25 Mai 2022
Figura de destaque da Comunidade de Santo Egídio, autêntico padre de rua, homem de mediação e paz, o alto prelado é uma personalidade com sensibilidade pastoral afim àquela de Francisco.
A reportagem é de Francesco Antonio Grana, publicada por Il Fatto Quotidiano, 24 de maio de 2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
O Cardeal Arcebispo de Bolonha, Matteo Maria Zuppi, é o novo presidente da Conferência episcopal italiana. Como previsto na véspera da assembleia geral da CEI, o cardeal foi eleito como primeiro da lista tríplice da qual o Papa Francisco escolheu o sucessor do cardeal Gualtiero Bassetti, que deixou o cargo no final de seu mandato de cinco anos. Na prova dos votos, a candidatura do cardeal Zuppi imediatamente se mostrou muito forte. Foram 61 preferências para ele, enquanto Monsenhor Erio Castellucci, arcebispo abade de Modena-Nonantola e bispo de Carpi, ficou em segundo lugar com 45 votos. O terceiro, com 36 preferências, foi o cardeal Paolo Lojudice, arcebispo de Siena-Colle di Val d'Elsa-Montalcino.
Castellucci imediatamente se retirou também porque, às vésperas das votações, abrindo a assembleia geral da CEI, o Papa havia rejeitado sua candidatura à presidência: "Sei que ele é um bom bispo e que é candidato de Bassetti, mas eu prefiro um cardeal”. Na segunda votação, Zuppi obteve 108 votos, quando a maioria exigida era de 107, resultando o primeiro eleito da lista. Lojudice teve 41 preferências e Monsenhor Antonino Raspanti, bispo de Acireale, 21 votos. Para a definição do segundo lugar da lista, foi necessária a votação entre Lojudice e Raspanti com a vitória do cardeal. O bispo de Acireale foi eleito em terceiro lugar.
O Cardeal Zuppi, figura de destaque da Comunidade de Santo Egídio fundada por Andrea Riccardi, é um autêntico padre de rua, sempre próximo dos pobres, um homem de mediação e paz, de personalidade muito incisiva e com sensibilidades pastorais afins àquelas de Bergoglio. Nasceu em Roma em 11 de outubro de 1955. Entrou no seminário de Palestrina e fez os cursos de preparação para o sacerdócio na Universidade Lateranense, onde obteve o grau de bacharel em teologia. Ele também se formou em literatura e filosofia pela Universidade de Roma com uma tese sobre a história do cristianismo. Foi ordenado presbítero para a diocese de Palestrina em 9 de maio de 1981 e indicado como cardeal em Roma em 15 de novembro de 1988 pelo então cardeal vigário Ugo Poletti. Em 2006 foi agraciado com o título de capelão de Sua Santidade.
Ocupou vários cargos pastorais: reitor da Igreja de Santa Croce alla Lungara de 1983 a 2012; membro do conselho presbiteral de 1995 a 2012; pároco assistente de Santa Maria em Trastevere de 1981 a 2000; de 2000 a 2010 tornou-se pároco; de 2005 a 2010 prefeito da III Prefeitura de Roma; de 2000 a 2012 assistente eclesiástico geral da Comunidade de Santo Egídio; de 2010 a 2012 pároco dos SS. Simone e Giuda Taddeo em Torre Angela e de 2011 a 2012 prefeito da XVII Prefeitura de Roma. Em 31 de janeiro de 2012 foi nomeado bispo auxiliar de Roma por Bento XVI e recebeu a ordenação episcopal em 14 de abril seguinte pelo então cardeal vigário Agostino Vallini. Em 27 de outubro de 2015, Francisco o nomeou arcebispo de Bolonha, onde substituiu o cardeal Carlo Caffarra, e no consistório de 5 de outubro de 2019 o nomeou cardeal.
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