Fluxo migratório mundial cresce com a incidência da pandemia

Mulheres se despedindo na fronteira da Colômbia com a Venezuela. Foto: Voz de America

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05 Julho 2021

 

Migrantes constituem um grupo que soma quase 5% da mão-de-obra global – 169 milhões de pessoas, 99 milhões são homens, 70 milhões são mulheres - indica relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre as condições laborais em 2019. Daquele total, 6,8 milhões são jovens.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

O relatório mostra que 86,% de trabalhadores/as migrantes está em idade ativa, com idades entre 25 e 64 anos. Desse exército de mão-de-obra, 62,2% trabalham no setor de serviços, 26,7% na indústria e 7,1% na agricultura.

A crise da covid-19 piorou o quadro, de modo especial para mulheres, mais ativas em empregos mal remunerados, pouco qualificados, ressentidas de acesso à proteção social. Via de regra, trabalhadores/as migrantes não têm emprego fixo, operam na economia informal, desprovidos/as de qualquer proteção e agravamento das condições de trabalho.

A América Central é, depois do Mediterrâneo Central, a região mais violenta em número de mortes de migrantes, aponta outro estudo, sobre “Abusados e Negligenciados – Uma Perspectiva de Gênero no Agudizado Contrabando de Migrantes”, divulgado no dia 28 de junho pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crimes (UNODC).

Migrantes que usam redes de contrabando para fugir de seus países de origem, salienta o estudo, sofrem geralmente violência, tortura, estupro e sequestro durante o trânsito ou cativeiro. Migrantes do sexo masculino passam por trabalhos forçados e violência física, enquanto as mulheres estão mais expostas à violência sexual.

Pessoas em desespero pagam para deixar o país natal. Elas podem estar fugindo de desastres naturais, conflitos, perseguições, ou procurando oportunidades de emprego, educação e reencontro familiar. Em novembro de 2020, por exemplo, a América Central sofreu a ação de dois furacões – Eta e Iota – em menos de duas semanas, atingindo 5 milhões de pessoas.

A pandemia fez com que, em muitas situações, oficiais de guarda de fronteira, integrantes de forças policiais, passassem a exigir subornos mais elevados de contrabandistas e migrantes para evitar sua detenção ou interrogatórios. Migrantes relutam em denunciar abusos por temer que sejam tratados como criminosos por causa da sua situação irregular.

 

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