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O Pontifício Instituto Oriental de Roma e a guerra na Ucrânia

Foto: Pixabay

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04 Março 2022

 

"Nem por motivos políticos nem religiosos a Ucrânia se submeteria à dominação russa. Seu povo e suas Igrejas sobreviveram a 70 anos de sangrento domínio soviético e Igrejas clandestinas muito ativas. Eles farão isso novamente, se necessário. As tentativas de invasão de Vladimir Putin são muito mais fracas do que a versão soviética. Tem um círculo cada vez restrito de ex-soviéticos que querem restaurar um império. Como demonstraram as manifestações populares na Rússia, não há apoio popular para esse tipo de aventureirismo", escreve David Nazar, padre jesuíta e reitor do Pontifício Instituto Oriental, em artigo publicado por Settimana News, 02-03-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

O período de gestação do Pontifício Instituto Oriental começou com o Papa Leão XIII no final do século XIX. Enquanto as discussões continuavam dentro do Vaticano sobre a abertura de uma escola de pesquisa e ensino superior para as Igrejas Orientais, foi o drama da revolução soviética de 1917 que fez nascer o instituto.

Desde seu início, o Oriental deveria servir a todas as Igrejas orientais, católicas e ortodoxas, mas o Vaticano se preocupava com a Rússia. Sob os recentes czares, os bens da Igreja Católica haviam sido confiscados e a Igreja banida. Naquela época, as consequências a longo prazo da revolução não eram claras. No entanto, Lenin havia indicado que, em contradição com os czares, receberia a Igreja Católica de volta e devolveria suas propriedades.

Pouco depois, Lenin mudou de ideia em ambos os pontos, mas o Vaticano continuou a esperar uma mudança de rumo, a ponto de criar uma residência, o Russicum, para os estudantes russos e para aqueles que eventualmente desejassem servir na Rússia. O Russicum foi criado como residência estudantil para o Instituto Oriental, adjacente a ele para que os alunos pudessem assistir facilmente às aulas. Apesar dessa ação do Vaticano, incluindo bolsas de estudo integrais, poucos russos vieram morar e estudar em Roma. Todos os anos, até hoje, há vários estudantes russos que frequentam o Oriental.

As Igrejas ucranianas, por outro lado, aproveitaram mais o Oriental. Desde a queda da União Soviética, os ucranianos a cada ano formam um dos maiores grupos estudantis. Hoje, calcula-se que deveria haver cerca de uma centena de ex-alunos do Oriental na Ucrânia, incluindo cerca de 17 juristas canônicos e vários bispos. Mantemos relações muito estreitas com a Igreja Católica Bizantina ucraniana e seu arcebispo maior Sviatoslav Shevchuk.

Com muitos estudantes e professores vindos de antigos países soviéticos e também do Oriente Médio, a sensibilidade aos conflitos políticos e à guerra é muito alta. Assim, a comunidade do Oriental está intensamente preocupada com a invasão da Ucrânia. Para nossos alunos do Oriente Médio é a compaixão sentida do “déjà vu”, enquanto para os da Europa oriental há o medo de “seremos nós os próximos?". Como comunidade acadêmica, levamos a sério o convite do Papa Francisco para fazer da Quarta-feira de Cinzas um dia de jejum. Por sua vez, os alunos estão organizando um serviço de oração para a comunidade acadêmica no mesmo dia. Não há conflito evidente entre os nossos estudantes russos e ucranianos.

Embora apelos fantasiosos à história possam ser feitos, como Vladimir Putin faz, nunca houve um período de serena aceitação do controle russo sobre partes da Ucrânia, muito menos da dominação soviética. Tanto para a Rússia pré-revolucionária quanto para a União Soviética, a Ucrânia era desproporcionalmente importante como um recurso importante para a agricultura e a mineração. A sua extensa costa do Mar Negro tem benefícios importantes para o comércio, turismo, defesa e acesso ao Mar Mediterrâneo e aos seus mercados. A Ucrânia representava 25% da riqueza da União Soviética, incluindo grande parte de sua produção de metais e manufatura. A nostalgia de Vladimir Putin pela União Soviética é parcialmente baseada nas oportunidades de riqueza e conexões globais que a Ucrânia oferece.

Na Ortodoxia, as Igrejas devem ser igrejas nacionais, teológica e administrativamente. Ou seja, em um Estado com uma autoridade constituída, uma língua e uma cultura, uma Igreja autônoma deve existir. O estado russo, no entanto, usou a Igreja como arma. No final de 1700, Catarina, a Grande, conquistou as terras do leste da Ucrânia e da Crimeia, suprimiu todas as outras Igrejas, confiscou as igrejas e suas propriedades e instalou a Igreja Ortodoxa russa como a única Igreja reconhecida.

Enquanto isso, a Ucrânia Ocidental caiu sob o domínio austríaco, o que permitiu que todas as igrejas florescessem. Lá, a Igreja Católica bizantina continuou a crescer, assim como a Igreja de Rito Latino. Durante o período soviético, todas as Igrejas sofreram repressão ou dissolução, embora a Igreja Ortodoxa russa fosse legalmente autorizada a continuar a existir mesmo que de forma reduzida e limitada. As Igrejas ucranianas passaram à clandestinidade e permaneceram surpreendentemente vivas e eficazes. Com a queda da União Soviética, todas essas Igrejas saíram da clandestinidade e recuperaram suas propriedades confiscadas. Isso criou um conflito tanto para Vladimir Putin quanto para a Igreja Ortodoxa russa.

A Igreja Ortodoxa Russa na Ucrânia ainda é grande, mas permanece associada à autoridade do governo russo. As Igrejas ucranianas ressurgidas reivindicam o direito à autonomia garantido pela tradição ortodoxa. E aqui reside um conflito explorado pelas autoridades estatais e eclesiásticas russas. Quase metade dos membros da Igreja Ortodoxa russa está na Ucrânia, chamada Igreja Ortodoxa ucraniana do Patriarcado de Moscou. De todos os pontos de vista, é a metade ativa, pois os ucranianos frequentam a igreja em grande número, enquanto poucos frequentam a igreja na Rússia.

A Igreja Ortodoxa ucraniana do Patriarcado de Kiev é maior em número e representa claramente a cultura e a língua ucraniana. Com cada conflito russo, como a anexação da Crimeia e a invasão da área de Donbass, as paróquias deixam a comunhão ortodoxa russa para se juntar à comunhão ortodoxa ucraniana. Uma vez que a Igreja Ortodoxa russa, como Vladimir Putin, tem pretensões absolutas sobre toda a Ucrânia, há pouco espaço para uma conversa frutífera entre esta Igreja e todas as outras Igrejas na Ucrânia. Ela reivindica uma autoridade que nunca teve.

De fato, ouvimos Putin argumentar que a Ucrânia está tentando destruir a Igreja russa em seu território como mais um argumento para a invasão atual. A verdade é que com o aventureirismo político de Putin, a Igreja Ortodoxa russa perdeu paróquias. Isso aconteceu com a interferência da Rússia durante o Maidan de 2014, a anexação da Crimeia e a incursão no Donbass. As paróquias ortodoxas russas deixaram a comunhão russa pela comunhão ortodoxa ucraniana.

Com a atual invasão, pela primeira vez, os líderes da Igreja Ortodoxa russa na Ucrânia se viram em forte e público desacordo com o patriarca de Moscou e condenaram a injusta invasão russa de uma Ucrânia soberana e de seu povo inocente. Este é um momento extremamente difícil para a Igreja russa causado, ironicamente, por seu presidente. Putin causou mais uma ruptura onde estava tentando impor uma unidade.

A Ucrânia tem uma cultura muito religiosa e as igrejas têm grande fascínio e autoridade entre as pessoas. A voz das Igrejas esteve em primeiro plano durante a Revolução Laranja de 2004 e o Maidan de 2014. É uma voz impressionante pela dignidade, integridade e justiça sem violência. É uma voz de defesa, não de agressão e retaliação. Isso corresponde a algo profundo no caráter ucraniano. Deve-se notar que não há um conflito entre o povo russo e o ucraniano. O conflito está no vértice da hierarquia política e com os oligarcas.

Nem por motivos políticos nem religiosos a Ucrânia se submeteria à dominação russa. Seu povo e suas Igrejas sobreviveram a 70 anos de sangrento domínio soviético e Igrejas clandestinas muito ativas. Eles farão isso novamente, se necessário. As tentativas de invasão de Vladimir Putin são muito mais fracas do que a versão soviética. Tem um círculo cada vez restrito de ex-soviéticos que querem restaurar um império. Como demonstraram as manifestações populares na Rússia, não há apoio popular para esse tipo de aventureirismo.

Há um ditado soviético que diz: "Se eu não posso ter, vou garantir que vocês também não possam ter". Assim, a longo prazo, mesmo não tendo condições de morder os ucranianos, Putin pode causar muitos danos ao país e ao seu povo, bem como a seus vizinhos. Os países do antigo Pacto de Varsóvia estão observando com grande preocupação o que está acontecendo, porque acreditam firmemente que Putin está se voltando contra eles como próximo objetivo. O Ocidente poderia rir desta atitude, mas é profundamente sentida nos países vizinhos e com boas razões baseadas na memória vivida.

Ironicamente, muitos ucranianos sentem que seu conflito com a Rússia poderia ser o ponto de virada para a própria Rússia, a ocasião para sua conversão. Esse era um pensamento comum durante o Maidan de 2014, quando o presidente ucraniano recebia instruções de Putin, como foi mais tarde admitido. Putin também enviou atiradores de elite ao Maidan, vestidos com uniformes sem identificação, como também fez na Crimeia.

A esperança era que, se os ucranianos pudessem enfrentar a violência com a não-violência, eles não apenas venceriam a batalha, mas derrotariam essa destrutiva ideologia de estilo soviético de uma vez por todas. E o povo russo teria experimentado novas liberdades. O povo russo não é livre para ler o que quiser. A mídia nacional é fortemente controlada. Fora de Moscou há grande pobreza. As eleições são publicamente manipuladas e os interesses corruptos controlam a tomada de decisão nacional. Se a expressão atual do autoritarismo russo puder ser quebrada ou demonstrada como ilegítima, o povo teria a possibilidade de criar seu próprio país pela primeira vez na história da Rússia. Esta é uma visão ucraniana que dá maior dignidade ao seu sofrimento. É correto considerar a guerra não como uma batalha entre dois países, mas entre duas visões de mundo, das quais apenas a Rússia conserva uma.

A solidariedade que o resto do mundo está mostrando atualmente é um fenômeno novo que raramente vimos - talvez lembra um pouco o boicote à África do Sul no século passado. O apoio moral e material da Ucrânia é fundamental, não apenas para a Ucrânia. Como dizia Solzhenitsin da União Soviética; há necessidade de uma constante pressão moral apoiada por medidas concretas, não pela guerra, para derrubá-la.

A Ucrânia precisa de alimentos e suprimentos materiais para continuar, e certamente de suporte militar para continuar sua batalha contra um agressor maior. Penso que seria um erro outros países entrarem em guerra sem serem atacados primeiro. O apoio internacional à Ucrânia é obviamente fundamental e poderia ter o mesmo efeito sobre a Rússia que teve a guerra no Afeganistão.

 

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