El Salvador. No 40º aniversário do assassinato do Padre Rutilio Grande, milhares de fiéis celebram sua memória

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13 Março 2017

Os fiéis católicos dos municípios de El Paisnal e Aguilares fizeram, neste domingo, uma peregrinação em comemoração ao 40º aniversário do assassinato do padre Rutilio Grande.

A reportagem é publicada por Agencia de Prensa Salvadoreña – APS, 12-03-2017. A tradução é de André Langer.

No dia 12 de março de 1977, o padre Grande, junto com Manuel Solórzano, de 72 anos, e Nelson Lemus, de 16, foram interceptados por agentes da Guarda Nacional, que os metralharam a caminho de El Paisnal para a missa vespertina.

O ponto do tríplice assassinato está localizado a um quilômetro de El Paisnal, e todos os anos, assim como este, fiéis e a Igreja realizam uma peregrinação a este lugar, onde foi edificado um memorial para recordar o padre Grande e seus dois companheiros.

Ao completar-se neste domingo o 40º aniversário do assassinato, dezenas de pessoas o recordaram e realizaram um ato ecumênico em Las Tres Cruces, local do crime e martírio de Rutilio Grande e seus companheiros.

O padre Rutilio foi assassinado durante o governo do presidente Arturo Armando Molina, com que dom Oscar Arnulfo Romero reuniu-se para evitar a continuação dos crimes contra padres católicos.

De acordo com registros oficiais, mais de 120 sacerdotes, entre eles dom Romero, catequistas, irmãs e ministros da Palavra de Deus foram assassinados no âmbito da repressão do Estado nos anos 70 e 80. Os últimos foram os seis padres jesuítas da UCA, massacrados pelo extinto batalhão Atlacatl.

O 40º aniversário da morte de Grande aconteceu durante o processo para a sua canonização, que se iniciou oficialmente em novembro do ano passado em Roma.

Sabe-se, hoje, que o assassinato do padre Grande contribuiu para a conversão do dom Romero em “voz dos sem voz”, ao colocar-se do lado daqueles que sofriam a repressão do Estado, principalmente das forças de segurança e dos esquadrões da morte.

Três anos depois do assassinato do padre Grande, Romero também foi assassinado pelas mesmas forças da extrema direita que pretendiam conter a explosão de uma guerra civil que já havia se incubado e estava para eclodir, deixando o trágico saldo de mais de 80 mil mortos.

Romero já foi beatificado pelo Vaticano e espera-se que logo seja canonizado. Espera-se que aconteça o mesmo com o padre Rutilio Grande, sendo ambos declarados mártires pela Igreja de Roma.

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