07 Outubro 2024
Área de fronteira entre os dois países é determinada por cristas de geleiras ou partes de neve, e derretimento fez com que divisas naturais mudassem.
A informação é publicada por ClimaInfo, 07-10-2024.
As mudanças climáticas também criam implicações geopolíticas. Um exemplo ocorre na fronteira entre Itália e Suíça, que será modificada em alguns metros na região do Plateau Rosa, nos Alpes. O motivo é o derretimento de geleiras que tem modificado áreas congeladas nos arredores do monte Matterhorn, um dos mais altos da Europa, com 4.478 metros de altitude.
O Conselho Federal Suíço aprovou a assinatura da nova convenção fronteiriça na semana retrasada, informa o UOL, e agora aguarda ação similar do governo italiano. Com isso, o limite entre as duas nações será deslocado em até 10 metros.
A fronteira entre a Suíça e a Itália é determinada por cristas de geleiras ou partes de neve. No entanto, o derretimento fez com que as divisas naturais mudassem, explica O Globo.
Estatísticas publicadas em setembro do ano passado mostram que as geleiras da Suíça perderam 4% de seu volume. Foi a segunda maior perda depois do derretimento recorde de 6% em 2022. Em algumas das geleiras, os especialistas simplesmente pararam de medir o gelo – porque já não há mais nada, destaca a Superinteressante.
Especialistas italianos disseram no fim de setembro que a geleira Marmolada, a maior e mais simbólica das Dolomitas, uma cadeia montanhosa dos Alpes na mesma região, pode derreter completamente até 2040 devido ao aumento das temperaturas. A geleira é medida todos os anos desde 1902 e é considerada um “termômetro natural” das mudanças climáticas, destaca o Guardian. Em 2002, o desabamento de parte da Marmolada matou 11 pessoas.
Jornal Nacional, InfoMoney, IstoÉ, Al Jazeera, CNN, BBC, Euronews, Sky News e Washington Post também noticiaram a mudança da fronteira entre Suíça e Itália causada pelas mudanças climáticas.
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