Católicos alemães observam o nervosismo em Roma sobre o debate das reformas na Alemanha

Foto: Wikimedia Commons/Steffen Prößdorf

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

04 Setembro 2020

De acordo com Thomas Sternberg, presidente do Comitê Católico Alemão para Leigos (ZdK), o Vaticano está observando com muito cuidado os debates sobre as reformas da Igreja na Alemanha. Atualmente, Roma está olhando para a Igreja alemã local com certo nervosismo. Desde o sínodo de Würzburg (1971-1975), sabe-se que a Alemanha "costuma escolher caminhos não convencionais e iniciar reformas sem esperar por Roma", disse Sternberg. “E o Vaticano não gosta disso”.

A informação é da KNA – Katholische Nachrichten Agentur, publicada por Dom Radio, 02-09-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Conferências regionais do Percurso sinodal

O presidente do ZdK falou antes da próxima etapa do Percurso sinodal. Essa iniciativa lançada pelos bispos alemães e pelo Comitê de Leigos Católicos durará, segundo o planejado, até fevereiro de 2022, com o objetivo de recuperar a confiança perdida por causa do escândalo dos abusos e sondar as possibilidades de reformas na vida eclesial.

As Conferências Regionais acontecerão na sexta-feira em cinco locais diferentes. Sternberg acredita que, infelizmente, ainda possam vir de Roma mais interferências no Percurso Sinodal.

A instrução sobre as reformas das paróquias

Como exemplo, citou a Instrução sobre as Reformas das Paróquias apresentada no final de julho, que coloca claras limitações nas mudanças nesse âmbito. O documento da Congregação para o Clero se dirigiu formalmente a toda a Igreja universal, mas não levou em consideração as condições da Igreja local, no caso a da Alemanha, é a crítica de Sternberg.

“A leitura da Instrução foi amarga de engolir. Então disse a mim mesmo: em algumas partes está tão longe da realidade e tão absurda, que nem quero ficar com raiva por isso. Creio que muitos leigos empenhados no Percurso Sinodal pensam da mesma forma”.

Leia mais