Francisco escolhe Ladaria como novo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e aposta em uma teologia mais aberta

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02 Julho 2017

A nomeação do jesuíta Luis Francisco Ladaria Ferrer para o cargo de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé é uma das decisões mais importantes que o Papa Francisco tomou para o governo da Igreja.

A reportagem é de José María Castillo, publicada por Religión Digital, 01-07-2017. A tradução é de André Langer.

Está claro que o atual Bispo de Roma, com sua forma de ser e de agir, deu uma reviravolta na presença do Papado na Igreja, no mundo e na sociedade.

Mas também é verdade que, nos assuntos mais cruciais, de modo especial àquilo que se refere à atualização de uma teologia estagnada, que, por isso mesmo, não pode dar as respostas que os enormes problemas que a Igreja hoje precisa enfrentar necessitam, na agitada e cambiante sociedade em que vivemos, nisso está claro que o deposto cardeal Müller – e aqueles que se identificam com seu pensamento – foi (até agora) um freio para a atualização desta Igreja, cada vez mais envelhecida em suas ideias básicas e decisivas.

Pois bem, sendo assim, a mudança decisiva foi posta em marcha. O arcebispo Ladaria, por sua sólida formação teológica, sua experiência como vice-reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana, como excelente professor e decano da Faculdade de Teologia Dogmática, pela qualidade de suas numerosas publicações nos temas mais discutidos e de maior profundidade na teologia pós-conciliar, em tudo isso e em seu equilíbrio como pessoa, como religioso e bispo, reúne, sem dúvida alguma, as condições para dar a necessária solução aos problemas mais importantes que o pensamento e o futuro da Igreja precisam enfrentar neste momento.

Foi dito, com toda razão, que “em assuntos de real importância, a coisa mais prática é ter uma boa teoria”. A Igreja precisa dar soluções a questões que não admitem mais espera. E o Papa sabe disso.

Por isso, nem mais nem menos, o Papa colocou, onde devia estar, o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé de que necessitamos. Ladaria é um homem que conhece, é um homem equilibrado, é um crente que só quer o bem da Igreja. Temos, pois, o caminho aberto para um futuro de esperança. Aquele que soube estar do lado de Karl Rahner, Yves Congar, Edward Schillebeeckx, Hans Urs von Balthasar, Juan Alfaro e tantos outros que aceitaram o mais original e o melhor que o Concílio Vaticano II nos deixou, é um homem, um teólogo e um crente que, na sua fidelidade à Igreja, é um excelente gestor da resposta que precisamos.

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