um aquecimento global catastrófico, em função do aumento das atividades antrópicas que geram danos profundos nos ecossistemas e no clima. O ser humano tem sido egoísta e tem apresentado uma avareza sem limites pelo domínio das riquezas naturais. Com uma soberba sem igual tem desprezado as demais espécies vivas do Planeta e provocado uma degradação em larga escala na biosfera. A civilização está à beira de um abismo climático e ambiental e, como alertou Cartola (1908-1980), é uma situação autoinfringida: “Abismo que cavaste com teus pés”.

O relatório “Synthesis Report (SYR) of the IPCC Sixth Assessment Report (AR6)”, divulgado no dia 20 de março de 2023, pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou que a comunidade internacional, provavelmente, superará sua meta climática mais ambiciosa de limitar o aquecimento a 1,5 graus Celsius acima das temperaturas pré-industriais nos próximos anos e consolidar este patamar até o início da década de 2030.

Para desarmar a bomba-relógio climática é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa e interromper o aumento da concentração de CO2 na atmosfera, que é a mais alta em pelo menos 2 milhões de anos.

O aquecimento global é um problema que afeta vários aspectos da vida na Terra, incluindo a economia, a saúde, a segurança alimentar, a biodiversidade e o clima. Se as temperaturas globais ultrapassarem o limite de 1,5 graus Celsius em relação ao período pré-industrial, os principais desafios que o mundo pode enfrentar incluem:

  • Aumento do nível do mar: O aumento do nível dos oceanos pode resultar em inundações costeiras, tornando muitas áreas costeiras habitáveis hoje em dia em risco de serem inundadas. Além disso, o aumento do nível do mar também pode levar à erosão costeira, destruindo a infraestrutura urbana e os ecossistemas costeiros, afetando a produção de bens e serviços, a pesca e o turismo.
  • Aumento da intensidade e frequência de eventos climáticos extremos: Os eventos climáticos extremos, como tempestades, furacões, enchentes, secas e ondas de calor, podem se tornar mais frequentes e intensos, levando a perda de vidas, danos a propriedades e infraestruturas, além de impactos negativos na agricultura e segurança alimentar.
  • Declínio da biodiversidade: O aumento da temperatura global pode afetar a biodiversidade, reduzindo o número de polinizadores (como as abelhas) e causando a extinção de várias espécies animais e vegetais. Isso tudo, com a salinização das águas e dos solos, pode desestabilizar ecossistemas inteiros e afetar a segurança alimentar.
  • Escassez de água: A mudança climática pode afetar a disponibilidade de água doce em várias regiões do mundo. A escassez de água pode levar a conflitos e tensões, especialmente em áreas onde a água é uma fonte limitada de recursos.
  • Prejuízos econômicos: Os danos econômicos devido a eventos climáticos extremos podem ser enormes, afetando a vida de toda a população do Planeta, a agricultura, a pesca, o turismo, a infraestrutura, o mercado de trabalho e outros setores da economia.

Em resumo, a ultrapassagem do limite de 1,5 graus Celsius em relação ao período pré-industrial pode levar a uma série de consequências negativas para a sociedade e o meio ambiente. A população mundial já chegou a 8 bilhões de habitantes e deve ultrapassar 10 bilhões de habitantes até o final do século e será difícil alimentar de maneira adequada toda essa massa de pessoas, pois a mudança climática pode interromper a disponibilidade de alimentos, reduzir o acesso aos bens de subsistência e afetar a qualidade da comida. Por exemplo, aumentos projetados nas temperaturas, mudanças nos padrões de precipitação, mudanças em eventos climáticos extremos e reduções na disponibilidade de água podem resultar em produtividade agrícola reduzida e menor oferta de alimentos.

Embora a humanidade esteja vivendo o momento mais crítico de sua história, o relatório do IPCC mostra que o mundo tem todo o conhecimento, as ferramentas e os recursos financeiros necessários para atingir suas metas climáticas, embora, depois de décadas desconsiderando os alertas científicos e atrasando os esforços climáticos, a janela para ação esteja se fechando rapidamente.

Alguns veículos da imprensa buscaram dar um tom otimista ao relatório do IPCC dizendo: “Dá tempo de frear crise climática e tecnologia já existe, diz painel do clima da ONU” (FSP, 20-03). Mas outros preferiram alertar “Mundo está à beira de aquecimento catastrófico, diz relatório sobre mudança do clima da ONU” (Washington Post, 20-03).

Não podemos ter ilusões, pois se por um lado existe conhecimento e tecnologia para evitar a crise climática e ambiental, por outro lado foi a própria ciência humana que gerou o crescimento da produção de bens e serviços que está provocando uma grande sobrecarga sobre o Sistema Terrestre. Uma coisa é saber o que fazer e outra coisa é fazer o que é necessário. Controlar o clima não é simples, assim como não é simples fazer o alcoólatra parar de beber ou fazer o obeso emagrecer. Podemos até ter sucessos individuais, mas é dificílimo acabar com o alcoolismo e com a obesidade.

De fato, poucas instituições estão agindo rápido o suficiente. A conferência climática da ONU em novembro no Egito terminou sem uma resolução para reduzir gradualmente o petróleo, o gás e o carvão – um requisito básico para conter as mudanças climáticas. Todavia, a China aprovou sua maior expansão de usinas movidas a carvão desde 2015. Em meio aos lucros crescentes, as principais empresas de petróleo estão diminuindo suas iniciativas de energia limpa e aprofundando os investimentos em combustíveis fósseis. Nos Estados Unidos e no Brasil também existem planos de aumento da extração de petróleo. A transição energética para fontes renováveis avança, mas não no ritmo necessário.

Quanto mais rápido e mais profundas forem as mudanças, menores serão os danos futuros. A figura abaixo, do relatório do IPCC, mostra que o aquecimento global já é uma realidade e pode se agravar no futuro, conforme mostrado nas diferentes faixas de temperatura.

Evidentemente, são as gerações que estão nascendo atualmente que enfrentarão as maiores temperaturas no final do século. Como disse Barack Obama: “Somos a primeira geração que sente as consequências das mudanças climáticas e a última que tem a oportunidade de fazer algo para deter isso”.

Como mostrei no artigo “92% da população mundial de 2100 ainda não nasceu” (Alves, 04-10-2019), a maior parte da presente população mundial não estará viva no final do século e cerca de 90% da população de 2100 ainda não nasceu. Mas são estas pessoas que ainda não nasceram e que, naturalmente, não foram responsáveis pelo aquecimento global, é que vão arcar com as consequências da alta temperatura nas décadas vindouras. Ultrapassar o limite de 1,5º C será doloroso, mas chegar aos 2º C pode ser catastrófico para as futuras gerações.

A humanidade tem ignorado amplamente os alarmes soados pelos cientistas, pois a concentração de CO2 na atmosfera continua aumentando. Mas ninguém pode dizer que não foi avisado. Como disse Greta Thunberg na sede da ONU, em Nova York, em 23-09-2019: “Os olhos de todas as gerações futuras estão sobre vocês. E se vocês optarem pelo fracasso, eu digo que nunca iremos perdoá-los”.

Referências

ALVES, JED. 92% da população mundial de 2100 ainda não nasceu, Ecodebate, 04-10-2019.

IPCC. This Synthesis Report (SYR) of the IPCC Sixth Assessment Report (AR6), 20-03-2023.

Damian Carrington. From climate change ‘certainty’ to rapid decline: a timeline of IPCC reports, The Guardian, 20-03-2023.

Leia mais

  • ONU: mudanças climáticas. Artigo de Luigi Togliani
  • ONU: “Não basta limitar o aquecimento climático, é preciso se adaptar. Alguns danos são irreversíveis”
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