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27 Novembro 2023

"A extrema-direita aparece porque, ao mesmo tempo, as esquerdas desaparecem ou perdem o norte, dividem-se privilegiando as questões identitárias e territoriais ou dizendo à sociedade o que é ou não politicamente correto", escreve Juan Torres López, professor de economia na Universidad de Sevilla, em artigo publicado originalmente no site Ganas de escribir e reproduzido por A Terra é Redonda, 26-11-202. A tradução é de Fernando Lima das Neves.

Eis o artigo.

A recente vitória da extrema-direita nas eleições gerais dos Países Baixos (Holanda) só surpreendeu aqueles que estavam alheios ao que vem acontecendo nesse país nos últimos treze anos. Desde então, governa a direita liberal, liderada por Mark Rutte, que não parou de implantar reduções de impostos para os mais ricos, privatizações e cortes nas despesas e benefícios sociais.

Os Países Baixos, por exemplo, têm um dos sistemas fiscais mais regressivos da Europa: a porcentagem da renda gasta em impostos para a maioria dos grupos por renda é de cerca de 40%, mas apenas 20% para o 1% mais rico da população.

Os sucessivos governos liberais seguiram uma política de habitação orientada para o mercado, que incrementou as dificuldades de acesso para a classe média, sem melhorá-lo para as pessoas com renda mais baixa, o que provocou um aumento acentuado dos preços.

Mark Rutte disse, no início de seu mandato, que tinha que acabar com a ideia que, segundo ele, seus compatriotas tinham do Estado: “uma maquininha de felicidade”. Para conseguir isso, cortou os investimentos e as despesas, provocando uma piora dos serviços públicos de saúde, transportes, educação e assistência (em 2015, a assistência aos idosos e seus dependentes passou a ser uma “obrigação” familiar). A diretora da UNICEF nos Países Baixos denunciou em 2018 que, nesse país tão próspero, os direitos das crianças vulneráveis foram deixados de lado.

Nos últimos treze anos, os sucessivos governos liberais levaram a cabo uma verdadeira espoliação da renda e dos direitos das classes de renda média e baixa, ao mesmo tempo em que transformaram seu país no paraíso fiscal mais agressivo da Europa, concedendo todo tipo de favores fiscais e financeiros às grandes empresas.

Talvez a prova mais evidente desta espoliação é que as famílias dos Países Baixos possuem o endividamento mais elevado em relação à sua renda bruta disponível de toda a Europa: 187,03% no primeiro trimestre deste ano, o dobro das famílias espanholas (89,4%).

A estratégia seguida pelos liberais holandeses (como os de outros países) para evitar que esta espoliação se traduzisse em revolta social foi dupla. Por um lado, culpar as classes trabalhadoras pelo desperdício de dinheiro público e, por outro, responsabilizar a imigração por todo o mal que lhes estava acontecendo.

A primeira atingiu seu pico mais vergonhoso em 2021: até o governo teve que renunciar, quando se descobriu que tinha acusado mais de 30 mil famílias de baixa renda de fraude nos benefícios sociais, sem qualquer fundamento. Cerca de 70.000 crianças foram as principais vítimas da falsa acusação e 1.115 acabaram em instituições de acolhimento por conta disso.

O discurso contra a imigração não parou, tornando-se cada vez mais forte, na medida em que crescia a espoliação, quando, na verdade, os trabalhadores imigrantes estão nos empregos de salários mais baixos e precários e os problemas associados à imigração têm a ver, sobretudo, com o enfraquecimento dos serviços públicos e sociais referidos.

Ao contrário do que acontecia há algumas décadas, a direita liberal não esconde a espoliação que ocorre quando governa. Reconhece-a agora, mas culpa a imigração ou os próprios espoliados (como dizem meus colegas economistas liberais, porque não investem o suficiente em si próprios).

É quando aparece a extrema-direita, oferecendo ajuda (soberania, segurança, valores tradicionais, defesa da nação…) e proteção contra o inimigo que vem tomar “o que é nosso”.

Contudo, a extrema-direita aparece porque, ao mesmo tempo, as esquerdas desaparecem ou perdem o norte. Em vez de se centrarem nas questões socioeconômicas que realmente condicionam a vida das pessoas com um discurso ecumênico, dirigido às grandes maiorias sociais para protegê-las numa perspectiva transversal e de sentido comum, dividem-se e fragmentam-se para se identificarem com os interesses de pequenos segmentos ou grupos minoritários da população, privilegiando as questões identitárias e territoriais ou dizendo à sociedade o que é ou não politicamente correto. Sem conseguir impedir o que vem para cima de nós.

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