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25 Abril 2025

"Agora, quando começa o Conclave para eleger um novo papa, o desafio para os cardeais é ter liberdade para se deixar levar pelo Espírito e escolher alguém com a grandeza de coração, a coragem e a compreensão do mundo que teve Francisco”, escreve Francisco de Roux, jesuíta colombiano, filósofo, economista e presidente da Comissão da Verdade do Acordo de Paz da Colômbia.

Eis o artigo.

Quis que a Igreja Católica estivesse a serviço dessa comunidade universal e que o fizesse sem pretensões de protagonismo. Contribuir com a Mensagem de Jesus Cristo, de esperança, solidariedade com os excluídos, compaixão, justiça, paz, misericórdia, verdade, para a construção dessa fraternidade universal. Contribuir ao lado de todos os que trabalham pela mesma causa desde diferentes religiões, diferentes visões de crentes e não crentes, diferentes etnias, diferentes gêneros, diferentes idades. Contribuir para a proteção da Casa Comum da Terra.

Estava consciente de que, ao fazer esse chamado, enfrentava líderes poderosos da política, da economia e da ciência que empurram a humanidade em outra direção, rumo ao egoísmo dos interesses particulares de pessoas e de grupos econômicos e políticos, rumo à avareza, ao racismo, à loucura de extrair da Terra tudo o que ela tiver para a satisfação dos que estamos vivos hoje, sem importar os que virão depois.

Decididamente se enfrentou com os que não aceitam a comunidade humana universal e isolam suas nações poderosas e as protegem com armas e tarifas e se apropriam da energia do mundo e constroem muros para não ter que compartilhar sua opulência com os pobres da Terra. Falou duramente contra os sistemas econômicos que enriquecem poucos e deixam muitos fora da mesa enquanto destroem o planeta.

Falou sem ambiguidades contra a guerra. Pela primeira vez em uma Encíclica, definiu que toda guerra era imoral, e se afastou da doutrina da guerra justa, defendida pelo Catolicismo desde o século IV. Todas as guerras são ruins, deixou claro. “Quem mata um ser humano é como se tivesse matado toda a humanidade”.

Veio à Colômbia consternado pelo conflito armado interno de um país onde a imensa maioria é de batizados católicos. Dedicou um dos quatro dias unicamente às vítimas de todos os lados e, no dia seguinte, na missa multitudinária que celebrou em Medellín, disse aos bispos: “Se vocês querem conseguir a paz, deixem de cartas e conferências e vão e ponham suas mãos sobre o corpo ensanguentado do seu povo”. Mais de sessenta vezes usou a palavra “paz” em seus discursos. Convidou a dar o primeiro passo nessa direção e se despediu em Cartagena, a cidade onde Pedro Claver entregou a vida, há quatrocentos anos, pela dignidade dos negros vendidos como mercadorias. Suas últimas palavras foram: “Colômbia, escrava da paz para sempre”.

A Praça de São Pedro em Roma se enchia todas as semanas com peregrinos do mundo inteiro que vinham receber sua bênção. No entanto, um grande grupo de católicos, sacerdotes e bispos se opôs a ele. Escandalizaram-se quando acolheu os lutadores pela igualdade, pediu perdão aos indígenas e aos negros, recebeu na comunhão casais que, mesmo sem terem se casado, viviam há décadas em fidelidade, aceitou os homossexuais, acolheu com respeito e valorizou espiritualidades diferentes do catolicismo, condenou o sistema econômico predominante por ser um sistema de morte, expôs a corrupção da Cúria Romana e enfrentou o crime de abuso de crianças por sacerdotes desde casos individuais até se abrir com sinceridade às transformações profundas que a sociedade mundial espera da Igreja. Suprimiu “trapos”, como ele mesmo disse dos vestidos solenes dos padres, rejeitou o clericalismo e chamou os leigos e, sobretudo, as mulheres a ocuparem seu lugar como iguais nessa Igreja renovada, colocada a serviço da Esperança, num processo sinodal, símbolo do banquete universal de todos os povos respeitados em suas culturas, suas etnias, suas tradições. É claro que isso não poderia ser tolerado por aqueles que, equivocadamente, pensam que os católicos são o povo escolhido e privilegiado, ou que há países que são povos eleitos por Deus.

Um companheiro jesuíta mexicano captou esse incômodo de muitos e enviou a Francisco estas palavras:

“Levo doze anos ouvindo e vendo tua forma de dirigir a Barca de Pedro, e quero te dizer por que me tens incomodado:

Me incomoda tua simplicidade, que confronta as falsas riquezas nas quais coloco meu coração.
Me incomoda tua alegria, que me lembra o quão belo é ser cristão.
Me incomoda teu senso de humor, que esvaziou meu ego para eu aprender a rir de mim mesmo.
Me incomoda tua pobreza, que me fez olhar para os pobres e descartados do nosso mundo, com os quais está Jesus.
Me incomoda tua autenticidade, que rompe protocolos, pois questionou meu 'dever ser' para me abrir e me aproximar da realidade do mundo.
Me incomoda tua misericórdia, que me fez sentir necessitado do amor de Deus e saber-me Seu filho muito amado.
Me incomoda tua audácia contagiante, que faz com que os jovens saiam às ruas para 'fazer bagunça'.
Me incomoda tua compaixão, que aceita ‘todos, todos, todos’ na Igreja, e abriu meu coração para aprender a amar sem condições.
Me incomoda tua familiaridade com a humanidade, pois eu havia esquecido que todos e todas somos irmãos e irmãs em Deus.
Me incomoda teu silêncio orante, pois senti ternura ao te ver falando com Deus, como um amigo fala com outro amigo.
Me incomoda teu amor pela Casa Comum, porque me lembraste do quão pequeno e limitado eu sou.
Me incomoda tua humildade ao reconhecer teus erros, porque confrontou a 'imagem falsa' de quem eu achava ser.
Me incomoda que peças perdão pelos pecados da Igreja, porque me lembraste que também me esqueci do amor que Deus tem por mim.
Me incomoda teu desejo de caminhar em comunidade, que desarma minha ambição e põe à prova minha solidariedade com toda a Igreja.
Mas o que mais me incomodou, muito querido papa Francisco, foi que me ensinaste a olhar para Jesus de Nazaré, e com seu olhar terno e profundo reconheci que Ele me chamava a ser seu Companheiro”.

Nasceu em um lar católico simples em 17-12-1936. Entrou para os jesuítas aos 21 anos. Aos 37 foi nomeado superior provincial da Argentina. Envolvido em polêmica pelo emblemático caso dos jovens sacerdotes Yorio e Jalics, detidos pelo regime militar quando foram morar em um bairro marginalizado de onde ele os tirou. Anos depois, ao passar de bispo a arcebispo e cardeal, passou a se envolver cada vez mais com os bairros onde um dia proibiu que estivessem os dois jesuítas. O povo de Buenos Aires o lembra tomando sozinho o metrô até o terminal pobre e caminhando até a capela com o cumprimento “Reza por mim”. O mesmo pedido que fez à multidão que o aplaudia quando acabara de ser eleito e saiu à sacada para dar sua primeira bênção.

Minhas lembranças pessoais com ele são em Roma, quando veio à casa dos jesuítas que acabávamos de eleger um novo superior geral. Lá falamos sobre a paz na Colômbia. Outro dia, em 2021, me ligou no celular para dizer que acompanhava de coração o trabalho que estávamos fazendo na Comissão da Verdade e me convidou a seguir em frente sem medo.

Agora, quando começa o Conclave para eleger um novo papa, o desafio para os cardeais é ter liberdade para se deixar levar pelo Espírito e escolher alguém com a grandeza de coração, a coragem e a compreensão do mundo que teve Francisco.

Vão tomar uma decisão determinante para a humanidade, em um cenário entre a vida e a morte como o que propõe o livro do Deuteronômio: escolher alguém que, desde o serviço humilde da Igreja, ajude no crescimento da vida na humanidade e no planeta, ou alguém que freie esse crescimento ou, pior ainda, o retroceda.

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