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A “inteligência das mãos” e o papel da universidade hoje. Discurso do Papa Francisco

Papa Francisco durante seu discurso na Sala Paulo VI | Foto: Vatican Media

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04 Março 2023

Não é a escola da uniformidade: não, é o acordo e a consonância entre vozes e instrumentos diferentes.

Enquanto as mãos “apreendem”, a mente compreende, aprende e se deixa surpreender. Porém, para que isso ocorra, são necessárias mãos sensíveis. Criemos harmonia dentro de nós mesmos, tornando também as nossas mãos "eucarísticas" como as de Cristo e acompanhando o tato, em cada contato e aperto, com uma gratidão humilde, alegre e sincera. 

Publicamos aqui o discurso do Papa Francisco aos reitores, professores, estudantes e pessoal das universidades e instituições pontifícias romanas, proferido em 25-02-2023, na Sala Paulo VI, no Vaticano.

A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o discurso.

Senhor cardeal,
Ilustres reitores e professores,
Caros irmãos e irmãs, bom dia e bem-vindos!

Agradeço ao Prof. Navarro por suas palavras e a todos vocês pela sua presença. Como recorda a constituição apostólica Veritatis gaudium (cf. Proêmio, 1), vocês pertencem a um vasto e pluriforme sistema de estudos eclesiásticos, que floresceu ao longo dos séculos graças à sabedoria do Povo de Deus, espalhado por todo o mundo e estreitamente ligado à a missão de evangelização da Igreja inteira.

Vocês fazem parte de uma riqueza que cresceu sob a orientação do Espírito Santo na busca, no diálogo, no discernimento dos sinais dos tempos e na escuta de muitas e diversas expressões culturais. Nela, vocês se destacam pela sua especial proximidade – também geográfica – ao sucessor de Pedro e a seu ministério de anúncio alegre da verdade de Cristo.

Vocês são mulheres e homens dedicados ao estudo, alguns por alguns anos, outros por toda a vida, com várias proveniências e competências. Por isso, quero lhes dizer, antes de tudo, com as palavras do santo bispo e mártir Inácio de Antioquia: comprometam-se a “fazer coro” [1]. Façam coro! De fato, a universidade é a escola do acordo e da consonância entre vozes e instrumentos diferentes. Não é a escola da uniformidade: não, é o acordo e a consonância entre vozes e instrumentos diferentes.

São John Henry Newman a descreve como o lugar onde diversos saberes e perspectivas se expressam em sintonia, se completam, se corrigem, se equilibram um ao outro [2].

Essa harmonia pede para ser cultivada, acima de tudo, em vocês mesmos, entre as três inteligências que vibram na alma humana: a da mente, a do coração e a das mãos, cada uma com seu timbre e caráter, e todas necessárias. Que a linguagem da mente esteja unida à do coração e à das mãos: aquilo que se pensa, aquilo que se sente, aquilo que se faz.

Em particular, gostaria de me deter um momento com vocês sobre a última das três: a inteligência das mãos. É a mais sensorial, mas nem por isso a menos importante. De fato, pode-se dizer que ela é como a centelha do pensamento e do conhecimento e, em certo sentido, também o seu resultado mais maduro.

Na primeira vez que saí à Praça [São Pedro], como papa, aproximei-me de um grupo de rapazes cegos. E um me disse: “Posso lhe ver? Posso olhar para o senhor?”. Eu não entendi. “Sim”, eu lhe disse. E, com as mãos, ele procurava... Ele me viu tocando-me com as mãos. Isso me impressionou muito e me fez entender a inteligência das mãos.

Aristóteles, por exemplo, dizia que as mãos são “como a alma”, pelo poder que têm, graças à sua sensibilidade, de distinguir e de explorar [3]. E Kant não hesitava em defini-las como “o cérebro externo do ser humano” [4].

A língua italiana, como outras línguas neolatinas, sublinha o mesmo conceito, fazendo do verbo “prendere” [pegar], que indica uma ação tipicamente manual, a raiz de palavras como “compreender”, "aprender”, “surpreender”, que, por sua vez, indicam atos do pensamento.

Enquanto as mãos “apreendem”, a mente compreende, aprende e se deixa surpreender. Porém, para que isso ocorra, são necessárias mãos sensíveis.

A mente não poderá compreender nada se as mãos estiverem fechadas pela avareza, ou se forem “mãos furadas”, que desperdiçam tempo, saúde e talentos, ou ainda se recusarem a dar a paz, cumprimentar e apertar as mãos. Não poderá aprender nada se as mãos tiverem dedos apontados sem piedade contra os irmãos e as irmãs que erram. E não poderá se surpreender com nada se as mesmas mãos não souberem se unir e elevar-se ao Céu em oração.

Olhemos para as mãos de Cristo. Com elas, Ele toma o pão e, tendo recitado a bênção, parte-o e o dá aos discípulos, dizendo: “Isto é o meu corpo”. Em seguida, toma o cálice e, depois de dar graças, oferece-o a eles dizendo: “Isto é o meu sangue” (cf. Mc 14,23-24).

O que vemos? Vemos mãos que, enquanto apreendem, dão graças. As mãos de Jesus tocam o pão e o vinho, o corpo e o sangue, a própria vida, e dão graças, apreendem e agradecem, porque sentem que tudo é dom do Pai.

Não é por acaso que os Evangelistas, para indicar a ação delas, usam o verbo “lambano”, que indica ao mesmo tempo “tomar” e “receber”. Portanto, criemos harmonia dentro de nós mesmos, tornando também as nossas mãos "eucarísticas" como as de Cristo e acompanhando o tato, em cada contato e aperto, com uma gratidão humilde, alegre e sincera.

Na conservação da harmonia interior, convido-os, além disso, a “fazer coro” também entre os diversos componentes das suas comunidades e entre as várias instituições que vocês representam. Ao longo dos séculos, a generosidade e a clarividência de muitas ordens religiosas, inspiradas por seus carismas, enriqueceram Roma com um número notável de faculdades e universidades. Hoje, porém, mesmo diante do menor número de alunos e de professores, essa multiplicidade de polos de estudo corre o risco de desperdiçar energias preciosas.

Assim, em vez de favorecer a transmissão da alegria evangélica do estudo, do ensino e da pesquisa, às vezes ameaça retardá-la e fatigá-la. Temos que reconhecer isso. Especialmente depois da pandemia da Covid-19, urge iniciar um processo que leve a uma sinergia efetiva, estável e orgânica entre as instituições acadêmicas, para honrar melhor os objetivos específicos de cada uma e para favorecer a missão universal da Igreja [5]. E não ficar brigando entre nós para pegar um aluno, uma hora a mais.

Portanto, convido-os a não se contentarem com soluções de curto prazo e a não pensarem nesse processo de crescimento apenas como uma ação “de defesa”, voltada a enfrentar a queda dos recursos econômicos e humanos. Pelo contrário, deve ser visto como um impulso para o futuro, como um convite para acolher os desafios de uma nova época da história.

A herança de vocês é riquíssima e pode promover uma vida nova, mas também pode inibi-la, se se tornar autorreferencial demais, se se tornar uma peça de museu. Se quiserem que tenha um futuro fecundo, sua conservação não pode se limitar à manutenção do que foi recebido: em vez disso, deve se abrir a desenvolvimentos corajosos e, se necessário, até inéditos. Ela é como uma semente que, se não for espalhada na terra da realidade concreta, permanece sozinha e não dá fruto (cf. Jo 12,24).

Encorajo-os, portanto, a iniciarem o mais rápido possível um confiante processo nessa direção, com inteligência, prudência e audácia, tendo sempre presente que a realidade é mais importante do que a ideia (cf. exortação apostólica Evangelii gaudium, n. 222-225). O Dicastério para a Cultura e a Educação, com o meu mandato, os acompanhará nesse caminho.

Caros irmãos e irmãs, a esperança é uma realidade coral! Olhem, às minhas costas, para a escultura do Cristo Ressuscitado, obra do artista Pericle Fazzini, desejada por São Paulo VI para que dominasse este palco e esta sala. Observem as mãos de Cristo: são como as de um maestro de coro. A mão direita está aberta: dirige todo o conjunto dos coristas e, tendendo para o alto, parece pedir um crescendo na execução. A esquerda, por sua vez, embora voltada para todo o coro, tem o dedo indicador apontado, como que para convocar um solista, dizendo: “É a sua vez!”.

As mãos do Cristo envolvem ao mesmo tempo o coro e o solista, para que, no concerto, o papel de um coincida com o do outro, em uma complementaridade construtiva.

Por favor: nunca solistas sem coro. “É a vez de todos vocês!” e ao mesmo tempo: “É a sua vez!”. É isso que dizem as mãos do Ressuscitado: a todos vocês e a você!

Enquanto contemplamos seus gestos, renovemos, então, o nosso empenho em “fazer coro”, na sintonia e no acordo das vozes, dóceis à ação viva do Espírito. É o que peço na oração por cada um de vocês e por todos. Abençoo-os de coração e lhes peço: não se esqueçam de rezar por mim.

Notas:

1. Cf. Carta aos Efésios, 2-5.

2. Cf. “L’idea di università”, Roma, 2005, p. 101.

3. Cf. “L’Anima”, III, 8.

4. “Antropologia Pragmatica”, Roma-Bari, 2009, p. 38.

5. Cf. discurso aos participantes na Assembleia Plenária da Congregação para a Educação Católica, 9 de fevereiro de 2017.

Leia mais

  • A Igreja e os novos desafios sociais, econômicos e ambientais. Entrevista com Stefano Zamagni
  • A identidade e a missão de uma universidade católica na atualidade. Artigo de Stefano Zamagni. Cadernos IHU ideias, Nº. 185
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  • A colaboração de Jesuítas, leigos e leigas nas Universidades confiadas à Companhia de Jesus: o diálogo entre humanismo evangélico e humanismo tecnocientífico. Artigo de Adolfo Nicolás. Cadernos IHU ideias, Nº. 196
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