Sinodalidade, fraternidade, solidão dos padres: repercussões da assembleia dos bispos da Itália

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29 Novembro 2021

 

“Nós, padres, também temos muitos problemas: a nossa solidão é inimaginável.” Foi assim que o cardeal Gualtiero Bassetti, arcebispo de Perugia-Città della Pieve e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), descreveu a condição dos sacerdotes. “Quem está na cúpula de uma instituição experimenta a solidão, e a do bispo também é pesada às vezes”, analisa o cardeal, que, por outro lado, elogiou o “clima convivial” vivido nos últimos dias pelos bispos italianos: “Ver mais de 200 bispos ficarem juntos por quatro dias, compartilhando tudo, a comida e os assuntos, foi uma experiência de particular crescimento dentro da colegialidade episcopal”.

 

A reportagem é do Servizio Informazione Religiosa (SIR), 25-11-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Dom Erio Castellucci, vice-presidente da CEI, concordou, falando de uma “experiência de sinodalidade no cotidiano, mas também de sinodalidade na reflexão”. “A sinodalidade é um tema que pode parecer distante e pouco interessante”, argumentou o prelado: “Na realidade, focamos o nosso olhar não tanto sobre nós, mas sobre a sociedade. Quando fazemos uma experiência de debate e de diálogo, acontece aquilo que aconteceu durante o Concílio Vaticano II: quanto mais refletimos sobre a Igreja, mais nos abrimos ao mundo, porque a Igreja é para o mundo, não para si mesma, e nós queremos dar a nossa contribuição ao mundo de hoje”.

 

Resumindo a assembleia que recém-terminou, Dom Giuseppe Baturi, vice-presidente da CEI, focou-se na palavra “participação”: “Os bispos – disse – expressaram com atos e com palavras o desejo de uma participação mais envolvente nas decisões tomadas como bispos, fruto do discernimento comunitário e da escuta recíproca. Acredito que a estrutura institucional também pode responder a esse desejo. Em um cenário como o italiano, em que a participação cai drasticamente, o desejo de participação dos bispos pode ser um elemento profético de unidade e de envolvimento pelo bem de todos e pelo interesse de cada um”.

 

Dom Antonino Raspanti, vice-presidente da CEI, citou o próximo encontro dos bispos do Mediterrâneo, que a CEI está organizando em Florença para fevereiro: “Por inspiração do presidente – afirmou Raspanti – haverá, embora em uma convocação paralela, 100 prefeitos convocados pelo prefeito de Florença, Dario Nardella. Será uma oportunidade para interpelar a cidade e as diversas comunidades religiosas sobre os direitos e sobre os deveres, sobre a possível contribuição que a comunidade católica pode dar a toda a cidade”.

 

O objetivo, explicou o vice-presidente da CEI, no rastro dos “Diálogos sobre o Mediterrâneo” organizados por Giorgio La Pira, é o de “encarnar a fraternidade possível, como nos pede o Papa Francisco: uma fraternidade que se constrói melhor em uma cidade do que em uma entidade maior como a do Estado”.

 

Sinodalidade rima com fraternidade”, concluiu o secretário-geral da CEI, Dom Stefano Russo. “O tempo dedicado à escuta é muito importante”, e continuou: “Essa foi uma assembleia extraordinária não só pela sua localização temporal, mas também porque está ligada ao caminho sinodal e aos tempos extraordinários que estamos vivendo, com a continuação da pandemia.”

 

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