Francisco visita Milão e fará a "sesta" na prisão da cidade

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24 Março 2017

Para encontrar um Papa descansando na prisão, embora não por vontade própria, é preciso retroceder a São Pedro, ou a algum infeliz sucessor da alta idade média. Para Francisco, ao contrário, trata-se de uma "sesta" em San Vittore, sempre supondo que a queira conceder-se. Além disso, o programa de sábado, em Milão, será carregadíssimo, depois das Casas Brancas e da Catedral Bergoglio visitará, por três horas, a prisão, onde almoçará com os presos antes de seguir a Monza, para a Santa Missa. Por isso o Vaticano pediu a disponibilidade de um local onde o pontífice, no caso, pudesse relaxar um pouco após o almoço: o escritório do capelão, perto da Rotunda.

A reportagem é de Gian Guido Vecchi, publicada por Corriere della Sera, 22-03-2017. A tradução é de Ramiro Mincato.

A prisão como o bairro da via Salomone serão, de resto, o coração da viagem. "Sempre que entro em uma prisão, eu penso: Por que eles e não eu?” Um lembrete da realidade, como o que Francisco dirigiu ontem aos jovens em sua mensagem para a Jornada Mundial da Juventude: "Os programas de TV estão cheios dos chamados reality shows, que não são histórias reais, são apenas minutos que escorrem diante da tele câmera, onde os personagens vivem o cotidiano, sem projeto nenhum. Não se deixem enganar por esta falsa imagem da realidade! Sejam protagonistas da própria história, decidam o futuro de vocês".

O Papa convida os jovens a fazerem memória do passado, para poderem olhar o futuro e "amadurecerem um projeto de vida", com serenidade, numa sociedade achatada por um presente sem história ou finalidade, que “desvaloriza a herança recebida" do casamento ou da vocação religiosa.

A realidade está noutro lugar, as imagens enviadas pelos reality, como pelas redes sociais, assemelham-se a Caverna de Platão: é preciso sair dela. O Papa indica aos jovens o exemplo de uma coetânea, Maria, "pouco mais que adolescente", que depois da Anunciação "vai depressa visitar Isabel". Maria "não se fecha em casa, não é uma jovem-sofá".

Daqui: "Como Maria, vocês podem transformar suas vidas numa ferramenta para melhorar o mundo", escreve Francisco. Não devemos “resetar o passado", nem arquivar as memórias "numa nuvem virtual". Dar valor a tradição, no entanto, "não significa ser tradicionalista, não!” Para isso, a oração do Magnificat é "revolucionária", disse: Maria bebe a história de seu povo para se abrir ao futuro.

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