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Oito séculos depois, São Francisco reencontra o sultão

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19 Junho 2019

Em Monte Sole, o panorama convida à reflexão. As colinas, o verde manchado pelo amarelo das flores, o rio Reno aproximam da dimensão espiritual. De Deus. A história desses lugares, as cruzes, a memória dos massacres nazi-fascistas do outono de 1944 (quase oitocentos civis mortos) entre Marzabotto, Grizzana Morandi, Monzuno, levam a pensar no horror da guerra, no ódio, na miséria humana.

A entrevista é de Annachiara Sacchi, publicada por la Lettura,16-06-2019. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Aqui, Ignazio De Francesco, monge dossettiano da Pequena Família da Anunciação, patrologista e islamologista, escreveu Simeão e Samir, uma história do encontro entre um cristão e um muçulmano. Aqui, para conversar com ele, está Alessandro Berti, diretor e ator, que em 22 de junho colocará o livro em cena (estreia nacional) por ocasião do festival I Teatri del Sacro em Ascoli Piceno. Homens em confronto.

Envolvidos no diálogo inter-religioso, um esforço que dura há oito séculos: Simeão e Samir são forçados a dividir o espaço estreito de uma caverna. Não muito longe deles, São Francisco acaba de se encontrar com o sultão. É agosto de 1219.

Eis a entrevista. 

Por que ambientar um diálogo em 1200? Simeão e Samir discutem pelo único Deus, pela guerra santa, pelo destino, pelo martírio. Parece hoje.

Ignazio de Francesco: Os temas são eternos. Mas eu queria criar um cenário antigo para ter um existencial: dois crentes de duas grandes religiões que em um momento de dificuldade encontram o tempo e o caminho para enfrentar questões fundamentais. Eles se encontram e se enfrentam em uma noite que precede a batalha entre exércitos "religiosamente conotados".

Perfeito para o teatro.

Alessandro Berti: Conheço Ignazio há anos, já trabalhamos juntos. Ele escreveu Simeão e Samir pensando em mim (sorri). Claro, o texto foi adaptado para o teatro, entram o árabe, o siríaco, a música e as ações. Mas nos afastamos das armadilhas do vintage para confrontar de frente as invariáveis da questão, criamos um Oriente Médio sem orientalismos. Nós estávamos especialmente interessados em não ter mediações. Apenas o encontro "imediato" entre os dois protagonistas.

Imediato, mas sob certos aspectos douto.

Ignazio de Francesco: Para reproduzir os argumentos de Simeão e Samir, li muitas disputas teológicas da época, os califas adoravam reunir à sua volta cristãos e muçulmanos para ouvi-los brigando. E então me inspirei nos muitos diálogos que presenciei no Oriente Médio (de  Francesco viveu em Jerusalém, Damasco, Palestina, Jordânia, Egito, nde) e na Itália, durante sua experiência na prisão (como voluntário em Bolonha).

Simeão é um médico cristão, Samir é um bandido muçulmano de pele negra. Não estão arriscando um estereótipo?

Ignazio de Francesco: Na verdade, tentei desmontar alguns preconceitos. Mas eu queria ser fiel ao contexto histórico: no Oriente Médio, os cristãos representam há séculos uma liderança cultural. Mas não faltam as ambiguidades. Simeão trabalha para o emir, era cristão, depois se converte ao islamismo para se casar com uma mulher muçulmana, depois volta a ser cristão novamente. Ele é um crente atravessado por mil dúvidas. Samir tem uma fé mais sólida. Sincera. Límpida. Mas inquestionável e, portanto, rígida.

Como essa complexidade é apresentada no teatro?

Alessandro Berti: O teatro é necessariamente elíptico, não pode dizer tudo. Trabalhar com um texto tão generoso significa encontrar um caminho essencial no qual faço alusão a todas essas coisas, mas sem explicá-las demais: no palco há o não-dito que é composto de ações, olhares, pausas. A verdade emerge ...

Que verdade? Um texto escrito por um monge não necessariamente "torce" por um "time"?

Ignazio de Francesco: Não! Eu quis que os dois lados revelassem a verdade de cada um dos protagonistas e, portanto, a subjetividade. Então fica claro que algumas disparidades permanecem insuperáveis. Como também acontece entre o cristianismo e o islã.

Como se sai do desespero do confronto dogmático?

Ignazio de Francesco: De duas maneiras: com a filosofia, isto é, o pensamento laico que impõe uma saudável humildade às narrativas religiosas, e com o aspecto místico que se destaca no personagem de Samir e transcende a aparente aridez dos dogmas.

Alessandro Berti: O misticismo é um relato de experiências de primeira mão. Ideal para teatro. O místico balbucia, se cala, canta. Então nós também, às vezes, paramos de falar e começamos a cantar, a dançar. Eu interpreto Simeão, Samir é Sergio Brenna. Vestidos da mesma forma, com uma túnica de linho cru, somos diferentes, mas semelhantes. Ambos com barba, parecemos vir de um contexto apenas ligeiramente diferente. Eu não queria o branco e o preto, o bom e o mau. Mas na caverna, representada apenas pelo elemento cenográfico do tapete, nos desnudamos, descobrimos as diferenças e somos forçados a buscar uma mediação. Mas sendo muito cuidadosos: a má mediação torna inimigos.

Também Francisco e o Sultão?

Ignazio de Francesco: Talvez a má mediação nesse caso tenha sido feita por algumas fontes hagiográficas. No verão de 1219, Francisco de Assis atravessou o mar para se encontrar com al-Malik al-Kamil, sobrinho de Saladino em Damietta, no Egito. O cenário é o da quinta Cruzada (1217-1221), estamos em um momento de trégua entre agosto e setembro: Francisco atravessa as linhas inimigas e se dirige para a tenda do líder muçulmano. O que eles falam? Meu livro também é inspirado livremente por aquele episódio. Sobre o qual as fontes, como eu dizia, são várias: os hagiógrafos tendem a descrever um sultão comovido que percebe a santidade do poverello, falam dele como se fosse o lobo de Gubbio, subitamente domesticado. Por sua parte, no entanto, o monge adverte, ameaça. Nos textos, torna-se cada vez mais agressivo, até defender a cruzada. Mas os estudos modernos tendem a superar certas armadilhas.

Como isso é possível?

Ignazio de Francesco: Testemunhos extra-franciscanos enquadram o encontro em um ambiente mais suave, com um sultão pronto a ouvir e Francisco embaixador da paz. O estudioso Paul Moses explica: o filho de Bemardone havia lutado no confronto entre Assis e Perugia, havia sido capturado e aprisionado. Na cela entendeu que a guerra nunca é justa ou santa, mas surge da sede de riqueza. Então, se a guerra é apenas uma questão econômica, como pode ser desmontada? Com a pobreza. E assim também se desmontam determinados estereótipos, por exemplo, como aquele que retrata o pobrezinho de Assis como um filho das flores. Mas não, sua escolha de pobreza é política. O seu é um grito de paz.

No livro, como no espetáculo, São Francisco nunca é mencionado pelo seu nome. Por que é apenas "o louco de Deus"?

Alessandro Berti: Majnuun Allah! A nossa é uma interpretação livre. Simeão descreve Francisco assim: "Ele entendeu o absurdo daquela guerra, onde os cristãos estavam massacrando uns aos outros em nome de Cristo". A força de Simeão e Samir, acredito, está na extrema contemporaneidade do texto, nascido num momento em que a paz é uma urgência, como a necessidade de inclusão e compreensão recíproca.

Da qual o teatro se faz porta-voz?

Alessandro Berti: O teatro não é apenas entretenimento, não me assusta encenar temas tão profundos. Muito pelo contrário. Quanto mais densos são mais divertido é.

A mensagem de "Simeão e Samir"?

Alessandro Berti: Não ter medo do outro, sempre procurar oportunidades de encontro em pé de igualdade.

Ignazio de Francesco: O Paraíso é a relação. E não há relação senão entre diferentes. A beleza da vida reside justamente nessa possibilidade de troca.

Mesmo que algumas posições sejam irreconciliáveis, como entre o cristianismo e o islamismo.

Ignazio de Francesco: É verdade. Sobre trindade e cristologia não é possível ponto em comum, mas as intuições místicas são um ponto de contato, como as constituições.

As constituições?

Ignazio de Francesco: Em 2019, oito séculos depois do encontro com o sultão, outro Francisco partiu para o Oriente: em Abu Dhabi, o Papa se encontrou com o grande imam de Al-Azhar. Daquele evento surgiu um texto de grande intensidade: A fraternidade humana pela paz e a convivência comum. Esse documento também abre espaço para o conceito de cidadania, baseado na igualdade de direitos e deveres sob cuja sombra todos podem usufruir da justiça. É uma passagem memorável porque dois homens de fé se reconhecem em uma categoria laica fundamental para a paz. Claro, nenhuma constituição fala da vida eterna, e aqui o credo entra em campo, mantendo viva na comunidade a chama da esperança.

Então as pontes entre as religiões são a mística e a cidadania, certo?

Ignazio de Francesco: E a amizade. Sem entrar no relativismo, sempre me esforço para focar determinados temas dentro das vidas vividas. Para contar histórias verdadeiras. Como Alessandro faz ...

Alessandro Berti: O teatro não pretende dar respostas. Nosso trabalho é fazer perguntas.

 

Leia mais

  • Francisco. O santo. Revista IHU On-Line, Nº. 438
  • O encontro de Francisco de Assis com o sultão, ainda em 1219
  • São Francisco, o Sultão e as “fake news” do século XIII
  • Qual a mensagem do encontro de Francisco com o Sultão?
  • O hóspede do Sultão. Oito séculos da viagem ao Egito de Francisco de Assis
  • Oitocentos anos atrás o encontro entre Francisco e o Sultão. Frei Patton: um convite a cultivar o diálogo
  • Egito celebra os 800 anos do encontro entre Francisco e o sultão
  • Peregrinação ao Egito: um diálogo de paz nas pegadas de São Francisco
  • Abu Dhabi: Declaração conjunta do Papa Francisco e o Grande Imam de Al-Azhar
  • “O Papa tem razão, não existem religiões criminosas. Foi o que demonstrou Abu Dhabi”. Entrevista com Mohammed Sammak
  • Em Abu Dhabi o apelo de cristãos e muçulmanos: "Chega de usar a religião para incitar ao ódio"
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  • Teólogos católicos e muçulmanos aliados para construir a coesão. Entrevista com Claudio Monge
  • Relações entre católicos e muçulmanos: Vaticano e a Universidade de Al-Azhar devem reiniciar o diálogo

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