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09 Mai 2020

“Não acredito nos analistas que dizem que a pandemia nos coloca às portas do comunismo, ou que agora a humanidade tem a possibilidade de mudar o rumo. Não vejo o menor sintoma de que algo assim esteja a caminho, ao contrário, observamos como os poderosos intensificam seus planos genocidas: desde a massificação do teletrabalho e o controle digital até grandes obras como o Trem Maia [México], entre muitas outras”, escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 08-05-2020. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Um amigo mexicano, já há mais de uma década, perguntou-me: ‘Que situação poderia ser criada, em Cidade do México, se houvesse um colapso hídrico?’ Nunca tinha imaginado tal possibilidade, razão pela qual fiquei sem palavras. Sem dúvida, em poucos dias, a situação se tornaria caótica, haveria violência pela água e muita gente tentaria abandonar a megacidade, convertida em uma armadilha da qual não seria fácil escapar.

Há um mês está ocorrendo um fato incomum em Lima, e em menor escala em várias cidades da província no Peru. Milhares de pessoas abandonam a capital, cuja área metropolitana supera os 10 milhões de habitantes (9,5 milhões, segundo dados oficiais de 2017). Mas o problema de Lima não é apenas a enorme concentração de população. Há pelo menos dois temas adicionais.

O primeiro é que cresceu de forma exponencial, como boa parte das urbes da América Latina. Em 1957, Lima tinha 1,2 milhão de habitantes. Em 1981, eram quase 6 milhões. Em 2014, chegavam a 8,5 milhões, sendo 60% migrantes andinos que tinham construído três enormes cones (norte, leste e sul), incluindo os serviços, as moradias e boa parte dos espaços coletivos.

O segundo é a enorme vulnerabilidade dos setores populares. Cerca de 70% trabalham no que o Estado chama de informalidade: comércio ambulante em mercados e nas ruas, elaboração e venda de alimentos, manufaturas dos mais diversos tipos, de roupas a vídeos, além de várias atividades ilegais. Por último, Lima vive sobre um deserto que não tem água, árido e despovoado, gelado e quente, conforme as temporadas.

A avalanche de migrantes foi descrita pelo antropólogo José Matos Mar como ‘transbordamento popular’, nos anos 1980. Agora, como se deveria nomear a migração inversa, o abandono massivo da gigantesca e opressiva cidade?

Os dados são muito expressivos. Diante da saída até mesmo a pé de famílias inteiras, que em longa caminhada dormem onde podem, correndo enormes riscos (já houve afogados cruzando rios e assassinados para ser roubados), o Estado abriu um registro para transferi-los. No dia 25 de abril, havia 167.000 pessoas que queriam retornar para seus povoados ou cidades. Menos de 5.000 foram transportados pelo Estado.

Evidentemente, são muitíssimos mais os que já saíram e os que desejam sair. Fogem da fome, da solidão, da falta de solidariedade. Famílias inteiras, com seus filhos e filhas, buscam chegar a seus povoados onde são aguardados por parentes que cultivam suas chácaras e podem abraçá-las com alimentos.

O historiador Fernand Braudel dizia que o momento do naufrágio é o mais significativo, porque torna visíveis os pontos de ruptura, as falhas na construção e os desenhos defeituosos. Em nossas sociedades, esses defeitos estruturais são o individualismo, o consumismo e todas as atitudes que entre os setores populares são funcionais ao capitalismo.

Pouco serve jogar as culpas de nossos males no sistema (capital ou Estado) se, ao mesmo tempo, não propomos e transitamos caminhos para superá-los. Não tenho a menor dúvida que o sistema capitalista, o mesmo que funciona nos Estados Unidos, Europa e China, tem uma enorme responsabilidade na pandemia e, de modo muito particular, na enorme mortalidade que provoca entre os mais pobres.

Dados revelados pelo jornal O Globo sobre o Rio de Janeiro, no último dia primeiro de maio, não deixam dúvidas. Enquanto no Leblon a taxa de letalidade dos infectados é de 2,4%, no complexo de favelas Maré chega a 30,8%. Informação que nos diz que a letalidade entre os pobres é 13 vezes maior que entre os ricos.

Não acredito nos analistas que dizem que a pandemia nos coloca às portas do comunismo, ou que agora a humanidade tem a possibilidade de mudar o rumo. Não vejo o menor sintoma de que algo assim esteja a caminho, ao contrário, observamos como os poderosos intensificam seus planos genocidas: desde a massificação do teletrabalho e o controle digital até grandes obras como o Trem Maia [México], entre muitas outras.

A frase de Marx alterada, que intitula este artigo (mencionou a estupidez da vida rural, no Manifesto do Partido Comunista), não deveria ser levada ao pé da letra, mas ser valorizada como um legado do tempo que lhe coube viver. Marx considerava a burguesia como revolucionária e confiava plenamente no desenvolvimento das forças produtivas e nos avanços tecnocientíficos como garantia do progresso da humanidade.

Não somos obrigados a insistir nesse modo de raciocinar. Um século e meio atrás não existiam nem o feminismo, nem o anticolonialismo, que se desenvolvem plenamente no século XX e que deveriam ter mudado nossa forma de ver o mundo com a emergência de sujeitos coletivos como os povos originários e as mulheres dos setores populares.

Nossa fidelidade deveria ser aos povos, que estão à frente de qualquer teoria, como nos ensinam agora as migrantes que abandonam Lima.

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