A primavera das filósofas no Brasil e a tendência das ‘tradwives’. Alguns paradoxos do feminino no século XXI. Entrevista especial com Mitieli Seixas da Silva
"Rezemos por aqueles que sofrem por causa do mal recebido pelos membros da comunidade eclesial: para que encontrem na própria Igreja uma resposta concreta à sua dor e ao seu sofrimento".
"Pedir perdão é necessário, mas não basta. Pedir perdão é bom para as vítimas, mas são elas que devem estar no centro de tudo".
O que fazer para colocar as vítimas no centro? "Suas dores, seus danos psicológicos podem começar a cicatrizar se encontrarem respostas; ações concretas para reparar os horrores que sofreram e evitar que se repitam".
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 03-02-2023.
Redondo, direto. Colocar as vítimas "no centro de tudo". O Papa Francisco enviou uma mensagem clara às vítimas da pedofilia eclesiástica, para quem quiser (e deve) ouvir: “Diante dos abusos, especialmente os cometidos por membros da Igreja, não basta pedir perdão”.
"Pedir perdão é necessário, mas não é suficiente. Pedir perdão é bom para as vítimas, mas são elas que devem estar no centro de tudo" , aponta Francisco no 'Vídeo do Papa' para neste mês de março.
Ações concretas para reparar os horrores sofridos
O que fazer para colocar as vítimas no centro? “Suas dores, seus danos psicológicos podem começar a cicatrizar se encontrarem respostas; ações concretas para reparar os horrores que sofreram e evitar que se repitam”, observa Francisco.
“A Igreja não pode tentar esconder a tragédia do abuso, seja qual for o tipo”, afirma enfaticamente, apontando que “nem quando o abuso ocorre em famílias, em clubes, em outros tipos de instituições”. Mas com uma ressalva: “A Igreja tem que ser um exemplo para ajudar a resolvê-los, trazê-los à tona na sociedade e nas famílias”.
“É a Igreja que deve oferecer espaços seguros para ouvir as vítimas, acompanhá-las psicologicamente e protegê-las”, conclui Bergoglio, que pede orações “por aqueles que sofrem por causa do mal recebido pelos membros da comunidade eclesial: Que eles encontrem na própria Igreja uma resposta concreta à sua dor e ao seu sofrimento”.
O vídeo que acompanha suas palavras, feito pela Rede Mundial de Oração do Papa, é uma história de forte conteúdo simbólico, que brinca com a comparação entre a luz e as trevas, que narra a singularidade de cada vida e o profundo sofrimento causado pela violênciasofrida.