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Tese expõe divisão da classe média antes da queda de Dilma

Manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2015. (Foto: Pedro Zandomeneghi | Editorial J | Flickr CC)

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17 Agosto 2023

Estudo conclui que a alta classe média teve papel decisivo nas manifestações pró-impeachment.

A reportagem é de Adriana Vilar de Menezes, publicada por Jornal da Unicamp, Edição: 691, 07 a 20 de agosto 2023.

Em um movimento pluriclassista, milhares de pessoas em todo o país foram às ruas, entre 2015 e 2016, para se manifestar politicamente acerca do impeachment da, então, presidente Dilma Rousseff. Naquele momento crítico do processo político recente do Brasil, diferentes classes sociais se posicionaram, mas a classe média predominou, dividida em dois blocos: a favor e contra o impeachment. A fração da classe média mais abastada, a dita alta classe média, foi o segmento da sociedade brasileira que agiu de maneira massiva e que, por fim, contribuiu, nas ruas, decisivamente, para a deposição da presidente.

O cientista social Gustavo Casasanta Firmino infiltrou-se nas manifestações ocorridas entre 2015 e 2016 para realizar sua pesquisa empírica e teórica de doutorado. O resultado dessa pesquisa desafia o senso comum ao mostrar a classe média dividida em dois blocos, um da alta classe média, majoritariamente pró-impeachment, e outro da baixa classe média, que se fez mais presente, em termos proporcionais, nas manifestações anti-impeachment.

Defendida no Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, a tese, intitulada “A divisão das classes médias na crise do impeachment de Dilma Rousseff (2015-2016)”, concentra-se na conjuntura da crise do impeachment, com foco nas manifestações de rua que polarizaram a política nacional. “Até então, só se falava que a classe média havia defendido o impeachment. A tese evidenciou a divisão da classe média e tratou muito bem dos motivos do posicionamento assumido por uma e outra parte. Foi uma grande contribuição para o estudo de sociologia, porque rompe com o senso comum”, diz o professor Armando Boito Júnior, do IFCH, que orientou Firmino. “A minoria social e econômica foi maioria nas ruas, naquele momento”, completa Boito, que coordena o grupo de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) “Neo-liberalismo e relações de classe no Brasil”, criado em 1999 e no qual a pesquisa de Firmino está inserida.

Manifestação pró-impeachment na Avenida Paulista, em dezembro de 2015. (Foto: Rovena Rosa | Agência Brasil)

A pesquisa de campo concentrou-se na cidade de São Paulo. “Todo mundo se lembra da imagem do pato amarelo na Avenida Paulista”, lembra Firmino. O ponto fulcral da tese girou em torno do perfil socioeconômico dos manifestantes e suas percepções sobre temas como corrupção e democracia, dados esses coletados por institutos de pesquisa e equipes de pesquisadores acadêmicos. Quanto às lideranças das manifestações, Firmino realizou nove entrevistas – quatro com defensores do impeachment e cinco com críticos. Além das pesquisas de opinião com os manifestantes e entrevistas com lideranças, o pesquisador também se valeu de conteúdo divulgado pela imprensa e pelos próprios movimentos, como notas, pronunciamentos e resoluções.

A pesquisa mostra que a classe média estava presente nas manifestações promovidas tanto pela Frente Brasil Popular, contrária ao impeachment, como nas organizadas pelos grupos Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), favoráveis à saída da presidente. Já o movimento sindical manteve-se dividido e os trabalhadores da massa marginal, os grandes beneficiários da política social do Partido dos Trabalhadores (PT), não compareceram às ruas, diz Boito. “Não se mobilizaram como a alta classe média. De modo que se produziu esse fenômeno muito curioso em que essa minoria social se tornou a base de massa de um movimento que depôs um governo”, conclui Firmino.

Dilma se despede de militantes ao deixar o Palácio da Alvorada, em setembro de 2016. (Foto: Wilson Dias | Agência Brasil)

Heranças do passado

Em 1964, a classe média participou da Marcha com Deus pela Família. Era o período do capitalismo desenvolvimentista, iniciado na década de 1930, com Getúlio Vargas, e que se estendeu até 1979, no ocaso da política econômica dos militares. Na atual conjuntura do capitalismo neoliberal, ocorrem rearranjos econômicos e sociais. “Feita essa distinção, do modelo diferente de capitalismo, é possível dizer que havia classe média em 1964 como havia no impeachment de 2016”, conclui. A classe média também foi às ruas no movimento das Diretas Já e no impeachment de Fernando Collor. “Em todas as manifestações em que há predomínio de segmentos médios, na história da política brasileira, o tema da corrupção surge de alguma forma.”

Esse tema foi explorado durante o impeachment da Dilma, de forma seletiva, visando desgastar seu segundo governo e o ciclo dos governos do PT como um todo. “Por trás da emergência conjuntural do tema da corrupção, há algo de estrutural, a ideologia meritocrática. A crítica seletiva à corrupção remonta ao ideário da antiga UDN [União Democrática Nacional], com a mobilização moralista do tema da corrupção e a crítica do Estado varguista, vinculando a corrupção a um partido, a um movimento ou mesmo a uma figura. Mas o que havia por trás era um liberalismo conservador”, diz Firmino.

Houve também a atualização de um certo discurso anticomunista, que não é mais o anticomunismo dos anos 1950- 60, quando da Guerra Fria. Muitas das críticas foram transferidas aos governos do , vistos como “estadocêntricos”, que gastam muito e que promovem o inchaço do Estado, gerando corrupção, algo que serviu como argumento para depor Dilma. A prova disso é que as manifestações não continuaram no governo Michel Temer, apesar dos inúmeros escândalos de corrupção surgidos à época. “Do ponto de vista das lideranças, isso revela que não havia interesse em derrubar o governo Temer”, diz o autor da tese, que identifica como liderança da frente pró-impeachment a grande burguesia financeira, a quem convinha encerrar o ciclo dos governos do PT e suas políticas neodesevolvimentistas.

Do ponto de vista da alta classe média, continua Firmino, a tolerância com Temer revela que o problema desse segmento era com o PT. Essa fração mais abastada entende que as políticas sociais do PT ferem a ideologia meritocrática. A meritocracia também está presente na baixa classe média, mas de forma mais atenuada, uma vez que o perfil mais popular desse segmento (mais próximo à realidade dos trabalhadores braçais) faz com que aquela ideologia – apanágio do trabalhador socialmente percebido como “intelectual” – seja menos funcional frente a suas aspirações.

Para Boito, a crítica à corrupção feita pela classe média não estabelece relações com a estrutura social ou as instituições. Para esse estrato da população, “combater a corrupção é uma luta ética, na qual você tem que transformar as pessoas, em vez de transformar o sistema e as instituições. Trata-se de uma concepção moralista sobre como erradicar a corrupção”, afirma o professor. Segundo Firmino, o processo de impeachment se caracterizou como um golpe parlamentar que, entre outras coisas, pavimentou a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência. Na tese, o autor também problematiza a questão da autoimagem da classe média, que percebe a si mesma como “a sociedade” quando na verdade é apenas um segmento dela.

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