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05 Setembro 2024

"O fato é que o mundo dos jovens rompeu as margens e a comunidade educacional ainda está procurando - desesperada? - por uma forma de atender, acompanhar e intervir sobre as fragilidades e as vulnerabilidades dos jovens", escreve Nicoletta Martinelli, jornalista italiana, em artigo publicado por Avvenire, 03-09-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Simone Feder (Casa del Giovane): “Falta-nos a capacidade de ajudar os jovens a administrar as frustrações”. Affinati: “Chama a atenção a solidão lancinante do assassino, não social, mas interior”.

“Na Itália, até 1986, os canários eram usados nas minas para sinalizar a presença de gases tóxicos, como o monóxido de carbono, que os mataria antes de afetar os mineiros. Um alarme visual, porque caiam mortos, e audível mesmo de longe: se não cantassem mais, o alarme era acionado. Aqui está (é a imagem poética e ao mesmo tempo cruel de Simone Feder, psicólogo da Casa del Giovane, em Pavia), hoje nossos canários são os adolescentes. Mas o problema não deve ser buscado na morte do canário, fora da metáfora nos gestos extremos nos quais vemos os adolescentes envolvidos, mas no ar que é tóxico e, portanto, na sociedade”.

“De perto ninguém é normal”, cantava Caetano Veloso, desmentido pelo jovem de 17 anos que varreu sua família da face da terra em Paderno Dugnano: normal também de perto, se dermos crédito às descrições que amigos e parentes fazem dele. Porque ele tinha amigos e parentes, e até muitos, entre os quais, no entanto, ele se sentia como um “corpo estranho”, “oprimido”, como confessou aos investigadores. “O desconforto de um garoto pode ser invisível, muitas vezes escondido e administrado pelo jovem com um sofrimento dentro das quatro paredes, privado, silencioso.

E há outro tipo de mal-estar”, continua Simone Feder, ”que é bem visível, até mesmo gritante, diante dos olhos de todos. É o das gangues de jovens, das explosões descontroladas de raiva, da fúria enfurecida. Nesse caso, a premeditação e a ação impulsiva convivem. Isso é muito comum entre os jovens de hoje, como temos a oportunidade de ver no nosso centro.

Estão aumentando, por exemplo, os casos de autolesão, mas o que mais me assusta não são os cortes que os jovens infligem a si mesmos, mas o fato de que a ideia de morte cresce neles. Um pensamento, o da morte, que trabalha dentro do jovem e que, se não for interceptado, se transforma em um ato que, por mais atroz que seja, acaba não sendo surpreendente”.

E aqui, obrigatoriamente, o foco se transfere sobre os adultos, alvo fácil, já há algum tempo: onde estão e o que estão fazendo enquanto seus filhos andam perdidos? Permitam-me uma citação, Donald Winnicot escreveu que

“(...) onde quer que haja um adolescente que lance um desafio, deve haver um adulto pronto para atendê-lo. Mas nós, pergunta-se o psicólogo, somos capazes de interpretar o que é um desafio? Não sabemos olhar além, nos falta a capacidade ou a vontade de ajudar os jovens a administrar até mesmo as frustrações. Diante do esforço de ser pais, se passa a responsabilidade para os especialistas. De acordo com as pesquisas do nosso centro de estudos, um dado está em contínuo crescimento: são cada vez mais os especialistas que estão se encarregados dos jovens. Um problema de natureza educacional é transformado num problema de saúde”.

O fato é que o mundo dos jovens rompeu as margens e a comunidade educacional ainda está procurando - desesperada? - por uma forma de atender, acompanhar e intervir sobre as fragilidades e vulnerabilidades dos jovens. O resultado é que, para usar uma metáfora automobilística, se antes se ia de 0 a 100 em um determinado tempo, hoje basta um instante para perder o controle:

“É verdade, depende de como se aborda a realidade. Vamos tentar colocá-la em um retângulo. No topo, há uma primeira parte de estímulo: sinto algo. Em seguida, há uma parte intermediária de resfriamento cognitivo lógico: penso e reflito sobre aquele estímulo que me provocou algo. E, finalmente, a terceira parte é a ação. Pois bem, a parte central que é o resfriamento cognitivo, explica Feder, diminuiu ao longo dos anos até desaparecer. Mas é no resfriamento cognitivo que devemos trabalhar, pensando sobre o estímulo e parando antes que ele se transforme em ação, porque a ação impulsiva está cada vez mais presente nos jovens”.

Matteo Fabris, responsável pela área de adolescentes da a Federação dos Oratórios de Milão (FOM), reflete sobre os sinais difíceis de captar na vida cotidiana, sobre como é fácil se iludir de que aqueles que têm uma família, amigos e uma vida normal não têm dificuldades e tormentos:

“Na minha opinião, o mal-estar descrito por esse rapaz que matou a família é o mesmo de muitos outros rapazes e é a incapacidade de saber dar nome às coisas, de saber definir com palavras, conceitos, ideias e imagens o que se está sentindo. Isso vale para as emoções que se sentem, para as situações que se vivem. Uma incapacidade para analisá-las que se torna um mal-estar insuperável. E isso ocorre porque, cada vez mais, a pessoa negligencia a interioridade para se projetar para a exterioridade, para a performance, e todas as energias são canalizadas para esse objetivo”.

Não saber como descrever um problema tem como consequência não saber como pedir ajuda para esse problema. Especialmente se não se identifica ninguém, e esse parece ser o caso, com quem se confidenciar, especialmente se não se consegue encontrar um lugar no mundo: “É uma condição muito comum entre os jovens. Muitas vezes ficam desnorteados com a vida que levam e, pode parecer estranho, mas é assim, justamente porque ela é cheia de possibilidades, de estímulos, de pessoas com as quais se medir graças à rede e às mídias sociais... O risco de se perder - Fabris está convencido - existe e é alto”.

O professor e escritor Eraldo Affinati não mede palavras:

“Diante da tragédia de Paderno Dugnano, tenho dificuldade em usar o plural para definir os jovens, os adultos, as famílias. Na ferocidade desse adolescente, há uma singularidade irredutível com a qual é preciso acertar as contas. Impressiona-me, ele confessa, a solidão lancinante do jovem assassino: não social, mas interior. Parece que somente agora, paradoxalmente, após o triplo assassinato, tenha recebido atenção. Isso questiona a todos nós. Ele queria falar e não encontrou ninguém com quem fazê-lo: deveríamos nos perguntar por quê. Pensar na revolução digital, que ameaça isolar todos nós, não é suficiente. O abismo no qual esse garoto afundou, antes e depois do massacre que cometeu, tem algo de horrível que mina a civilidade social”.

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