Equador já produz petróleo no campo de Tiputini, próximo ao parque nacional Yasuní

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Por: João Flores da Cunha | 06 Outubro 2016

O Equador anunciou no dia 07-09-2016 o início oficial da exploração de petróleo no campo ITT-Tiputini. A sigla representa os campos de Ishpingo, Tambococha e Tiputini, e a extração ocorre nesse último campo. A exploração marca o fracasso da iniciativa Yasuní-ITT, que buscava deixar intocados esses recursos, em parte localizados dentro de uma reserva, o parque nacional Yasuní, na Amazônia equatoriana.

Em 2007, o presidente do país, Rafael Correa, impulsionou um projeto ambiental segundo o qual o petróleo da região não seria explorado. Em troca, o país receberia uma compensação da comunidade internacional. No entanto, a expectativa de vinda de recursos do exterior não foi atingida, e a iniciativa Yasuní-ITT foi abandonada em 2013. Em 2014, a exploração de petróleo no campo foi aprovada pelo Congresso.

O início da extração em Tiputini fez com que o Equador batesse o seu recorde de produção diária de petróleo. Nesse campo, são extraídos atualmente 23.000 barris diários. Os três campos – Ishpingo, Tambococha e Tiputini – têm reservas de 1,6 bilhões de barris, o que significa 40% do total das reservas do país.

Os poços onde a exploração já ocorre estão fora da reserva do parque nacional Yasuní, mas há preocupações de ambientalistas e indígenas com a proximidade da área. O campo de Tambococha, de onde deve ser extraído petróleo a partir de 2017, fica no limite de Yasuní, e a maior parte do campo ITT está localizada dentro da reserva.

O início da extração de petróleo em Tiputini ocorre em um momento de baixa no preço de referência do barril – hoje está em torno de 50 dólares –, e o óleo presente na região é do tipo pesado, que tem menor valor. O projeto não mira, porém, o curto prazo. De acordo com o plano divulgado pelo governo equatoriano, ao longo dos próximos dez anos serão explorados 600 poços no ITT. No momento, são oito.

De acordo com Katu Arkonada, membro da Secretaria Executiva da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade, em entrevista ao IHU, “a iniciativa Yasuní nos mostra com toda sua crueldade a hipocrisia daquilo que é chamado de ‘comunidade internacional’, que delega ao Sul o papel de guarda florestal. A Amazônia é o pulmão do planeta, e não é responsabilidade única do Equador protegê-lo, mas de todo o mundo”. Para ele, “a hipocrisia está em pedir ao Equador que não explore o petróleo embaixo do Yasuní, enquanto o Norte segue em uma vertigem de ‘desenvolvimento’ e consumo capitalista que está destruindo a Mãe Terra ao mesmo tempo que destrói nossas sociedades, com o aumento da pobreza e da desigualdade”.

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