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Gustavo Gutiérrez: a Igreja, os pobres, teologia. Artigo de Severino Dianich

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24 Outubro 2024

"Gustavo Gutiérrez é, e continua sendo, esse Gustavo, ele e nenhum outro, que em sua teologia teve uma intuição de fé, que determinou toda uma temporada de debates fervorosos na Igreja e lhe deu um grande impulso", escreve Severino Dianich, teólogo italiano, em artigo publicado por Settimana News, 24-10-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Segundo ele, "para recordar dignamente Gustavo no dia da sua morte, bastará dizer que sem Gustavo, hoje, não existiria Francisco".

Eis o artigo.

Gustavo? Gustavo era ele, Gustavo Gutierrez. É costume dos latino-americanos conhecerem-se pelo nome, mesmo internacionalmente, e chamarem-se pelo nome. Mas Gustavo Gutiérrez é, e continua sendo, esse Gustavo, ele e nenhum outro, que em sua teologia teve uma intuição de fé, que determinou toda uma temporada de debates fervorosos na Igreja e lhe deu um grande impulso.

Eu o conheci pela primeira vez em 1980, numa conferência organizada depois do Concílio pelo professor Alberigo em Bolonha (Congar também estava lá, transportado numa cadeira de rodas pelo Pe. Legrand). Manuel Vassallo, falecido prematuramente depois de uma vida dedicada ao serviço pastoral aos pobres de Surandino, também veio de Lyon, a seu convite, destinado a tornar-se grande amigo, e D. Carlos Castillo Mattasoglio, hoje arcebispo de Lima e cardeal, na época, seu aluno. Encontramo-nos outras vezes, em Seveso num Congresso da Associação Teológica Italiana e em Lima mais de uma vez, mas a memória de Gustavo é-me particularmente cara, numa noite no verão, com outros amigos, jantando debaixo da pérgula, entre a cozinha e a horta da reitoria de Caprona.

Não era o que dizem, um homem bonito: baixo, mancando devido à osteomielite sofrida na infância, o rosto moreno de mestiço, mas um rosto significativo com olhos comoventes e penetrantes. O oposto do tipo que queria dar importância a si mesmo. Em idade avançada tornou-se frade dominicano. Dizia-se que era também para se sentir um pouco mais protegido numa Igreja latino-americana então liderada por vários bispos do Opus Dei. Seu funeral será celebrado na igreja de Santo Domingo, que, na lembrança de uma viagem de 1983, vejo com o portão de entrada guarnecido por dentro pelos mineiros grevistas, que o mantiveram ocupado.

Obviamente, a Igreja nunca esqueceu os pobres e nunca faltaram iniciativas e instituições destinadas a ajudar os pobres, mesmo da mais alta qualidade. Mesmo a reflexão teológica nunca poderia ter ignorado o problema, que, no entanto, se colocava exclusivamente no plano moral e numa perspectiva eminentemente pessoal. Só no final do séc. XIX se desenvolveu a consciência de que o problema não era apenas de natureza moral, mas era um problema político fundamental, e o magistério começou, com Leão XIII, a desenvolver uma doutrina social da Igreja. Somente com a teologia da libertação, porém, da qual Gustavo foi o iniciador e principal protagonista, passamos da consideração de um estatuto ético, sociológico e político do pobre para a configuração do seu estatuto teológico, que o posiciona de forma relevante dentro no quadro da teologia fundamental, cristologia e eclesiologia.

O Concílio Vaticano II não poderia deixar de abordar o problema de forma transversal, mas viu-se, de fato, muito condicionado pelo receio generalizado também partilhado por alguns padres, de que pudessem surgir lutas em defesa dos direitos dos pobres, em anos em que a tensão entre o mundo ocidental e o mundo comunista ainda era muito forte, como partilha da ideologia marxista da luta de classes. A fragilidade dos debates conciliares foi compensada, de alguma forma, pela reflexão sobre o tema da pobreza de um grupo de bispos, que se reuniu no Colégio Belga, quase em frente à “manga longa” do Quirinale, que tinha sido a sede papal. residência até 1970, um genial loci particularmente provocativo. O grupo elaborou, a pedido explícito de Paulo VI, um Relatório sobre a pobreza na Igreja, que lhe foi então apresentado e assinado por mais de 500 bispos. Neste contexto, amadureceu o Pacto das Catacumbas de cerca de quarenta bispos que, numa celebração eucarística na catacumba de Domitila, se comprometeram diante de Deus a renunciar à substância e aos sinais de um episcopado ainda ligado ao mundo da antiga nobreza e a adoptar um estilo de vida pobre em sua vida pessoal.

Três anos depois, o episcopado latino-americano, na sua conferência plenária em Medellín, levantará o problema da pobreza da Igreja e da sua responsabilidade para com os pobres e as suas lutas pela justiça. Um de seus protagonistas mais influentes foi Gustavo. Eram os anos das ditaduras e parecia que a única possibilidade de ação concreta era abraçar a luta armada, como fará Camillo Torres, falecido numa ação de guerrilha em 1966. Será a teologia da libertação (o livro de Gutierrez será publicado em 1971) para manter viva na Igreja, apesar das críticas e hostilidades de todos os tipos, a consciência de que o compromisso de libertar os pobres das suas condições de pobreza e, não raro, de degradação espiritual, é uma parte essencial da missão.

Não estava naturalmente inclinado à polêmica, mas teve que defender-se não só da desconfiança dos funcionários do antigo Santo Ofício, mas também dos ataques prolongados e duros promovidos não só pelos círculos mais tradicionalistas da Igreja, mas também pelos às grandes potências econômicas americanas que perceberam a força oculta que a sua teologia era capaz de alimentar nos pobres para a sua libertação. Recorde-se que a administração Reagan dos EUA, naqueles anos, promoveu e financiou as missões dos evangélicos na América Latina, uma poderosa contraparte da teologia da libertação.

A história subsequente fez justiça. A teologia da libertação hoje já não precisa de ostentar o seu nome histórico, porque a opção preferencial da Igreja pelos pobres hoje faz parte do património comum da consciência da fé. A chegada de Jorge Mario Bergoglio ao pontificado dá-lhe grande relevância. Para recordar dignamente Gustavo no dia da sua morte, bastará dizer que sem Gustavo, hoje, não existiria Francisco.

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