29 Fevereiro 2020
A Suprema Corte dos Estados Unidos se recusou a conceder a uma família mexicana residente em Ciudad Juarez, na fronteira com os Estados Unidos, o direito de processar um guarda de fronteira estadunidense que, no dia 7 de junho de 2010, matou o filho de 15 anos.
A reportagem é do jornal L’Osservatore Romano, 28-02-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
As autoridades mexicanas condenaram prontamente a decisão da corte estadunidense, obtida com cinco votos favoráveis e quatro contrários, expressando “profunda preocupação” com o precedente que essa medida poderá criar.
Sergio Hernández – esse é o nome do adolescente –, naquele dia 7 de junho, pretendia brincar com outros dois amigos, correndo entre os dois pontos de fronteira. Um policial de fronteira de patrulha os deteve e prendeu um dos três, porque, supostamente, ele teria cruzado a fronteira, entrando “ilegalmente” nos Estados Unidos.
Naquele momento, Sergio e o outro amigo correram para o lado mexicano para se esconder atrás de um poste, e, naquele momento, o agente disparou dois tiros, atingindo mortalmente o garoto.
A Justiça mexicana havia assumido o caso imediatamente e havia tentado processar o agente estadunidense. Mas os Estados Unidos sempre se recusaram a conceder a extradição.
Nos últimos anos, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, que fez da luta contra a imigração clandestina uma das suas prioridades, pediu à Suprema Corte que garanta a imunidade da guarda de fronteira. Para a Casa Branca, impor uma responsabilidade penal aos agentes que desempenham uma função importante para a segurança nacional poderia comprometer sua ação.
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Imigração: sentença da Suprema Corte dos EUA abre precedente perigoso - Instituto Humanitas Unisinos - IHU