Francisco a Welby: “O ecumenismo não é empobrecimento, mas riqueza”

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08 Outubro 2016

“Sabe qual é a diferença entre um liturgista e um terrorista? Você pode negociar com um terrorista”. A brincadeira do arcebispo de Canterbury, Justin Welby, terminou com uma gargalhada do Papa Francisco.

A reportagem é de Jesús Bastante e publicada por Religión Digital, 06-10-2016. A tradução é de André Langer.

Na tarde da quarta-feira, ambos assinaram uma declaração conjunta, antes de rezaram juntos as Vésperas. Os líderes máximos da Igreja católica e anglicana voltaram a se encontrar no Vaticano nesta quinta-feira para deixar claro que, apesar das diferenças, “o ecumenismo nunca é um empobrecimento, mas uma riqueza”.

A tão desejada unidade entre os cristãos, mais do que um desafio a curto prazo, é o caminho a seguir, trabalhando juntos, rezando juntos, com o testemunho e a vida em comum. No “caminho ecumênico” de Francisco, a unidade institucional não é um objetivo em si mesmo. Mas o é, ao contrário, o “ecumenismo real”, do cuidado, da oração comum, do trabalho compartilhado e da luta pelos valores; o reconhecer-se como irmãos na fé.

Oração, testemunho e missão, são as chaves do entendimento. Francisco e Welby trataram-se como irmãos, como pastores de um mesmo rebanho, o dos seguidores de Jesus. E, pelos fatos, demonstraram sua confiança e sua amizade. Durante a audiência da quinta-feira, o Papa animou para “não desfalecer” na oração pela unidade.

“Ontem à tarde rezamos juntos as Vésperas. Esta manhã, vocês rezaram aqui no túmulo do Apóstolo Pedro: não nos cansemos de pedir juntos e insistentemente ao Senhor o dom da unidade”, assinalou Francisco, que recordou a importância do “encontro e do intercâmbio”.

“Somos cristãos que, pela fé e com fé, se ouviram mutuamente e compartilharam tempo e forças”, destacou o Papa, que afirmou que, graças ao trabalho em comum, “amadureceu a certeza de que, aquilo que o Espírito Santo semeou no outro, produz uma colheita comum. Conservemos esta herança como um tesouro e sintamo-nos chamados, todos os dias, a dar ao mundo, como pediu Jesus, o testemunho do amor e da unidade entre nós”.

Finalmente, e referindo-se à missão, Bergoglio disse que “há um tempo para cada coisa” e o atual “é o tempo em que o Senhor nos interpela, em especial, para sair de nós mesmos e de nossos ambientes, para levar seu amor misericordioso a um mundo sedento de paz. Ajudemo-nos mutuamente a colocar no centro as exigências do Evangelho e a nos doar concretamente nesta missão”.

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