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"Desrespeitoso": as críticas mexicanas a "Emilia Pérez"

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04 Fevereiro 2025

Longa francês recebeu 13 indicações ao Oscar, mas acumula polêmicas pela forma com que retrata a violência no México. Produção é acusada de minimizar a gravidade dos crimes cometidos pelo tráfico de drogas.

A reportagem foi publicada por DW, 01-02-2025.

O thriller de comédia e musical Emilia Pérez, do cineasta francês Jacques Audiard, conta a história de um famoso narcotraficante mexicano que desaparece para fazer uma cirurgia de transição de gênero e depois retorna para reconquistar sua família.

Com seus números musicais emocionantes, a produção da Netflix é um sucesso em Hollywood. Já recebeu 13 indicações ao Oscar e ganhou quatro Globos de Ouro.

Apesar da aclamação, porém, a produção provocou duras críticas no México, país onde se passa parte da trama. O longa francês é acusado de explorar a crise de violência no país e minimizar a gravidade dos crimes cometidos pelos cartéis de drogas ao apresentar esta narrativa de forma cômica.

Emilia Pérez explora a crise no México?

Embora a trama se passe no México, Audiard produziu seu drama em um estúdio perto de Paris. E, com exceção de Adriana Paz, o elenco conta com atores não mexicanos, como Karla Gascón no papel principal, e as atrizes norte-americanas Zoe Saldana e Selena Gomez em outros papéis importantes.

"Emilia Perez é tudo o que há de ruim em um filme", escreveu Cecilia Gonzalez, jornalista mexicana que vive na Argentina, no X. "Estereótipos, ignorância, falta de respeito, ganhar dinheiro com uma das mais graves crises humanitárias do mundo [desaparecimentos em massa no México]", completou.

O diretor de fotografia mexicano Rodrigo Prieto, que trabalha em Hollywood, também criticou o fato de que tudo em Emilia Pérez parece "inautêntico" – exceto a atuação de Adriana Paz.

Paz, que interpreta a viúva de uma vítima de cartel no filme, estava presente em uma coletiva de imprensa na qual o trabalho de Audiard foi criticado. Ao discutir a situação, ela chorou e revelou que ela mesma havia sido vítima da violência no país ao ser sequestrada há cerca de 18 anos. O filme também é acusado de colocar em segundo plano o problema dos desaparecidos no México.

Há décadas, o país enfrenta crimes relacionados à guerra das drogas envolvendo cartéis rivais, com pessoas desaparecendo diariamente – supostamente vítimas de sequestros e execuções extrajudiciais.

Até agosto de 2024, o Registro Nacional de Pessoas Desaparecidas e Desaparecidas (RNPDNO) havia registrado um total de 116.386 pessoas desaparecidas e, até o momento, apenas 40 pessoas foram condenadas pelos crimes até o momento.

"Um dos filmes mais cruéis e enganosos do século 21"

Para muitos críticos, a tentativa de Emilia Pérez de apresentar uma nova perspectiva sobre esta crise é prejudicial. Isso porque, na trama, a personagem de Gascón, Emilia, é reapresentada como uma defensora das vítimas de seu próprio cartel após passar por uma transição de gênero.

Para Francoise Greve, da Coordenação Alemã para Direitos Humanos no México, é "extremamente questionável" retratar uma ex-chefe de cartel como ativista de direitos humanos, como sugerido no filme.

É claro, acrescentou ela, que a liberdade de expressão artística permite que Audiard "faça um filme da maneira que quiser". Mas não se deve simplesmente ignorar o quanto o tema é doloroso e explosivo no México, defende.

"Se você aborda um tema como esse", ressaltou Greve, "você também deve aceitar a responsabilidade, até certo ponto, pelas narrativas que são criadas e como elas repercutem."

O escritor mexicano Jorge Volpi descreveu o filme como "um dos filmes mais cruéis e enganosos do século 21" em um artigo de opinião para o jornal espanhol El Pais. Supor que "por meio de uma transição de gênero, o homem selvagem e cruel que ordenou centenas de assassinatos de repente se transforma em uma mulher empática e comprometida com os mais fracos é um malabarismo narrativo imperdoável", acrescentou o autor, concluindo que, mesmo que o filme ganhe prêmios, ele apenas expressa desprezo pelas vítimas.

Para Audiard, filme não tem função de documentário

O diretor Audiard disse que não fez muitas pesquisas sobre o México e que sabia o suficiente sobre o país para fazer o filme. Ele explicou que, embora sua história seja baseada em realidades sociais e políticas, ele nunca teve a intenção de fazer um documentário sobre a situação no México ou sobre a transição de gênero.

"Eu uso uma forma exagerada, a artificialidade do musical e do melodrama, para contar minha história emocionalmente", disse o roteirista e diretor do filme ao jornal alemão taz.

Emilia Pérez foi originalmente escrito como um roteiro de ópera e manteve a estrutura e o efeito característicos dessa forma de arte, com as cenas emocionais lançando números musicais. "Aqui, as canções são parte integrante da trama, não apenas acessórios decorativos", acrescentou Audiard.

Uma narrativa que dói no México

Mesmo com a história de Audiard ambientada no México, os desaparecimentos ficam em segundo plano. Uma cena do filme mostra as esposas de homens assassinados e desaparecidos cantando a música "Para". Esse coral de viúvas existe de fato no México, apontou o diretor.

A transição de gênero da personagem principal também não é o foco da história, afirmou Audiard. "A verdadeira questão é: tenho o direito de falar sobre determinados assuntos? Como um francês branco e heterossexual de 70 e poucos anos, tenho permissão para tratar da transição de gênero? Com o sofrimento dos sobreviventes dos crimes de cartel? Bem, acho que tenho permissão", disse o diretor, que nasceu em 1952. "Eu vivo neste mundo, leio e percebo, penso sobre as coisas. E por que eu não poderia formulá-las e expressá-las, seja de forma falada, cantada ou até mesmo dançada?"

"Eu queria buscar dimensões maiores, ampliar minha perspectiva, atingir um público mais amplo", disse Audiard. É claro que isso acarreta o risco de ser acusado de simplificação, ressaltou ele. "E é claro que eu poderia ter escolhido um tema mais fácil. Eu poderia passar minha vida evitando todos os temas sensíveis."

Literatura e filmes sobre violência no México

O desaparecimento de pessoas no México é uma realidade amarga que tem sido retratada com frequência na literatura e no cinema.

Por exemplo, em seu romance "Olinka" (2019), o jornalista e escritor Antonio Ortuno retrata um complexo residencial de luxo construído por uma empresa de construção administrada pela máfia. Ortuno, nascido em 1976, usa a literatura para acertar contas com sua cidade natal, Guadalajara. Como sede de um poderoso cartel de drogas, Guadalajara também é profundamente afetada pela corrupção e pela violência relacionada às drogas.

A obra-prima do escritor chileno Roberto Bolano, "2666", foi lançada postumamente, um ano após a morte do autor em 2003. O romance premiado trata de uma série de assassinatos não resolvidos de mulheres no México.

Em 2020, um drama de Fernanda Valadez chamado "Identifying Features" estreou no Sundance Film Festival. Ele conta a história de uma mãe mexicana que está procurando desesperadamente por seu filho desaparecido.

Críticas também vieram do Brasil

Parte das críticas contra o filme também vieram do Brasil, após polêmicas envolvendo a atriz espanhola Karla Gascón, que interpreta Emilia e concorre ao prêmio de Melhor Atriz no Oscar 2025.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Gascón disse existir uma equipe de pessoas ao redor de Fernanda Torres, que disputa a estatueta de Melhor Atriz, que tentam diminuir Emilia Pérez.

A atriz espanhola, primeira mulher trans a ser finalista do Oscar, pediu desculpas por sua fala, tomada como um ataque a Torres, mas se envolveu em nova polêmica após usuários resgatarem publicações suas antigas no X.

Nas mensagens, ela faz críticas a George Floyd, homem negro morto por policiais e símbolo da luta antirracista nos EUA, questiona o "aumento de muçulmanos" na Espanha e reclama da diversidade como critério em prêmios anteriores do Oscar.

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  • “Ainda Estou Aqui” e a representação da ditadura militar no cinema brasileiro. Entrevista especial com Fernando Seliprandy
  • México. “O narcotráfico está em todos os cantos do país e já está em Chiapas”. Entrevista com Gustavo Castro
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