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Dom Ivo Lorscheiter e o Papa Francisco: aproximações e esperança! Artigo de Thiago Alves Torres

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25 Abril 2025

Na perspectiva cristã, a morte não é o fim. Os legados de dom José Ivo Lorscheiter e Papa Francisco seguirão muito presentes entre nós, por meio do protagonismo pastoral e social de pessoas como a vereadora Natasha Ferreira, Pe. Júlio Lancelotti, Irmã Lourdes Dill, Frei Sérgio Göergen e tantos outros homens e mulheres que, silenciosamente, propagam a paz, buscam a justiça e alimentam-se da “Esperança que não decepciona”.

O artigo é de Thiago Alves Torres. 

Thiago Alves Torres é graduado em Filosofia, Licenciatura Plena, pela Faculdade Palotina - FAPAS (2006) e em História, Licenciatura Plena, pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2014). Pós-Graduação Lato Sensu em Supervisão e Orientação Educacional pelo Centro Educacional Barão de Mauá (2012) e em Gestão Educacional pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2014); Mestre em História pelo Programa de Pós-graduação em História, da Universidade Federal de Santa Maria - PPGH/UFSM (2017). Atualmente, Coordenador Pedagógico na Escola Municipal Fundamental Visconde de Mauá (Júlio de Castilhos/RS).

Eis o artigo.

Se o dia 21 de abril marca a data de posse de Dom José Ivo Lorscheiter como bispo de Santa Maria, em 1974, o dia 21 de abril, só que o de 2025, ficará registrado nos Anais da História como a data da partida do Papa Francisco. São inúmeros os meios de comunicação do mundo inteiro que estão fazendo a cobertura de evento tão significante. Além de líder religioso, o Papa Francisco era chefe do Estado do Vaticano e destacou-se como um importante protagonista na luta pela paz no mundo. Nos últimos anos, a relação do nosso país com a Santa Sé manteve-se de forma respeitosa, o que foi fortalecido pela assinatura do Acordo entre Brasil e a Santa Sé, que foi firmado na Cidade do Vaticano em 13-11-2008 e promulgado pelo Decreto nº 7.107/2010, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em poucos meses de Pontificado, no mês de julho de 2013, visitou nosso país. Colocou carinhosamente em seus braços a imagem da Padroeira do Brasil, circulou em carro aberto pelas ruas da Cidade Maravilhosa, visitou a comunidade de Varginha (Manguinhos) e na cruzada com papa móvel abençoou o banner com as fotos das vítimas da Boate Kiss. Disse que chegava como alguém que não tinha “ouro e nem prata”, mas trazia consigo “o que de mais precioso lhe fora dado: Jesus Cristo”. Pediu aos jovens para que “sejam revolucionários” e tenham coragem de ir “contra a corrente” que gera as injustiças. Utilizou palavras do cotidiano da vida dos simples, como ele o era, recordando que a vida terá novo sabor “botando fé”, assim como quando preparamos um bom prato e, na falta do sal e do azeite, acrescentamos os ingredientes.

Ao longo dos 12 anos de pontificado, preocupou-se e ocupou-se com a situação dos refugiados, das pessoas em situação de rua, dos idosos, dos que padeciam pelos resultados inconsequentes da guerras, enfim, com todos aqueles considerados como “descartáveis” pela sociedade! Por mais de uma vez, disse: “quem sou eu para julgar?”

Mas, afinal, porque o título dado a estas linhas indica uma aproximação entre a vida e missão do gaúcho Dom José Ivo Lorscheiter e do argentino Papa Francisco? Não tenho certeza de que tenham se conhecido pessoalmente, contudo, “beberam” na mesma fonte: o Concílio Vaticano II. O Concílio foi inspirador a dom José Ivo e quis ele expressá-lo de maneira tão contundente, expressando sua adesão por meio de seu lema episcopal “Nova et Vetera” (Coisas Novas e Velhas) e da modesta orquídea colocada no centro de seu brasão. Igualmente, tal evento também o foi para o jovem jesuíta Bergoglio, que se sentiu impulsionado a assumir as “periferias sociais e existenciais” como espaços privilegiados para o encontro com Jesus.

Dom José Ivo abriu-se ao ecumenismo, soube dialogar com outras religiões, criou o Mensageiro da Caridade, mais tarde impulsionou o surgimento do Banco da Esperança e do Projeto Esperança/Cooesperança, defendeu a Reforma Agrária, apoiou iniciativas de diversificação agrícola, possibilitou espaços de formação para agentes políticos e/ou cristãos que desejavam inserir-se neste complexo universo, disponibilizou o Parque da Medianeira para a construção da Casa do Índio, apoiou iniciativas das juventudes e incentivou a caminhada e organização das comunidades eclesiais de base, ao ponto de sediar o 8º Intereclesial das CEBs (1992).

Em comum, além dos grandes feitos no âmbito religioso e social, estes dois líderes também sofreram com incompreensões. Tanto o Papa Francisco quanto dom José Ivo foram rotulados de subversivos, comunistas e inimigos da Igreja. Logo após o falecimento de dom Ivo, em março de 2007, o senhor Felipe Aquino, apresentador de um programa na TV Canção Nova, enviou uma carta a Dom Pedro Casaldáliga onde, além de criticar as posições do prelado sobre a Teologia da Libertação, disse que dom Luciano Mendes de Almeida, dom Adriano Hipólito e dom Ivo Lorscheiter “um a um dos que erraram o caminho, o Espírito Santo estaria retirando do palco”. Tal manifestação gerou uma resposta imediata de muitas pessoas e entidades, incluindo 900 lideranças das comunidades católicas da diocese de Santa Maria que encontravam-se em Jaguari, no encontro diocesano das CEBs, e redigiram, aprovaram e publicaram uma carta de desagravo.

Também a revista Veja, numa tentativa rasteira de desqualificar a vida e o trabalho social de dom Ivo, comunicou na coluna de obituários a morte do eclesiástico, indicando-o como “um dos principais defensores da Teologia da Libertação, uma excrescência saída da cabeça de padres ideólogos latino-americanos”, além de ter sido um apoiador na “criação de bandos armados que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, deram origem ao MST”. Imediatamente, a presidência da CNBB, entidade que contou com o trabalho de dom José Ivo por 16 anos, em duas gestões como Secretário Geral e, igualmente, dois mandatos como Presidente, publicou uma nota oficial, em que não apenas procurou sair em defesa de dom José Ivo, mas, principalmente, indicou a importância de seu trabalho, particularmente nos anos difíceis da ditadura civil-militar brasileira, visto que “naquela hora do Brasil, foi a pessoa certa para a defesa dos direitos humanos e da dignidade da pessoa”, e seguiu o comunicado manifestando “seu firme repúdio às acusações infundadas contra Dom Ivo”.

Agora, com a morte do Papa Francisco, é possível encontrar grupos e pessoas individualmente, particularmente pelas redes sociais, disseminando ódio e desrespeito à memória do Pontífice que, entre tantas marcas, protagonizou, na Bolívia, durante o Encontro com Movimentos Populares, a defesa dos 3Ts: “Terra, Teto e Trabalho [...] que são direitos sagrados” para todos; orou em Lampedusa “como um gesto de solidariedade e para despertar as consciências”; pediu “perdão pelas formas em que muitos cristãos, infelizmente, apoiaram a mentalidade colonizadora das potências que oprimiram os povos indígenas” do atual território do Canadá; ajoelhou-se e beijou os pés de líderes do Sudão que assinaram um Acordo pela Paz, pedindo para “que não tenham medo e sigam em frente”; lavou os pés de detentas de prisão feminina, em Roma, recordando-as que “todos nós temos pequenos fracassos, grandes fracassos [...], mas o Senhor espera sempre por nós, de braços abertos, e jamais se cansa de perdoar”; encontrou-se, na Indonésia, com líderes de outras religiões e incentivou-os a “construir sociedades abertas, fundadas no respeito recíproco e no amor mútuo, capazes de se proteger contra a rigidez, o fundamentalismo e o extremismo, que são sempre perigosos e nunca justificáveis”.

Gerou perplexidade a publicação feita pela vereadora e policial penal Mariana Lescano (PP), de Porto Alegre/RS, que, num movimento completamente diferente ao ensinado por Jesus, optou pela intolerância. Para ela, a morte do Papa Francisco, um dia após a Páscoa, não foi “coincidência”. Ou seja, Deus quis dar uma lição no Papa e um alerta à humanidade, fez uma “limpeza espiritual” pois, conforme a edil, “agora é hora de reerguer os pilares que foram esfarelados”, e suplica para que seja eleito um “papa conservador, que coloque Cristo – e não o comunismo – no centro [...] e que não tenha o rabo preso com a esquerda”. Esta mesma senhora diz que professa a fé no cristianismo e enrola-se na bandeira nacional para defender Deus, Pátria e Família. Porém, pessoas com ideologias tão fechadas, acabam apequenando-se pois, como o próprio Papa Francisco falou, pessoas assim estão afundadas “em dramas internos, um drama de incoerência muito grande, que vivem para condenar os demais porque não sabem pedir perdão por suas próprias faltas”

Entretanto, partiu da vereadora Natasha Ferreira, uma mulher travesti, a proposição de uma Moção de Solidariedade aos católicos e cristãos da Capital dos Gaúchos e Gaúchas. E, como esquecer as diversas manifestações do Papa sobre as pessoas LGBTQUIAP+? Quando questionado por uma mulher não binária, ele lhe respondeu: “somos todos filhos de Deus, Deus não rejeita ninguém, Deus é Pai. Eu não tenho o direito de expulsar ninguém da Igreja. A Igreja não pode fechar a porta para ninguém”.

Na perspectiva cristã, a morte não é o fim. Os legados de dom José Ivo Lorscheiter e Papa Francisco seguirão muito presentes entre nós, por meio do protagonismo pastoral e social de pessoas como a vereadora Natasha Ferreira, Pe. Júlio Lancelotti, Irmã Lourdes Dill, Frei Sérgio Göergen e tantos outros homens e mulheres que, silenciosamente, propagam a paz, buscam a justiça e alimentam-se da “Esperança que não decepciona”.

Leia mais

  • Dom José Ivo Lorscheiter, o regente de muitas sinfonias. Artigo de Thiago Alves Torres
  • Dom Ivo Lorscheiter e a conversão pelos perseguidos e injustiçados nos Anos de Chumbo. Entrevista especial com Thiago Alves Torres
  • Em memória de Dom Ivo, nos 16 anos de sua partida
  • Os “anos de chumbo” e movimentos cristãos
  • Em Brasília, uma corrente de orações por D. Ivo Lorscheiter
  • Memória dos setenta anos da CNBB constituída em 14-10-1952
  • CNBB (1968) X CNBB (2018): a 50 anos de distância o que esperar?
  • Os avanços e desafios da Feira de Economia Solidária. Entrevista com Lourdes Dill
  • Entre a história e a memória, a atuação dos bispos católicos durante a ditadura civil-militar brasileira
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